Uma Raça três Stud Book's

Fórum da raça

Moderador: Filipe Graciosa

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DCP
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#46 Mensagem por DCP » sábado jun 13, 2009 4:24 am

Enunciei apenas questões de facto e não de direito, que a outros competirá apreciar.

Maria Ramalho
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#47 Mensagem por Maria Ramalho » sábado jun 13, 2009 12:23 pm

Acordei bem disposta.

Ok, concordo com os factos, servem sempre para elucidar e são relevantes para muitos como eu que não são, nem pretendem ser Criadores do Puro Sangue Lusitano :-) E, nunca entendemos, lá muito bem as "directrizes" da APSL, em vários projectos que pretenderam implementar e continuam. Fez-me e continua a fazer-me uma certa "confusão".

E sobre Criadores, também nunca entendi muito bem a razão de num Pais tão pequeno, proliferarem numerosas coudelarias. Acho, e que fique claro, que não é ofensa para os criadores, e passe a expressão, uma "grande inflação" tal como os títulos académicos de Drs e Engs, se me faço entender

Na realidade, nunca me interessou estudar quantas Coudelarias existem na Criação do Puro Sangue Lusitano
Talvez, se preferir , eu seja "fundamentalista" na abrangência do nosso Património em várias áreas que não apenas a do Lusitano

Óbvio estive ligada ao Puro Sangue Lusitano, mas na alta competição e nessas "tretas" passe de novo a expressão, de aprovação de garanhões.

E compreendemos ao longo de muitos e muitos anos, que para os alanvancar os nossos Puros Lusitanos na linha de atletas de alta competição, nunca seria por Portugal com a aferição destes Juízes. Aqui, esse factor é castrante, e além disso eles não estão a competir com os considerados "melhores" de outras raças.

O investimento orientou-se para fora de Portugal e eles PROVARAM que estavam ao nível dessas raças consideradas à partida as "vencedoras". Tanto em Espanha como na Alemanha. Nunca o fizemos por via dessas Instituições mas a custo próprio.

Questão de opção nossa, na linha do que somos: ética e responsabilidade. E esta postura paga-se sempre caro a todos os níveis.

Mas para mim nem é isso que está em causa, como tenho afirmado e não vou repetir-me.

Hoje em dia, estou muito mais envolvida noutras causas de defesa de Património Nacional, que não os LUSITANOS.

Mas como entendo que é meu DEVER ser coerente com o que defendo e decorrente das experiências acumuladas, de tantos anos, com os nossos LUISTANOS, que nem criamos, apenas os adquirimos, não posso, logicamente deixar de apoiar a Mudança que se impõe e o assacar em Direito e, logo a sede própria, as responsabilidades de todos os que conduziram a esta situação do nosso Património.

Nada mais me move :-)

Bye DCP. Parece-me um nick DCP, mas ok aceito, na boa que não o decifre. Não me causa qualquer tipo de "comichões", ehehe

Maria Ramalho

Maria Ramalho
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#48 Mensagem por Maria Ramalho » sábado jun 13, 2009 12:30 pm

Esqueci-me, irra. Agora ando numa de citações, apenas porque em curtas palavras definem o que pretendemos transmitir, eheheh.

Já sou uma Sr.ª com seis décadas de peso, eheheh, logo pretendia deixar esta no fórum:

"Mas uma senhora é uma senhora. / Só vê a malícia quem a tem./ Uma senhora passa/ e ladrar é o seu dever ― se tanto for preciso!"
Alexandre O'Neill, Meditação na Pastelaria

Acho que me faço entender :-)
Maria

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Filipe Graciosa
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#49 Mensagem por Filipe Graciosa » sábado jul 04, 2009 8:31 pm

Caros Forenses,

Recebi este email enviado ao meu cuidado para o Portal Equestre Cavalonet, que acho que é útil para este tópico:
[email protected] Escreveu:Dear Filipe,

It is with great distress that I read (attempted to read the portuguese) about the problems between Brazil and Portugal in regards to the Lusitano. Here in the United States the Lusitano is just beginning to have a presence and this kind of fighting is devastating for the future of the breed.

To break up the studbook over such easily managed issues as embryo transfer (very important for small breed preservation) and registering crossbreds (just one more marketing opportunity for breeders - also helps promote the use of stallions to outside mares - an important income stream for some breeders) seems to be very limited thinking about the potential future of the breed. Doesn't the APSL see that the creation of a crossbred book means more income for them with no extra effort or infrastructure? All over the world, Lusitano breeders are looking for strong leadership from the mother country but Portugal must move forward with the times in order to stay in first position. I think Portugal can do this without losing their place as the cradle of the breed and the holder of the foundation studbook. There is no good reason that the APSL cannot operate their studbook in a similar manner to the Hannoverian Verband (as an example) with worldwide authority and service in all things Lusitano.

This situation between the studbooks is especially critical for the USA because the majority of the Lusitanos here are from Brazil and the numbers are growing. How do I explain to Lusitano owners here that their Brazilian horse that has both parents from Portugal is not actually a Lusitano because the two countries are fighting over issues of control. Is the horse truly no longer a Lusitano? This leaves a very poor taste in the mouth for the Lusitano and that person may walk away from the breed forever. We cannot afford to lose the interest of the public at this critical point in the development of the Lusitano here in the USA. We already have a large number of horses stuck in a grey zone of registration between the two countries - inscribed in Brazil - unknown in Portugal due to paperwork problems between the two offices when they were still working together as one book. How do we go about addressing those horses now? What are they? Who will help the poor owner to fix this? Is it fixable at this stage?

I would like to call your attention to another serious issue I have seen referred to on your forum. The International Andalusian and Lusitano Association here in the US does not operate a Lusitano studbook. The registry is called the Andalusian Studbook. It defines Andalusians as horses from the Iberian Peninsula that trace back to the PRE or PSL studbooks. We register horses that are pure PRE and pure PSL as well as the blend but they are all called Andalusian. Most of us with PSL horses do not like this arrangement but this is the only registry for our type of horse here in the USA so we continue to work with the IALHA in order to document our animals with a reputable organization. The IALHA does provide support services for the inscription of PSL horses with the APSL as per the protocol with Portugal signed years ago. So horses may carry both papers but only the APSL papers calls the horse a Lusitano. I was quite concerned that this issue was incorrectly referred to in an interview with the Ministry of Agriculture about the ABPSL situation.

As the former Registrar of the IALHA and a breeder of Lusitanos for the past 12 years I have watched this situation develop over the years and I hope to see it resolve in favor of the Lusitano horse worldwide, let us hope that we can all work together to see success for this great animal. As Abraham Lincoln said (paraphrasing the New Testament) " A house divided against itself cannot stand".

Dr. Alexandra Dees
Tradução de tradutor automático:
[email protected] Escreveu:Caro Filipe,

É com grande pena minha que eu leio (tento ler o Português) sobre os problemas entre Brasil e Portugal no que respeita ao Lusitano. Aqui nos Estados Unidos, o Lusitano está apenas a começar a ter uma presença e este tipo de combate é devastador para o futuro da raça.

Para dividir o studbook por causas temas facilmente gerido questões tais como transferência de embriões (muito importante para raças pequenas preservação) e registando cruzados (apenas mais uma oportunidade para os criadores marketing - também ajuda a promover a utilização de garanhões éguas para fora - um importante fluxo renda para alguns criadores) parece ser muito limitado pensar sobre o potencial futuro da raça. Será que a APSL não ver que a criação de um livro cruzados significa mais renda para eles sem nenhum esforço extra ou infra-estrutura? Em todo o mundo, Lusitano criadores estão procurando por uma liderança forte da mãe país, mas Portugal deve avançar com os tempos, a fim de permanecer na primeira posição. Acho que Portugal pode fazer isso sem perder o seu lugar como o berço da raça, o titular da fundação studbook. Não há nenhuma boa razão de que a APSL não pode operar suas studbook de forma semelhante ao Hannoverian Verband (como exemplo) com autoridade e serviço a nível mundial em todas as coisas Lusitano.

Esta situação entre os livros genealógicos é especialmente crítico para o E.U.A., porque a maioria dos Lusitanos aqui são provenientes do Brasil e os números estão crescendo. Como posso explicar aos Lusitano aqui que os seus proprietários brasileiros cavalo que tem ambos os pais de Portugal não é realmente um Lusitano porque os dois países estão lutando com questões de controle. É verdadeiramente deixam o cavalo Lusitano uma? Isto deixa um gosto muito ruim na boca para o Lusitano e essa pessoa pode afastar a raça sempre. Não podemos dar ao luxo de perder o interesse do público a este ponto crítico no desenvolvimento do Lusitano aqui no E.U.A.. Já temos um grande número de cavalos presa em uma zona cinzenta de matrícula entre os dois países - inscritos no Brasil - desconhecido em Portugal devido a problemas burocráticos entre os dois escritórios, quando ainda estavam trabalhando juntos como um livro. Como é que vamos resolver os cavalos agora? Quais são eles? Quem é que vai ajudar o pobre proprietário para corrigir esse problema? É fixável nesta fase?

Gostaria de chamar a sua atenção para outro problema grave que tenho visto referido no seu fórum. A Associação Internacional de Andaluzia e Lusitano aqui os E.U. em não operar um Lusitano studbook. O registo é chamado de Studbook andaluz. Ele define como cavalos andaluzes da Península Ibérica que rastrear a PRE ou PSL livros genealógicos. Nós registamos cavalos que são puro PRE e puro PSL, bem como a mistura, mas todos eles são chamados andaluz. A maioria de nós com cavalos PSL não gosta deste arranjo, mas este é o único registo para o nosso tipo de cavalo aqui na E.U.A. assim nós continuamos a trabalhar com a IALHA, a fim de documentar os nossos animais com uma organização respeitável. O IALHA não prestar serviços de apoio para a inscrição de cavalos PSL com a APSL conforme o protocolo assinado com a Portugal anos atrás. Então cavalos poderão exercer ambos os documentos, mas apenas os documentos APSL chamadas a um cavalo Lusitano. Fiquei bastante preocupado que esta questão foi incorrectamente referidas em uma entrevista com o Ministério da Agricultura sobre a situação ABPSL.

Como o ex-secretário do IALHA e um reprodutor de Lusitanos durante os últimos 12 anos eu assisti esta situação desenvolver ao longo dos anos e eu espero vê-lo a resolver em favor do cavalo Lusitano no mundo, esperemos que todos nós podemos trabalhar juntos para ver este grande êxito para o animal. Como disse Abraham Lincoln (parafraseando o Novo Testamento) "Uma casa dividida contra si mesma não pode ter".

Dra. Alexandra Dees
Cumprimentos
Filipe Graciosa Jr

Maria Ramalho
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#50 Mensagem por Maria Ramalho » segunda jul 06, 2009 1:14 pm

Não diz tudo??
Não traduz o que de facto tantos Interessados, seriamente, na preservação do Lusitano, como Raça NOSSA, lá pelos confins do mundo se encontram "baralhados"??
I quote, este Dr.:
"This situation between the studbooks is especially critical for the USA because the majority of the Lusitanos here are from Brazil and the numbers are growing. How do I explain to Lusitano owners here that their Brazilian horse that has both parents from Portugal is not actually a Lusitano because the two countries are fighting over issues of control. Is the horse truly no longer a Lusitano? ..."

"...I would like to call your attention to another serious issue I have seen referred to on your forum. The International Andalusian and Lusitano Association here in the US does not operate a Lusitano studbook. The registry is called the Andalusian Studbook. It defines Andalusians as horses from the Iberian Peninsula that trace back to the PRE or PSL studbooks. We register horses that are pure PRE and pure PSL as well as the blend but they are all called Andalusian...."

"As the former Registrar of the IALHA and a breeder of Lusitanos for the past 12 years I have watched this situation develop over the years and ........"
Estas inquietações, entendo que são partilhadas por muitos criadores em Portugal, e Tv/ há mais de 12 anos... e, óbvio que também a partilho, não sendo nem pretendo, sequer, ser criadora!

Alguma coisa na realidade alterou estas inquietações/ este panorama? Eu não sei...

Bye
Maria

Domingos Graciosa
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#51 Mensagem por Domingos Graciosa » quarta jul 22, 2009 5:02 am

Jornal Diário de Notícias 19-07-2009 (Capa)
Imagem

Jornal Diário de Notícias 19-07-2009 (Página 62)
Imagem
Diário de Notícias Online Escreveu:Raças portuguesas em perigo

19 Julho 2009

Apesar da recente polémica, o cavalo lusitano é a raça portuguesa que menos risco corre. Tanto os cavalos garranos como os sorraias enfrentam um perigo real de extinção. Numa contagem feita há dez anos, verificou-se que só existiam dois mil garranos em Portugal, e hoje os especialistas acreditam que a situação piorou. No ano passado vários cavalos desta espécie foram abatidos a tiro em Melgaço, o que contribuiu para agravar ainda mais a situação. Pior que o garrano está o cavalo sorraia, dos quais só existem 200 exemplares, e destes estima-se que apenas 60 sejam fêmeas. A sua distribuição é dispersa por pequenos núcleos em território nacional, havendo também cavalos sorraias que foram levados para a Alemanha, Estados Unidos e França, mas em números muito residuais.
http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior ... id=1311883

PaulaDS
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#52 Mensagem por PaulaDS » quinta jul 23, 2009 9:40 am

Alguns dados e informações neste jornal me parecem fruto de fantasia, quem sabe aonde foram buscar? Sem falar das imagens, pobre cavalo Lusitano representado nessas duas imagens como o que os brasileiros chamam um "pangarè". Mas enfim. É a vida.

Vão ver se nos catálogos e na imprensa brasileira as imagens do cavalo Lusitano são assim, de cavalos tortos, todos amarrados, desproporcionados, etc. Se em Portugal nem mesmo se tem cuidado de tutelar a imagem do cavalo nacional, Deus do céu, se nem mesmo num jornal que é de grande distribuição alguém toma o cuidado de ler o que se escreve e de entregar material fotográfico que seja lusingueiro para a raça, então BOLAS! lixem-se. Melhor aprenderem a defender a imagem dos Lusitanos como se faz em França ou no Brasil ou nos Estados Unidos. Inútil que gritem comigo e que fiquem furiosos, a culpa não é minha se em Portugal todos fazem bla-bla para defender a raça mas ninguém de fato faz nem o mínimo para defender a imagem da raça. Bom dia, Portugal. Acordem!

Phynx
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#53 Mensagem por Phynx » quinta jul 23, 2009 9:53 am

A PaulaDS tem toda a razão mais uma vez. Em Portugal no que toca ao assunto de pagar boas fotografias e traduções tamos no fim do mundo. Como a Paula sabe, ninguém em Portugal está disposto a pagar por um trabalho fotográfico de qualidade para promover os seus produtos. O mesmo se passa na minha área, as traduções. Toda a gente quer de graça, e quando não se oferece o serviço, ninguém quer pagar, por muito pouco que seja. Recorrem então a conhecidos e familiares que "arranham" a língua, mas que pensam que a falam muito bem e que traduzem ainda melhor. Depois vê-se por aí as maiores barbaridades.

Quanto a este jornal, repare que nem a própria língua sabem escrever. Até erros ortográficos tem, como é o caso da "cela", que deveria ser SELA. Mas claro, toda a gente é doutora aqui. Desde que se tenha o diploma tá tudo bem.

PaulaDS
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#54 Mensagem por PaulaDS » quinta jul 23, 2009 11:33 am

Essa da "cela" eu reparei mas preferi ficar calada porque como estou longe há muitos anos devo escrever muitos erros também ;-)
Ah as traduções são um horror, traduções técnicas sobre cavalos e vê-se cada coisa mais ridícula que às vezes só por bom senso e lógica o tradutor poderia/deveria ter chagado à conclusão que algo estava errado ;-)

Mas é isso, tem-se o que se paga, e se não se paga nada, não se pode reclamar... no meu campo (fotografia) só se vêem abortos fotográficos, cavalos cabeçudos (exemplo acima), cavalos tortos e torcidos (exemplo acima), mostram-se cavalos amarrados como salames (imagem acima) como se essa fosse a imagem IDEAL que se deve passar do cavalo Lusitano, pobre cavalo Lusitano... No seu caso escrevem-se coisas inacreditáveis porque o primo ou o irmão do primo ou o cunhado do amigo que arranha inglês mas nada sabe de cavalos sabe que castanhas são um fruto mas perde-se num mar doutras castanhas, sem falar das diferenças entre a linguagem técnica de cavalos US e UK e daquela de quem pratica western e quem pratica english. ...;-) Mas é isso, para ter qualidade nos serviços, tem que se pagar, e em Portugal quase sempre prefere-se ter de graça, a qualidade passa em segundo lugar.

Paula

Maria Ramalho
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#55 Mensagem por Maria Ramalho » sexta jul 24, 2009 2:15 am

Já nem sei o que comentar/postar: óbvio que há n interesses na comercialização do nosso Lusitano. Óbvio que muitos Juízes ao aferi-los, deixam qualquer um, confuso. Apresenta-se 1 produto que se entende enquadrar o Lusitano e pimba apanha com um julgamento pouco claro que inevitavelmente leva a questionar as pontuações obtidas. Agora a realidade para mim, pessoalmente, mais confusa, é que a direcção da APSL mantém-se (é não é?) após esta polémica com o Brasil ,a FAR faz umas declarações equivocas.

Qual o universo dos criadores portugueses? Olho com inquietação, que de facto apenas 18 criadores tenham levantado esta questão. Mas percebi que ficou tudo na mesma do mesmo. Ou de facto não ficou? O que leio é que os criadores portugueses estão divididos e quem perde é o nosso património do Cavalo Lusitano e é lamentável que tanto os Sorraias como os Garranos nos se apresentem com este nº de efectivos. Como é lamentável o desprimor do Burro. Há cerca de 150 anos os lisboetas vinham de Lisboa a Santarém de burro, imaginam?
Ex: Almeida Garrett. São apenas 150 anos que passaram. Manuel deOliveira está mais que apto com a sua genialidade e tem cem anos, anda se deve ter movimentado em mulas ou burros..julgo eu.

E o cavalinho da Ilha Terceira? Uma pinturinha de uma Lusitano em ponto pequenino; quais os efectivos? Vinham de barco para o matadouro.... Agora acho que há um estudo para o denominar de poney!!!!

Mas, por mero acaso e curiosidade fui ver o que se passa com as raças canideas portuguesas. Temos em Portugal raças autoctenes fabulosas... e são muitos os estrangeiros que vieram a fazer as suas criações, basta o ex do Cão de Água do Presidente Obama. E uma raça que não apresenta problemas a nível alérgico. Mas nem foi de qualquer criador Português que lho ofereceu... Foi oferecido pelo Kenndey, um americano bem reconhecido, politicamente e que infiro que os crie. Baseado em que cães? Originários de Portugal?

E percorrendo esses concursos, deparei-me com Juízes estrangeiros a avaliar os nossos cães. Intrigante.

Senti que estava assistir ao mesmo do mesmo por arte doa aferição dos Juízes portugueses.. O mesmo com os Juízes dos cavalos Lusitanos. O raio da "sujectividade"´será sempre o refugio das classificações..

O mesmo cenário, dos cavalos Lusitanos. Criações fora de cá e já com Juízes aptos.

Os critérios de avaliação tem uma variabilidade impressionante, tanto numa exposição o x é excelente como noutra apenas é muito bom :-(( Não se aprende népias, ainda mais confusos ficamos, quando lemos o que certas raças Lusas são sujeitos a estas variáveis de qualificação.

Logo na Europa, Estates etc.. andam muitas raças nossas, mas serão mesmo essas as "nossas"? Lê-se o estalão de cada uma e podem crer, não percebi népias. A sensação de impotência é transversal aos critérios dos Lusitanos. E fora portas de Portugal há cães ditos nossos e fico estarrecida, percorrendo a m/ memoria de tanta raça canídea que tive. O que vi "fugia" ao que conheci com os meus.

Sou de novo impelida a pensar que estamos a "perder" as nossas linhagens dos cães e as sua apetencias/ funcionalidades muito especificas. E aparecem outros canideos em Clubes outside com o rotulo da raça Portuguesa.

Recorda-me o Orfheu, lembram-se? Criado em França, vi-o na Golegã há anos

Não sei, mas enquanto não se ultrapassar certas situações e todos se sentarem à mesma mesa, tal como os políticos o deveriam fazer, mas antes saíem com o mesmo tipo de discurso, o mesmo do mesmo: "nós fazemos isto e aquilo, ou outros o mesmo mas dito de outra forma ou quase, que apenas traduz posições quase extremas (e por vezes nem o são) e o conceito de Pátria parece COISA estanha, como Portugal pudesse sobreviver eficientemente e todos os bons atributos que temos em Património, história etc,.., nem fosse a preocupação essencial e fundamental para ultrapassarmos 30 anos de atraso.

Há sempre o primado privado e/ou partidário, com tudo o que abrange de menos claro, em detrimento da ALAVACAGEM de Portugal. É ou não o Lusitano também refém destes desentendimentos inúteis? Um reflexo de Portugal.
Lá vêem as acções, as nuvens de desinformação e ficamos à toa. Mas Porquê? Não sei, resta-me curtir a tristeza de tudo o que perdemos. Olhem agora o caso, da nossa pianista Maria João Pires entre outros..

Acho que afinal temos o que merecemos, enquanto não existir uma sociedade civil, séria e actuante com o sentido de ultrapassar as "guerrinhas " muito típica de nós, por tudo e por nada.

Acreditei que existiria alguma mudança na questão do nosso Lusitano, e tudo me leva a pressupor que não haverá num horizonte próximo.
Nosso carma? Nop. Nossa indiferença. Temos por habito nunca questionar,o que é essencial, evidenciamos apenas o acessório, salvo melhor opinião, óbvio.

E, em suma os medias hoje em dia, não tem hipótese de aprofundar, SABER estudar sobre o que publicam. Acabam por nos dar este tipo de artigos: vendem mais assim? As chefias não lhes devem dar o aval para se dedicarem a um profundo estudo para publicarem artigos com factos e e de forma clara e informativa.

O tal "trabalho de casa"

Mas "se nos acomodarmos estamos a morrer" Sofia Mello Breyner.

Acomodamo-nos?

Inté
Maria

PaulaDS
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#56 Mensagem por PaulaDS » sexta jul 24, 2009 6:24 am

Pelo que vejo lá fora, no Brasil, em França e nos Estados Unidos, podem dar graças a deus que o Lusitano está sendo criado e DIVULGADO BEM nesses países, com uma promoção bem feita, por profissionais sérios, que sabem o que estão fazendo. Apresentações maravilhosas da raça, open houses, catálogos de mil e uma noites, cavalos que são criados, montados e levados a competir ao máximo nível internacional - tudo isso acontece nos outros países, para a gloria do cavalo Lusitano. E se não acontecesse nos outros países? Tem a certeza que aconteceria ai? Eu sinceramente não. As coisas melhores sobre o cavalo Lusitano tem sido as que vejo produzidas fora de Portugal, lamento dizer.

Não vejo ai um esforço inteligente para promover a raça, não vejo a tutela da imagem da raça como nos outros países e sobretudo não vejo profissionalidade - desculpem, mas se forem dar uma volta pelos criatorios brasileiros e americanos vão reparar que nada acontece por acaso, e que há uma estratégia atrás do marketing e da criação de cavalos. Trata-se duma INDUSTRIA, depois que se fale de alma, coração, saudade, lágrimas, não me interessa nada, cavalos dão $$$, exportam valor (exportariam, é só ver os dados da França e do Brasil comparados com os dados de Portugal) e criam lugares de trabalho, se houver uma industria do sector bem fundada, com profissionais bem preparados e uma estratégia bem definida. Em Portugal existe? Eu não sei, só sei o que leio aqui e ali e acolá, tudo muito confuso, ficam se preocupando de perder o mercado quando já o perderam porque em vez de se preocuparem com os vossos anacronismos, ficaram olhando para o prato dos outros, contando os ganhos e as vantagens que vocês perderam. Não é tempo de pensar ao que perderam, mas ao que ainda poderiam recuperar, melhorando uma polica de sector que deve deixar de ser pessoal para ser colectiva. E chega com os anacronismos. Acredito que não é difícil ver que algo não funcionou nos últimos 10 ou 15 anos, e não foi culpa dos políticos e dos chefes dos ministérios (fácil demais dar a culpa só a eles embora se saiba que o poder não atrai nunca a simpatia sincera) e para verificar que algo funcionou mal basta ver o que o Brasil está tirando fora do chapéu nos últimos anos, os cavalos nascidos nos últimos 7 anos por exemplo, 90 por cento deles montados pelos chamados "meninos". Os "meninos" não são cavaleiros que montam no tempo livre, que podem descansar antes das provas, eles não compram ridingwear com griffe e quando desmontam do cavalo não saiem do club numa Ferrari novinha ;-) - de fato acredito que nenhum deles tem um cavalo. Depois há uns 5 porcento que tem historias comuns à historia do cavaleiro médio europeu de dressage ou de equitação de trabalho. Eu estou só explicando isto para verem que se trata doutras realidades, doutras atitudes perante a industria do cavalo, doutra maneira de encarar a profissionalidade. Suor, trabalho, tenacia, vontade de chegar à meta, fé nos resultados do criatorio, profissionalidade do team inteiro que trabalha para conseguir os resultados desde o momento em que a égua é coberta até ao momento em que o potro é pronto para ser levado para as competições/exportação.
No caso do Brasil, os tratadores, e o pessoal que se ocupa dos animais nas coudelarias e nos centros de treinamento, incluindo ferradores, veterinários, etc, todos acabam por fazer vários cursos na Universidade do Cavalo http://www.universidadedocavalo.com.br que organiza cursos de qualificação e de formação e de especialização, alguns curtos (fim de semana) e outros que duram anos. É outro mundo, eu dou cursos lá uma ou duas vezes por ano, e vejo o movimento, as estruturas estão sempre cheias de gente e acontecem um ou dois cursos simultaneamente e até mais, a procura de profissionalidade é um "must"... no Brasil.
Quem daria um cavalo de 50.000 euro nas mãos de alguém sem qualificação e sem formação especifica? Em Portugal, muita gente. Nas mãos de pessoas que (noutros países?) eram latoeiros, marinheiros, soldados, e que nunca tinham visto um cavalo antes - não é culpa deles, é culpa da mentalidade que entrega os cavalos, a enorme responsabilidade de se ocuparem de animais vivos e complexos e frágeis como os cavalos a pessoas sem formação nenhuma, embora gentis, e talvez até amantes dos animais. Eu falei dum cavalo de 50.000 euro, mas o mesmo vale para um cavalo de 50 euro, era só um exemplo. ;-) Bom dia a todos.

E por favor não deixem de mandar os vossos parabéns ao Press Office (adido de Imprensa?) da associação dos Lusitanos e do Ministério e também ao jornal que publicou essa porcaria com abortos fotográficos e erros de fotografia (e alguns dados absolutamente incríveis, pena que não diz qual é a fonte).
Bom trabalho ;-), quem sabe, se continuarem assim podem dizer adeus ao Lusitano em Portugal, que bem merecem. Não há como uma "boa" campanha de imprensa continuada no tempo para dar resultados definitivos.

areffoios
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#57 Mensagem por areffoios » sexta jul 24, 2009 9:54 am

Cara PaulaDS,

Acho que não lhe fica bem expressar-se nesses modos e termos, apesar de poder ter razão em alguns aspectos, agradecia que moderasse e pensasse duas vezes antes de criticar. Em Portugal há bons cavalos e há gente séria que cria bem! Brasil, EUA e França só tem sucesso porque durante centenas de anos "alguém" teve a sabedoria de manter um fantástico património genético. Uma ou duas gerações de Lusitanos "estrangeiros" não prova nada... rigorosamente nada! Ou por outra... prova que o trabalho até então desenvolvido é tão bom, que até um estrangeiro consegue produzir cavalos de qualidade.

Não sei se é brasileira ou portuguesa, mas imagino que seja brasileira e já agora aproveito para lhe dizer a si e ao seu povo fantástico que deixem o marketing equestre de parte e se preocupem um bocadinho mais com o "marketing humano" e com os índices de miséria e pobreza que dominam o Brasil.

Para concluir... Quando fala em meninos e termina com latoeiros, marinheiros ou soldados, prova muito bem que desconhece por completo a realidade e a história de Portugal. Mas por ai não vou entrar porque tenho a certeza que falaria em vão (a avaliar pelos posts anteriores).

Peço que seja comedida e que pense que pode estar a ofender alguém! É muito feio olhar para trás e negar o passado. Acho que sabe que 90% da população brasileira descende de portugueses. Não só do marinheiro Cabral, mas também do latoeiro, do padeiro, do merceeiro e do soldado.

Alexandre Reffóios

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Re: Uma Raça três Stud Book's

#58 Mensagem por PaulaDS » sexta jul 24, 2009 10:51 am

Portuguesa.

Referia-me ao pessoal que trabalha com os cavalos e que vem do este da Europa, da África do Norte e não sei mais daonde e que não tem a mínima qualificação mas que como trabalha quase de graça...

Conheço pouco a realidade portuguesa, mas tenho olhos para ver, para ler, e vou uma vez por ano ai. Há coisas que não se podem esconder, a realidade não está nos livros.

E agora, hein?

Essa mulher é portuguesa, e agora?

Agora como vamos insultar ela? Isso de insultar o povo brasileiro já não vai dar certo, ehehehe, agora só mesmo um auto-gol.

Mil anos de historia e de criação e depois os "estrangeiros" que nada sabem de cavalos pegam no Lusitano e em 10 anos fazem milagres e conseguem seja promover a raça de maneira que Portugal NUNCA fez seja criar uma serie consistente de cavalos excepcionais (não um de vez em quando), seja criar uma verdadeira industria com exportação a níveis que Portugal nunca teve e se continuar assim nunca vai ter, sem falar dos sempre mais frequentes resultados desportivos a nível internacional de cavalos Lusitanos criados fora de Portugal. Como é que esses mil anos de criação serviram aos outros países e não serviram a vocês?
Em vez de se atirar a mim, não deveria talvez fazer um exame de consciência e telefonar ao jornal acima para explicar que CELA è outra coisa e que dificilmente um garanhão cobre (com sucesso) 80 éguas num ano sem usar inseminação, e depois também contatar o Press Office do Ministério, os criadores mais ocupados em guerras internas que em resolver os problemas reais da raça, etc? Eu sò falei duma opinião pessoal, há gente ai dizendo coisas bem piores, insultando com palavrões, eu li NESTE MESMO FÓRUM coisas bem piores, como é que o SR só se preocupa comigo, foi porque pensou que eu fosse brasileira?
Pena que não sou. Mas gostaria de ser, neste momento..

areffoios
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#59 Mensagem por areffoios » sexta jul 24, 2009 12:12 pm

Minha cara Senhora,
Essa mulher é portuguesa, e agora?

Agora como vamos insultar ela? Isso de insultar o povo brasileiro já não vai dar certo, ehehehe, agora só mesmo um auto-gol
Em primeiro lugar, não insultei, nem quero insultar ninguém. Também não me atirei a ninguém, apenas respondi livremente num fórum de opinião.

Se a Sra. é que está tão incomodada com 80 cobrições por ano, com a fraca qualidade das fotografias, etc.. Porquê é que eu é que devia contactar o jornal DN e o Ministério? Ligue a Senhora!

Em relação aos insultos dos outros, com isso posso eu bem. Eu gosto de nivelar por cima! Não vou cair em insultos, nem em linguagem imprópria de quem nem sequer tem a dignidade de assinar aquilo que escreve. Se quiser perder uns minutos poderá verificar que a minha participação neste fórum não é insultuosa ou ofensiva.

E já agora, em relação ao português escrito, insultar ela não deveria ser insultá-la?

Alexandre Reffóios

DCP
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Re: Uma Raça três Stud Book's

#60 Mensagem por DCP » sexta jul 24, 2009 5:04 pm

PaulaDS Escreveu:Mil anos de historia e de criação e depois os "estrangeiros" que nada sabem de cavalos pegam no Lusitano e em 10 anos fazem milagres e conseguem seja promover a raça de maneira que Portugal NUNCA fez seja criar uma serie consistente de cavalos excepcionais
Talvez os excepcionais cavalos que refere, feitos nos últimos 10 anos no Brasil, sejam cruzados e não PSL, apesar de inscritos no Stud Book da ABPSL.

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