A APSL no contexto dos acontecimentos

Fórum da raça

Moderador: Filipe Graciosa

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michael_holandés
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#16 Mensagem por michael_holandés » quinta jun 26, 2008 1:00 pm

Há de vir mais depressa a idade de reformar me do que obter respostas do APSL sobre casos polémicos. :wink:.

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Silêncio ensurdecedor

#17 Mensagem por CV » terça jul 08, 2008 1:17 pm

É o apelidado Silêncio Ensurdecedor que a Direcção da APSL continua a cultivar.

Mais que uma forma de estar, passou a constituir um legado de controvérsia para a controvérsia seguinte.

Mais um tiro no pé...

Os meus cumprimentos,
CV

CV
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O legado da Direcção da APSL

#18 Mensagem por CV » quarta jul 09, 2008 11:09 am

O legado

É algo com que temos de conviver no seio da APSL e que muitas vezes nos remete para atitudes pré-condicionadas pelos obstáculos dourados da “educação e respeito”. Valores muito semelhantes aos cultivados num "clube de gentleman's", bem à imagem da aristocracia rural inglesa.

Estes valores, válidos pelo que representam na convivência em sociedade, no contexto da APSL, são utilizados na taxionomia de opinião, isto é, classificando as mais progressistas com o rótulo de inoportunas. No fundo constituem parte integrante dos motores da hipocrisia reinante.

Será fácil verificar que estes valores são os mesmos que impedem a cobrança coerciva a muitos dos "gentleman's" associados que insistem em não pagar as quotas de muitos anos de associativismo, contrariando desta forma, a equitatividade subjacente a um associativismo sério. Esta atitude é imoral, éticamente condenável e reflecte um conceito cívico próprio de sociedades sem consciência social. Basta solicitar o resultado da última auditoria às contas da APSL para comprovar esta situação.

Não sou inimigo do associativismo e muito menos dos valores subjacentes à educação, a genuína, mas sim do “elitismo” hipócrita que se vive, o mesmo que asfixia e controla alguns dos inoportunos com a sua inclusão numa Direcção alargada – consultiva mas não executiva – e noutros órgãos sociais da APSL.

“Ninguém” sabe quem são os titulares destes cargos (Direcção alargada), uma vez que os seus titulares não se encontram descriminados neste formato, na composição dos órgãos sociais constante no site da APSL. Este sim um aproveitamento inteligente da necessidade humana de protagonismo em prol de um silêncio ensurdecedor e colaboracionista, dos incluídos e de todos os seus amigos. Quanto aos outros inoportunos, os que não são acutilantes, esses são remetidos ao esquecimento.

Gostava de obter respostas sérias às seguintes perguntas:

1. Não seria mais vantajoso para todos o culto da transparência e da equitatividade, semelhantes aos valores ambicionados pelas sociedades democráticas???

2. Não será a gestão de um associativismo massivo mais favorável ao desenvolvimento económico da fileira da Raça, do que a gestão de uma elite de associados financeiramente e eticamente debilitados???

3. Porquê tanta resistência à mudança, quando é visível o desalento da massa associativa e de outros interessados pela Raça???

4. Porque se resiste com tanta veemência a toda e qualquer tentativa de implementação de regras de incompatibilidade aos juízes da Raça??? Seria inovador em ternos de estado de Direito democrático que os magistrados passassem, de uma forma cumulativa, a exercer funções no tecido empresarial. Mantendo uma atitude coerente, a Direcção da APSL consideraria esta situação como benéfica para a Governação do país. Brilhante!!!

5. Porque será que se ignoram a generalidade dos pareceres, emitidos por técnicos de renome na área animal, na condução da Raça??? Estes sim deveriam constituir parte integrante da dita Direcção consultiva – a alargada.

6. O que se deve fazer para contrariar o silêncio da APSL??? Quem escreve muito é alvo de chacota da APSL - motivo insistência desmesurada– quem escreve pouco é ignorado e quem não escreve é acusado de não expor por escrito as suas ideias. Caricato!!!

7. Como acabar com o feudalismo da APSL???

8. Qual será a atitude expectável dos membros da Direcção da APSL que lerem esta carta? Fácil!!! Questionar quem será o seu autor e remeter o assunto para conversas infrutíferas dos bastidores da “elite” (o tal silêncio ensurdecedor).


Há algo de muito certo, esta carta será lida pelo Dr. Filipe de Figueiredo, Vogal da Assembleia Geral da APSL e administrador deste site (cavalonet). Qual será a sua opinião em relação à matéria exposta???

Os meus cumprimentos,
CV

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#19 Mensagem por Filipe Graciosa » quarta jul 09, 2008 2:03 pm

Caro CV,

Está a fazer confusão, não existe um Filipe Graciosa mas dois, Filipe Graciosa Pai e Filipe Graciosa Filho:

- O Vogal da Assembleia Geral da APSL e Director da EPAE é o Filipe Graciosa Pai (com bigodes)
- O Fundador e Administrador do Portal Equestre Cavalonet é o Filipe Graciosa Filho (sem bigodes)

Quanto à parte de ele ler esta carta, acho muito improvável, ele não é grande utilizador da Internet.

Cumprimentos
Filipe Graciosa Jr

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#20 Mensagem por CV » quarta jul 09, 2008 3:32 pm

Caro Filipe Graciosa,

Mais uma vez fiz confusão na identidade. As minhas desculpas!

Aproveito para lhe dar os meus parabéns pelo site!

Os meus cumprimentos,
CV

ABC
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#21 Mensagem por ABC » sábado out 25, 2008 9:44 pm

Silêncio

Não me estou a referir ao silêncio da APSL, estou-me a referir ao silêncio institucional de alguns criadores, nem todos, mas de uma esmagadora maioria. Aqueles que preferem dar corda à língua em locais públicos, mas que com cuidados redobrados, no que diz respeito à plateia que assiste, evitam comprometimentos perante as opiniões que possam por em causa a vigência. Na sua imaginação, nada pode contrariar o conforto de uma bem sucedida inscrição dos seus animais no Livro de Adultos ou uma classificação simpática em algum Festival. Onde ficam os valores? Onde está a espinha dorsal de um conjunto de pessoas que numa atitude de conforto egoísta não percebe que está a dar “tiros nos pés”? Os mesmos que dizem entender a necessidade de mudança, mas que com base no argumento do “não vale a pena”, pois nunca nada mudará, cultivam esta atitude num misto de egoísmo e de aparente indiferença perante aqueles que vão assumindo posições. Não é fácil assumir posições num meio onde se sente o peso do silêncio perante a legitimidade da diferença. Independentemente do teor e tom da diferença, é importante o contributo da pluralidade numa união de esforços na construção do futuro da raça.

A passividade do nosso povo é histórica, os nossos toiros não são mortos em praça, a nossa revolução foi a dos cravos, o nosso oiro do Brasil foi aproveitado pelos estrangeiros, o vinho do porto pertence maioritariamente a famílias de origem inglesa, etc. . Onde está a alma de um povo que se lançou ao mundo em condições precárias (na altura dos descobrimentos) e deu novos mundos ao mundo?

Há que assumir posições, não perder tempo na má-língua e propor alternativas.

Será possível que a maioria dos criadores assista passivamente às notícias de jornal onde continua a ser referida a passividade da APSL (artigo expresso desta semana), perante as mudanças que a realidade exige???

ABC
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#22 Mensagem por ABC » sexta jan 02, 2009 12:39 pm

A fórmula portuguesa de culto ao mérito

Depois de ler a entrevista do Sr. José Luís Sommer D’Andrade ao Novo Burladero, fiquei com a certeza que a porta se abriu ainda mais.

Perspectivando um futuro sério para a raça, será necessário adequar um sentido de oportunidade que dilua aquilo que à primeira vista se parece com o aviso do recuar da água, anterior à vinda de um tsunami.

A actual Direcção da APSL sofre do peso da sua herança, uma roda gigante, pesada, constituída por actores que se recusam a abandonar o barco, à renovação. Os casos mais marcantes, são autênticos jurássicos desta forma obscura de gerir a raça, que demonstram desconfiança e hostilidade a qualquer movimentação que alerte os incautos. Alimentam-se destes sem os matar – como convém.

Neste formato a APSL é um clube onde os pardais são os associados e os gatos os seus geniais preceptores.

As gerações vindouras que chegarem a Directores da APSL (os nossos netos e filhos), irão confrontar-se com um cardápio que convida à necessidade de pacto com quem já lá está, sob ameaça de nunca lá chegarem. É esta a tipicidade dos povos do sul, onde a necessidade de um padrinho para a iniciação, é uma arte de entrada e manutenção do clube dos “bons amigos”.

Como é uma associação de “bons amigos”, alguns dos associados deixaram impunemente de pagar as suas quotas há muitos anos. O colectivo suporta financeiramente esta farsa sem “bufar” - não é de bom-tom reclamar – uma vez que existe a ameaça silenciosa de: ficar impedido de sofrer a metamorfose da amizade; de passar a estar sujeito a penalizações nos concursos de modelo e andamentos; e a sujeitar-se a um abaixamento das pontuações dos seus reprodutores. Isto num universo que vive à sombra das provas de modelo e andamentos e da tradicional pontuação de reprodutores.

Esta realidade envolve um preço muito elevado, uma vez que a maioria dos animais são vendidos com base nesta certificação, portanto “é melhor não dizer nada para não ser excluído do estado de graça”. Este silêncio é extensível a situações como aquela, que é do conhecimento geral, dos três juízes da raça que foram julgar o Festival Brasileiro do PSL e no decorrer desse Festival, por interposta pessoa, compraram um dos animais que veio a ser ganhador na sua classe.

Este animal existe, está em Portugal, pertence à mesma tríade que no presente concluiu que afinal o cavalo não presta. Estes juízes, apesar do conhecimento generalizado desta situação, continuam a julgar e a contribuir com a sua sapiência para a “elevação da raça”. Por aqui dá para ver a qualidade e seriedade de quem julga e de quem está acima deles, que sabe e é conivente.

Como é possível ter a avaliação da raça entregue a pessoas de ética duvidosa, que arriscam a sua reputação por um animal sem qualidade. Desculpem mas é muita estupidez, incompetência, falta de seriedade e uma liberdade institucional que causa arrepios, pois dá para constatar que têm “as costas muito quentes”. É um caso evidente de pescadinha de rabo na boca, sabe-se, mas o edifício tem muitas janelas de vidros (quando uma se partir provavelmente os estilhaços atingiram as outras).

Quantos de nós não tivemos conhecimento da atribuição de baixas pontuações por parte de juízes, que mais tarde se mostraram interessados em adquirir estes animais. Este é o formato actual do poder dos juízes da raça que, por intermédio de pontuações que ninguém entende (depois da leitura deste artigo já dá para entender alguma coisa), elevam ou destroem quem bem lhes apetece em proveito próprio. O mais escandaloso é que é fácil comprovar estas situações, pois a suas actividades coudélicas (não se esqueçam que estamos a falar de juíze/criadores) estão registadas oficialmente no livro genealógico.

É caricato constatar a mudança de postura de alguns dos antigos críticos perante um aceno para cargo de juiz (o “tal convite”), Director da APSL ou outros cargos que alimentam a vaidade e necessidade de protagonismo das almas mais pobres. Nesta forma de corrupção o papel-moeda foi substituído pelos “tais convites” (para juiz, Director, etc.). Esta é a fórmula portuguesa de culto ao mérito, um autêntico ensaio à cegueira e ao silêncio dos associados, e de todos os amantes do Lusitano. Acreditem que todo o universo da raça sofre com esta postura, inclusive as Associações dos outros países, que não se manifestam ostensivamente.

Quanto ao Secretário-geral e Técnico, que nas alturas das eleições para os órgãos sociais da APSL, faz telefonemas eleitoralistas dos telefones da APSL , para os associados, no intuito de os motivar a aderir à lista da sua preferência, luta pela sobrevivência. Estes telefonemas são a prova da consciência que o seu lugar estará em causa em caso de vitória da oposição. São anos a mais de actividade de secretariado (quase 20 anos), com muitos vícios de liberdades motivadoras de uma conduta, sempre vocacionada ao posicionamento político (a tal sobrevivência). Sobrevive afastando uns e promovendo outros com inteligentes jogos (apoia e está sempre do lado da conveniência – do poder - independentemente dos regulamentos), no presente com o recurso às malditas pontuações, uma vez que também é juiz.

E a raça? Onde fica, perante esta forma insustentável de gestão? Fica a assistir ao reconhecimento do “mérito” de animais medíocres. Animais que são elevados por discursos e actuações ambíguas de juízes/criadores, de suposta reputação zootécnica e baixa reputação moral, que elevam esse animais de uma forma perfeitamente artificial (notas que ninguém entende e discursos proféticos) sem qualquer suporte de verdade.

Neste estado da nação Lusa, cavalos coxos (não existe controlo anti-doping), imontáveis (mais uma vez o doping faz maravilhas em cavalos complicados) e de escandalosa mecânica de andamentos (apenas visível aos olhos dos próprios – valoriza-se o trote esquecendo-se o passo e o galope), desaparecem no fumo de uma avultada transacção comercial ou no afastamento de alguém inconveniente, sem nunca atingirem patamares de referência em mais nada, a não ser na conivência da certificação da APSL (estes resultados contam para o livro genealógico) e na boca dos seus proprietários. Estes proprietários no decurso da venda já tem na “calha” um substituto muito melhor (a preparação da próxima venda).

Existe uma actividade comercial e política sustentada em actuações institucionais.

Aqui também é fácil comprovar quantos animais, campeões do modelo e andamentos ou possuidores de elevadas pontuações de acesso ao livro de reprodutores, se tornaram animais de reconhecida funcionalidade.

Este é o panorama de ilusão, onde a opereta “Barão cigano” de Strauss é um hino cantado durante as movimentações de bastidores, que permitem um formato ardiloso de condução do voo dos pardais, em jeito de flauta mágica, não a de Mozart, mas a que encantou os ratos da cidade de Hamelin.

Tudo o que aqui foi dito faz igualmente reconhecer um facto: a raça tem muita qualidade.

Sobreviver a toda esta mediocridade com o constante mas diminuto aparecimento de animais de verdadeira qualidade é um caso raro. O que dizer do Guiso da Fundação Eugénio de Almeida que foi um cavalo que se notabilizou em Espanha, que dizer do Novilheiro de Manuel Veiga que se notabilizou em Inglaterra. Algo vai mal, mas aqui, no berço da raça!!!!

Caros associados e amantes do Lusitano, não vale a pena entrarem no acessório (não é relevante a autoria desta mensagem), vão direitos ao essencial, peçam uma auditoria às contas e à actuação desta e das anteriores Direcções da APSL.

Não personalizem assuntos (esta tem sido a mote de actuação da APSL), tratem-nos de uma forma institucional, com o recurso a uma auditoria e mais tarde perante as evidências, entreguem os assuntos aos advogados e Ministério Público. É para isso que estas instituições existem!

Penso que o Dr. Henrique Abecasis, que ofereceu em Assembleia Geral da APSL a sua colaboração no encaminhamento do caso Júpiter, pode ser uma mais-valia no tratamento destas questões processuais.

Em política o que parece é ou na frase popular "onde há fumo há fogo", é tudo uma questão de predisposição para procurar e concluir com seriedade.

Ponderem o custo benefício de uma auditoria! Nunca assisti a uma construção (duradoura) de um edifício em solos instáveis.

Já aconteceu em Troia - tiveram de ser dinamitados uma vez que estavam inclinados (inquinados).

CV
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#23 Mensagem por CV » sexta jan 02, 2009 5:53 pm

Sem palavras...

Os meus cumprimentos,
CV

PSL
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#24 Mensagem por PSL » domingo jan 04, 2009 12:34 pm

Caro ABC,

Mexer com os privilégios da elite tem um preço… no caso de Júlio César foi o assassinato.

Júlio Cesar recebeu 23 punhaladas, e suas derradeiras palavras demonstram antes de tudo um coração dilacerado pela ingratidão, especialmente de Brutus, filho único e adotivo: Tu quoque, Brutus, fili mi! (Até tu, Brutus, meu filho!).

Vejo com alguma apreensão o desenvolvimento da situação, neste caso a tarefa associada à queda dos anjos negros, como referiu e bem, deve ser entregue às instituições.

Vivemos num Estado de Direito, onde temos de agradecer a pessoas como Júlio César cuja luta em prol das reformas administrativas e económicas que preconizava para Roma (estavam incluídas medidas que mexiam com privilégios dos nobres de então) conduziram o decurso da história para os actuais formatos de Democracia.

ABC
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#25 Mensagem por ABC » quinta jan 28, 2010 9:05 pm

OS INTOCÁVEIS

O trabalho dos juízes da raça, será porventura o último bastião da APSL a constituir alvo de crítica ou de reparo. O motivo é simples, quem o fizer será imediatamente conotado com o rótulo de mau perdedor, e tecnicamente descredibilizado por não possuir estatuto Oficial e talento, para se defender com dignidade. Como em tudo na nossa sociedade, critica-se muito, fundamenta-se pouco, e não se formaliza nada. Com esta postura facilmente caímos em situações eternizáveis na frase da “pescadinha de rabo na boca”!

Afinal o medo de passar de crítico a perseguido, para o criador que tem animais para vender e pontuar, ou para quem é profissional e vive dos cavalos, é legítimo, mas formalmente injustificado. Afinal existem registos escritos, e mais recentemente possibilidade de recorrer!!!!

É exactamente nestes registos e por conseguinte na actividade dos nossos juízes, que se revelam muitas das inconsistências do sistema. O resultado dessa actividade encarrega-se de descredibilizar os seus autores. Reparem na situação caricata que se registou na Companhia das Lezírias (pontuação dos garanhões do dia 09/12/2010), quando os juízes recuperaram TODOS os animais que haviam considerado inaptos para assumirem o estatuto de reprodutor. Que existissem alguns enganos, seria justificável, agora um engano colectivo e generalizado, é um verdadeiro descrédito ao estatuto de juiz Oficial da raça!

Foi um “engano” grosseiro, que dá razão a todos aqueles que não entendem os critérios que condicionam um mar de pontuações masculinas abaixo dos setenta pontos. Afinal, perante este panorama, deduz-se que poucos são os criadores que sabem o que estão a fazer. A solução é óbvia! Temos de comprar cavalos por indicação dos juízes, ou ir a sua casa comprar a genética que estão a produzir (há que não esquecer que estamos perante criadores geniais). Resta-nos igualmente a oportunidade de ir ao Brasil, e adquirir um garanhão de qualidade igualmente genial!

Bem, para não sermos acusados de divagação, vamos a uma caso concreto, mais precisamente a um comparativo entre os garanhões Almansor da Broa (criador Manuel Veiga) e Adágio (criador Félix da Costa). Ambos concorreram ao concurso de modelo e andamentos da Golegã em 2009 (classe 4 anos montados), e ambos se classificaram com medalha de prata (Almansor em 1º, e o Adágio em 3º). Nos parciais, os Juízes Srs. João P. Rodrigues e Rui Rosado colocaram o Almansor em 1º, e o Sr. Arq. Correia Lopes colocou-o em 4º. Já no que respeita ao Adágio, foi colocado em 1º pelo Sr. Arq. Correia Lopes, em 2º pelo Sr. João P. Rodrigues, e em 5º pelo Sr. Rui Rosado.

Nas pontuações dos Garanhões, o Adágio levou 62 pontos e o Almansor 76 pontos.

Dá para entender tanta discrepância!!! Dá para entender que um cavalo com 62 pontos, possa ser medalha de prata no concurso da Golegã. Afinal o que representa 62 e 76 pontos? NADA!!! Sinceramente lhes digo, que são os próprios juízes que passam atestados consecutivos de incompetência aos próprios, e entre eles. Será que alguém pode viver tranquilo nesta amálgama de incompetência e falta de seriedade?

Metralhar os cavalos da concorrência com sessentas e tais pontos, é um escândalo empresarial e internacional! O que se pode pensar de quem vive dos cavalos, cria cavalos, é juiz, pontua os cavalos da concorrência, e pontua os cavalos dos seus colegas juízes. Hoje pontuo o teu, amanhã pontuas o meu. Isto é concorrência desleal!!!! O que será que a Fundação Alter Real anda a fazer!? Onde está o seu dever de zelar pelo interesse da raça!?

O panorama seria o mesmo que os nossos Juízes da magistratura passarem a constituir empresas, exercendo ambas as actividades, a fiscalizadora e a de empresários. Porque será que ainda ninguém se lembrou disto? Porque será que a condição de acesso à magistratura não passa a ser por convite, abandonando-se a nefasta e enfadonha formação de cinco anos, mais dois de especialização? Porque será que não se abandona o esquema de avaliação contínua do trabalho da magistratura? Porque será que os magistrados não emitem, em continuo, decisões que contradizem as dos seus pares? Porque será que os magistrados não adoptam os seus próprios critérios, em especial baseados em genealogias familiares?

A magistratura portuguesa, que tem os seus problemas, deveria colocar os olhos na APSL, e adoptar a sua postura de respeito pela equidade e pelo um elevado sentido de Justiça, que por via deste brilhante sistema, o estende aos criadores de todo o Mundo.

O brilhantismo é tão grande, que ainda se paga por esta “luz de esperança para a raça”…

Obrigado APSL… por “não ver”, e assim patrocinar o que é evidente para todos!

traumatico
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#26 Mensagem por traumatico » quinta jan 28, 2010 11:26 pm

Depois de ler todas as opiniões escritas, numa coisa estamos todos de acordo!!! CORRUPÇÃO nas avaliações e um critério por assim dizer "esquisito".
Esta ceita consegue continuar impune e a servir grandemente os seus interesses pessoais, não encontrei nenhum caso de alguém depois de ser juiz diminuir o seu efectivo. Dirigir menos estágios ou ver os seus animais com pontuações mais baixas!!
Impressiona as vergonhas que cometem sem que o publico se revolte, "por vezes chego a pensar que seria benéfico haver umas claques afim de os fazer sentir alguma vergonha pelo "reles" papel desempenhado". Equivalem aos Sócrates da APSL!

Em relação ao padrão da raça e forma de rotular vejo ideias pouco claras, puxando cada um para seu lado!
Quanto ao padrão da raça, o essencial é o que caracteriza o lusitano: o carácter, a funcionalidade e ao olhar deve ser um lusitano, o resto são "complementos importantes" ao seu julgamento. Um aparte, assim como o homem evoluiu na sua dimensão o cavalo necessita adaptar-se a estrutura do ser humano actual, o cavalo de 1,55m não está proporcional a 80% da população, mas o ser humano melhorou a sua estatura com a qualidade da alimentação, assim deverá acontecer com o PSL.
Hoje existe a ideia de criar o lusitano para ensino, com andamentos de maiores amplitudes, maior estrutura, mais força, ou seja, quase copiar o cavalo centro europeu. Ao pensarem nisso muitos criadores esquecem-se do que tornou o PSL conhecido na Dressage (capacidade de reunião que o faz obter elevadas notas nos exercícios de reunião).
Quanto aos critérios de selecção o principal e intransigente deveria ser a saúde. Segundo lugar funcionalidade e carácter (afinal o cavalo mais que tudo serve para montar, concursos de beleza é um extra) e terceiro lugar formas e fidelidade racial.
Em minha opinião pessoal deveria existir provas de testagem nas varias vertentes assim como provas de descendência a fim de obter reprodutores qualificados, podendo os restantes cavalos obter una nota semelhante á agora existente com mais alguns critérios (carácter e funcionalidade) sempre que aprovando os respectivos exames de saúde, cobrir um numero bastante limitado de éguas para quem se pretenda fazer uma criação caseira.

Estou de acordo que com as exigências dos dias de hoje se deve procurar cavalos mais aptos para o desporto de competição mas não devemos esquecer que um 70 a 80% dos compradores de PSL procuram um cavalo para gozo pessoal que tenha essencialmente um óptimo carácter, que seja fácil de montar e ensinar e seja belo!

arraiano
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#27 Mensagem por arraiano » segunda fev 01, 2010 12:15 pm

Não estive presente, mas disseram-me que na ultima Assembleia Geral da APSL, o Sr Presidente da APSL, afirmou alto e bom som " acabem com as criticas aos Juizes ... são todos filhos de boa gente!...".... senão qualquer dia os "Sr. Juizes negam-se a classificar cavalos!".

SE OS JUIZES TOMASSEM ESSA ATITUDE; FAZIAM UM GRANDE FAVOR À RAÇA PURO SANGUE LUSITANA e a todos os criadores PSL (excepto os seus amigos).

Porque Juizes incompetentes (para não dizer outra coisa ...) como: Rui Rosado, Correia Lopes, Bessa de Carvalho, Nuno Pereira, Carpinteiro, etc. os que vão a todas! Que não percebem NADA de cavalos, de morfologia, andamentos, ... um dia um cavalo é "o melhor" (medalhas de ouro e prata) um mês depois o cavalo é o "pior"(reprovam ou têm notas baixas) .. Isto se não é incompetência ou que será.. (talvez o que todos pensam).
Querem melhor prova vão ver a selecção dos seus animais mediocres quem têm nas suas coudelarias.

Sr. Presidente isto é ser "filho de boa gente"?
Acabe com estes incompetentes! Em vez de estarmos a melhorar, estamos a piorar dia a dia!
Onde estão os critérios das classificações de morfologia, andamentos!.., como dizem os juizes aos amigos (?), estão no dono do cavalo e no Pai do cavalo?

Porque será que os Juizes novos já não aceitam alinhar com estes incompetentes!

liandro
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#28 Mensagem por liandro » terça fev 02, 2010 1:05 pm

O CONCURSO DE GARANHÕES NA GOLEGÃ REALIZADO NA GOLEGÃ FOI UMA AUTENTICA PALHAÇADA!

Porque será que a APSL, ainda não colocou no seu site os resultados e pontuações finais? Tem medo dos comentários e triste figura dos seus Juízes?

- Foram aprovados cavalos coxos e com deficiências físicas hereditárias. Isto é que é defender a raça lusitana?
- Para defender alguns mediocres cavalos (foram aprovados todos), prejudicaram as pontuações de alguns dos melhores cavalos. Houve um nivelamento por baixo!
- Como é possível o melhor cavalo (novo) do Projecto de Ensino da APSL, seleccionado há pouco mais de um mês na Marinha, após 4 provas (a que assisti e achei o melhor), após pontuações de 4 Júris (APSL, FEP, Martina e júri montado por 3 cavaleiros), teve na Golegã uma pontuação de 67,.., não sei ao certo porque ainda não saiu a pontuação oficialmente.
A APSL sabe o que se dizia no final na assistência presente na Golegã... "Isto é uma palhaçada!"! Os Juízes são um grupo de incompetentes ou há então existem interesses comerciais por trás(?).
- Porque não se arranja uma Comissão Técnica de avaliação competente, a mesma para todos os concursos? Foi uma triste figura andar a trocar de Júri em cada cavalo, foi para se adaptar o Júri a cada cavalo do amigo?
Onde existe a uniformidade de critérios num concurso? e globalmente em todos os cavalos PSL.

No meu entender (vale o que vale) no concurso havia meia dúzia de bons cavalos, para mim destacavam-se o Almonsor da Broa (M. Veiga) pela morfologia e conjunto, mais 2 outros e o Açor dos Cedros (C. Quinta dos Cedros) pela funcionalidade e óptimos andamentos (igual ao que de melhor vi nele no concurso da Marinha)

QUE RESPOSTA TEM PARA ISTO A APSL

Liandro Garcia

liandro
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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#29 Mensagem por liandro » quarta fev 03, 2010 2:45 pm

Apoio incondicionalmente o artigo do Arq. Alexandre Reffois na Equisporte Online.
Como é possível haver tanta incongruência nos Juizes (?) da APSL na avaliação.

Para tirar duvidas fui ao Stud Book saber quem seriam os Pais do tão falado "AÇOR DOS CEDROS" e para meu espanto verifico que a Mãe: RIFA (tem 80 pontos) e o Pai: UNICO (tem 74,5 pontos), como é que o cavalo Açor pode estar fora do padrão da raça?

Como não acredito na opinião distorcida e na pontuação falsa dos Juízes (?) e como é o cavalo (novo) que mais me impressionou (conjunto e andamentos) e está dentro da linha que mais gosto, só senão poder é que não o deitarei às minhas melhores éguas. Inclusive telefonou-me um dos maiores criadores alemães a pedir informações sobre este cavalo.

Sabem-me dizer onde ficam as instalações da Coudelaria Quinta dos Cedros (criador do cavalo)? Não encontrei o site!

Lisandro Garcia

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Re: A APSL no contexto dos acontecimentos

#30 Mensagem por traumatico » quarta fev 03, 2010 8:56 pm

O dono é o sr Miguel Ralão irmão do juiz Eng.º João Ralão reconhecido juiz da raça.

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