Desbaste

Esta secção é para todos os temas que não estejam incluidos nas outras secções

Moderador: Filipe Graciosa

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JM-6
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#31 Mensagem por JM-6 » quarta mar 09, 2005 10:04 am

Faço das palavras do João Pedro de Almeida as minhas!

:?
Horseball: The Best Team Sport Ever Invented

João dee Deus
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#32 Mensagem por João dee Deus » quarta mar 09, 2005 11:21 am

Bom dia companheiros.

Acordei cheio de vontade de vir para o PC.
Agora,e durante alguns dias não posso trabalhar,de modo que vou ter mais tempo.

São 10.30 da manhã e já recebi dois desejos de Melhoras:

João Pedro Almeida

JM-6

Vou "contabilizá-los" juntamente com os que vierem.
Depois,vou relacioná-los com o número 453,que são os "Vistos" nesta Hora.
Se a relação for dispar, vou passar a "Privadas",desculpem mas eu não quero louros nem compensações,quero é companheiros de "Peito aberto"

Como já devem ter percebido,a minha participação é desinteressada,deve-se apenas à minha vontade de "abreviar"a evolução dos Amantes dos Cavalos,abrir novos pontos de vista,darem voz ao vosso Génio (aladino),se o tiverem.
Feliz ou infelizmente,os meus proventos vêem de "cavaleiros" que chamam "pedal" ao estribo,e coisas assim,durante uma hora,uma vez por ano.
De qualquer modo estou orgulhoso do meu trabalho,tenho metido o "virus"em muita gente,e os picadeiros do Litoral têm lucrado com isso.
Os que já experimentaram,quando voltam no ano seguinte,dizem que não foram bem atendidos,os meus cavalos são melhores,e o ambiente dos picadeiros é muito "pesado". Deve ser dos equitadores,porque segundo penso,(se estiver errado digam)não há nenhuma cadeira no Curso,dedicada à Divulgação da Modalidade,e é disso que se trata.
É preciso ter "estômago"calejado por dentro,e "passar por cima"dos comentários e atitudes provenientes da ignorância dos clientes,porque são Clientes,e como tal têm de ser respeitados.

A partir de agora vou dar preferência a esta secção: DESBASTE

Acho que é o tema mais amplo,abrange quase tudo,e no fim de contas a Vida acaba por ser,um desbaste contínuo.

Um abraço,e até logo à noite.
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...

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Dr.Elina
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#33 Mensagem por Dr.Elina » quarta mar 09, 2005 1:06 pm

As melhoras de cá também.

AnaE
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... acidentes!

#34 Mensagem por AnaE » quarta mar 09, 2005 1:59 pm

...realmente a lidar com cavalos tudo pode acontecer.....

as sinceras melhoras!

AnaE

Fred
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#35 Mensagem por Fred » quarta mar 09, 2005 4:39 pm

Sr joao de deus.gostei muito do seu artigo sobre desbaste.e espero que quem tenha lido tenha aprendido qualquer coisa.desde ja tambem gostaria de lhe desejar as melhoras.eu tambem ja tive um acidente de cavalo que me deixou hospitalizado durante 10 dias(tive de ser operado)e tive um bocado em risco de vida.felizmente ja foi a algum tempo.mas como o ditado popular diz "quem corre por gosto nao cansa".quem me tira os cavalos tira me tudo.e por isso nem estes acidentes nos deixam gostar de cavalos.felicitaçoes.as melhoras.

mateus
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cce

#36 Mensagem por mateus » quarta mar 09, 2005 7:43 pm

É bom saber que existe alguém, que nos apoia, e que nos percebe, principalmente quando nos sentimos sós, por isso agradeço a sua resposta.
Não, não li a sua mensagem no DESBASTE, mas se ainda estiver disponível agradeço que me indique onde posso consultar.
Eu aprendi a montar com o António Vozone, mas ele o ano passado deixou Santarém e foi para o Porto, o que me deixou só mais uma vez. Entretanto embora tivesse ficado desapontado e triste com a situação não desisti, pois o “sonho” falava mais alto. Estava com a sensação de que estava tudo perdido, que voltava tudo ao inicio, já não bastava a minha família a dizer para desistir, que era tempo perdido, que os cavalos eram mais importantes que eles, que preferia ir ver provas a sair com eles, etc... ainda por cima tinha ficado sem aulas, estava completamente sem saber o que fazer de um lado a família do outro eu e só eu com a minha paixão. Mas, não me dei por vencido e mais um vez contra todos fui em busca de ajuda.
Consegui conhecer outra pessoa, que pratica ensino, (Felipe Canelas),consegui que me desse aulas, mas dado que trabalho em Lisboa, só consigo ter aulas aos Sábados, o que é muito pouco para alguém que tem poucos conhecimentos, mas sempre é melhor que nada.
Estou a tratar da minha transferência para Santarém, para ver se assim consigo ter mais tempo livre, para aprender, pois uma aula por semana não é nada, na semana seguinte quase que não noto evolução, no inicio de cada aula sinto-me sempre desligado do cavalo, com uma postura incorrecta e isso deixa-me irritado, quando me começo a sentir bem está na hora de terminar a aula!? Acho que se montasse mais vezes por semana não iria necessitar de tanto tempo para me adaptar e sentiria uma evolução mais rápida.
Embora continuem as pressões para deixar os cavalos, agora, mais que nunca tenho a certeza que venha quem vier não me vai afastar dos cavalos, por mais contrariedades que apareçam vou sempre lutar por aquilo em que acredito!? Nada me faz sentir tão bem! Nada me faz esquecer todos os problemas do dia a dia (e são muitos) como quando estou com os cavalos.

Como pode constatar a primeira pessoa que referi está ligada aos saltos a segunda ao ensino, não sei se conhece algum deles? Mas no CCE não conheço ninguém, nem sei se em Santarém ou na zona existe algum espaço para a prática / aprendizagem da modalidade, o que torna difícil ter algum conhecimento do CCE.

Obrigado,

João dee Deus
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#37 Mensagem por João dee Deus » quarta mar 09, 2005 9:51 pm

Pedro.


A tua vontade de progredir é um exemplo a seguir por isso tem lugar no forum.
O teu "Aladino" tem-te guiado bem,ele deve achar que mereces,e eles nunca se enganam.
Só te falta ter um instrutor de Corta-Mato,como vês as coisas estão a correr bem.Só que estão lentas,mas pela tua vontade qualquer ritmo é lento.
Como eu já disse no forum,a fep não se interessa muito pelo CCE.Hà meses que tento saber o Ranking do CCE e não está diponível,para ter o regulamento é preciso pagar,é só dificuldades.
A maior dificuldade,no CCE é ter um cavalo para o efeito.
É difícil e leva muito tempo "meter" um cavalo ao CCE,além de que nem todos os cavalo "Dão",e quando se chega a essa conclusão,já se gastou muito tempo.Só com cavalo próprio se pode treinar,ou então pagas um balúrdio.
Não conheço nenhum sítio onde possas aprender,mas como estou fora do meio faz tempo,é possível que haja.
De qualquer modo vai aperfeiçoando os saltos e a dressage,pode ser que um dia "apareça"o instrutor de Cross-country.
Continua lutando,porque "A MAIS -VALIA É A DEDICAÇÃO,ela faz a diferença,e é o caminho dos Campeões.

Trabalho,muito trabalho,ainda mais trabalho e muita dedicação.

Um abraço
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...

João dee Deus
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#38 Mensagem por João dee Deus » quinta mar 10, 2005 11:43 am

ANA-E

Obrigado pelos seis desejos de melhoras.

Sei que tem ou teve dúvidas sobre a rédea "fixa"

No entanto vou tentar o impossível.

À aqui dois vectores a considerar:(é assim que eu resolvo os problemas,Dissecando-os)

Pressão nas barras,e altura da prisão na cilha.

Isto forma um triângulo a saber:Barras,Nuca do cavalo,e prisão na cilha.

Para começar estas rédeas não podem ser fixas,porque não dão margem para "análise".

Conheço dois modelos,um que a rédea é "interrompida" por uma argola de borracha,e a outra,que eu prefiro,é inteiriça mas tem um elástico cozido em dois pontos da rédea que provoca um arco na rédea,e que o cavalo quando "encosta",estica e dá-nos uma leitura do que está a acontecer.

Esta rédea,juntamente com a Alemã e outras coisas,são como as pistolas: Tão boas ou tão más quanto os tipos que as usam.

As mãos dos cavalos suportam a maior parte do peso,e a cabeça com o seu peso estabeleçe o equilíbrio consoante a distância a que se encontra da massa corpopral.

Esta rédea pretende regular essa distâcia para proporcionar um equilíbrio que por sua vez dá um andamento "regular".(depois explico)

O cavalo por necessidade procura o apoio no ferro,e esta necessidade resulta de que era muito mais difícil para ele,porque teria de usar mais musculos no pescoço,e assim "relaxa"encostando-se ao ferro.

Apressão do encosto nas barras depende da conformação fisica do cavalo,tal como a configuração do "triângulo".

Esta pressão é a que se lê no elástico.
A dificuldade está em que a necessidade que o cavalo tem deste apoio,faz com que ele se sujeite a vários comprimentos,iludindo-nos fazendo-nos pensar que o trabalho está bem feito.

A sujeição é tal que por vezes "partem" a primeira vértebra(cervical) ficando com "Pescoço de Ganço".

Noutro casos(e hà muitos mais)têm as barras muito duras e só sentem o encosto quando a pressão é muito grande.

Quando falei em andamento "regular"quis dizer que dependendo da velocidade a que vai o cavalo,que está relacionado com os andamentos(Passo,trote e galope),o centro de gravidade altera a sua posição,(avança com a velocidade) e o comprimento do "encosto"nas barras também.

Donde o comprimento da rédea é variável consoante a velocidade,portanto,quando se trabalha à guia com esta rédea deve-se ir directamente para o andamento pretendido.

Só a capacidade de sujeição do cavalo nos faz pensar que isto não é verdade.

O ideal seria em vez de prender esta rédea à cilha,prendê-la ao centro de gravidade do cavalo.

É a primeira vêz que passo para o papel estas "coisas",portanto é natural que daqui a dez minutos chegue à conclusão de que me esqueci de algo.Se for importante eu volto à "carga".

Foi a minha contribuição,e mais uma vez obrigado pelos seus desejos das minhas melhoras.

Saudações.
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João dee Deus
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#39 Mensagem por João dee Deus » quinta mar 10, 2005 11:51 am

Rectifico ANA

O ideal seria,em vêz de prender as rédeas à cilha ,prendê-las à vertical do centro de gravidade.

Assim está melhor.
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mateus
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#40 Mensagem por mateus » quinta mar 10, 2005 2:36 pm

Caro amigo João,

Agradeço-lhe toda a atenção dispensada. Percebi também pelas respostas que lhe dão que se encontra doente, espero que não seja nada de grave e que fique bom o mais breve possível.
Tenho muita pena, de não ter mais tempo para me dedicar aos cavalos mas a minha vida profissional não o permite por enquanto. Não é fácil vir todos os dias de Santarém para Oeira e ir, e ter ainda tempo para os cavalos. Só uma grande força de vontade me faz continuar, só me posso dedicar aos cavalos ao sábado, por vezes chego ao final da semana de rastos, mas não me perguntem como? Nem onde vou encontrar forças? Mas no sábado de manhã lá estou eu no picadeiro pronto para mais uma aula.
Li o seu artigo sobre as rédeas fixas e achei interessante, é importante que as pessoas com algum conhecimento o transmitam aos restantes, sem qualquer receio, ás vezes as pessoas tem “medo” de transmitir o que sabem para que os outros não saibam tanto como elas, acho que é uma mentalidade reprovável. Felicito-o por ter a “coragem” de expor os seus conhecimentos, só assim podemos evoluir. A maioria das pessoas não percebem que se nos unirmos e nos entreajudarmos podemos chegar muito mais longe. Tenho pena de estar tão longe de si, tenho a certeza de que iria aprender muito consigo.

Um Abraço

Pedro Mateus Fonseca

João dee Deus
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#41 Mensagem por João dee Deus » quinta mar 10, 2005 5:09 pm

Pedro Miguel

Nós somos todos coxos em relação ao conhecimento,mas se nos agarrarmos uns aos outros,niguém nos derruba.

Vou voltar ao DESBASTE

A Ginasticabaseia-se no facto de que por movimentos repetidos,os tendões se distendam,e os músculos se tonifiquem.
A imobilidade conduz à "congelação dos tendões"e ao atrofiamento dos mùsculos.
Voltando ao provérbio Àrabe (e havemos de voltar mais vezes),è assim que o cavalo nos aparece para ser desbastado,além do facto de estar ainda em crescimento.
Não se pode pedir a um cavalo nestas condições esforços continuados.
Até esta altura a sua coluna vertebral pouco se dobrou (laterlmente) e apanas suportou o peso da barriga.
Os execícios iniciais incidem principalmente na coluna.
Encurtar gradualmente a guia,(lateral)e o trote exercita a coluna.(vertical).Tenho conseguido pôr cavalos a galopar à minha volta com uma guia de um metro mais o comprimento do meu braço,mas tem de ser por pouco tempo(Duas voltas) porque este exercício castiga muito a Mão de dentro,por isso deve aliviar-se logo dando mais guia.
Durante estes exercícios os músculos vão aumentando de volume e o peito vai abrindo,e o tempo de guia pode aumentar.
Temos de dar tempo a que isto se processe.Os cavalos que dão rápidas respostas aos exercícios são os mais sacrificados.(Tal como as Pessoas),è preciso dar tempo e não acelerar-mos o processo só porque está a correr bem,è preciso ter calma,e especialmente não porlongar.

A coluna que agora já está adaptada aos exercícios,vai voltar "à estaca zero "quando passar-mos a perna.(devido ao peso do Cavaleiro).Vai haver novo período de adaptação,agora mais severo.
Temos de "voltar" ao princípio em termos de duração do exercício.

Paralelamente e durante todo o processo de guia,costumo arranjar motivos de "preocupação" ao cavalo,para não tornar aborrecido o trabalho,e manter a sua atenção,e não se distrair.
De vez em quando, uma vara fina no chão,uma pequena subida e descida,faz com em cada volta ele se preocupe com o "obstáculo".

Estes são os pricípios básicos da ginástica,mas como já disse,o que interessa é a consencialização do equitador em relação às dificuldades do cavalo.

Saudações
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AnaE
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obrigada!

#42 Mensagem por AnaE » quinta mar 10, 2005 5:50 pm

Sr. João de Deus.. muito obrigada pela explicação das rédeas fixas! Confirma a ideia que eu tinha da sua acção, e também o que tentei descobrir sobre isso em livros.

Recomendara-me que as utilizasse no meu cavalo (á guia), pois no trote (e galope), não há meio de alcançar um andamento cadenciado e colocado (pelo menos quando eu vou em cima dele)... e quando consigo um trote aceitável jé ele está de nariz completamente no ar e os posteriores lá longe... longe....

Ando com vontade de experimentar as rédeas fixas, a ver se o mal é meu..... e se livre de um peso extra ele começa a ir ao lugar!.... Embora sem a certeza se as rédeas fixas são realmente o método mais indicado para este tipo de problema.... tem alguma sugestão que me possa indicar?

obrigada mais uma vez pela ajuda.... e fico à espera de mais explicações!

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PSantos
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#43 Mensagem por PSantos » quinta mar 10, 2005 6:02 pm

Amigo João de Deus,
Só hoje é que li estas mensagens e por isso só agora éque soube que estava doente, por isso, as minhas sinceras melhoras!
Um abraço,

Pedro Santos

João dee Deus
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#44 Mensagem por João dee Deus » quinta mar 10, 2005 6:48 pm

ANA-E

Em regra (se há regras)o problema está antes daquele que é detectável,e que lhe dá origem.
Se como diz ele é capaz de fazer um trote aceitável,quer dizer que ele só não o mantém porque não é capaz.Possívelmente dores.Até podem ser nas patas,(se não tiver protecções).É imperceptível se houver algum toque que o faça estragar o andamento.No entanto pode pintar com giz as caneleiras e os protetores de boletos,e depois ver se hà riscos.
Pareceu-me entender que ele "precipita" o trote,o que pode ser uma descoordenação entre os membros anteriores e posteriores.
Quando eles entram em "parafuso" e levantam a cabeça,já se estão a defender duma intervenção brusca da mão do cavaleiro,que eles já conhecem,e sabem que vem aí.Numa situação dessas deve-se parti r parao círculo e nunca puxar as duas rédeas,e depois de estar no círculo,actuar com a rédea de fora para então controlar o andamento.

Isto são "tiros no escuro"como deve calcular,mas às vezes também acertam.

Se me der mais pormenores,pode ser que me ocorra algo mais.

Saudações
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João dee Deus
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#45 Mensagem por João dee Deus » sexta mar 11, 2005 12:18 pm

Companheiros....?...!...????

Outra vez DESBASTE

Antes qieria fazer um alerta a toda a gente para que quem tenha (se é que existe ) um dicionário de termos Equestres,o ponha no Forum.
Talvês os Moderadores,talvês a Joana, que parece ter os livros todos,ou se não, temos de ser nós a construílo.

Inter-acção Não é mais do que comunicar (dois sentidos)por gestos,contactos,e visualmente.


O cavalo está sempre a olhar para nós. Nuca se esqueçam disto.Quer estejas a pé ou a cavalo.

É a inter-acção principal porque acompanha em paralelo, todas as outras.(contacto e gestual)

Antes de tocares num cavalo com um dedo, ele já olhou para o dedo, e já olhou para o sítio onde o dedo vai tocar. É impressionante mas é verdade.

Lembram-se da história da lebre?Estar "distraído"a comer e ver a 100 metros uma lebre ,no mato,que deu só um saltinho,num panorama de 300 graus,é obra!

O ser Humano é traído,quando quer passar dum pensamento à acção consequente,ou ao que vai dizer,porque dá "sinais"sem se aperçeber.

Quando eu ia à caça,e encontrava no campo alguém,a pergunta era invariável:Onde é que andam as Perdizes? A resposta também era sempre a mesma:Já não hà cá perdizes,já as mataram todas!
Os meus colegas de caça criticavam-me de eu fazer sempre esta pergunta,mas eles não se apercebiam que o camponês ao responder-me olhava para determinado sítio,para onde eu ia logo direitinho,e onde havia ou pelo menos era o "sítio"delas.

Estes sinais são plenamente compreendidos pelos cavalos.

Por esta razáo (que mais não fosse)temos necassáriamente de ser honestos com os cavalos.Falar com eles,literalmente,como se fossem pessoas.Eles não percebem nem se interessam pelas palavras,mas sim pela entoação e a atitude.
Eu só olho os meus cavalos no olhos,quando a "coisa" é grave,e quando "seguro" o olhar,então é muito grave.Uso esta inter-acção como o "às de trunfo",daqui para a frente acabam-se-me os "argumentos"pelo menos ao nível do olhar.
Quando estamos a passá-los à guia,ele está sempre a ver para onde estamos a olhar:se fixarmos o olhar nas patas trazeiras ele tem tendência a acelerar,se for para as mãos,é o inverso,ele anda melhor quando se segura a guia com a mão do lado para onde ele está a andar.

A inter-acção negativa,porque tambám a hà,é quando o cavalo interpreta mal os sinais de mêdo das pessoas,"transfomando-os"em sinais de agressão,e depois defendem-se fazendo "feios".

Num dos meus passeios com clientes,passámos por um sítio onde estavam a construir uma vivenda.Num lado do caminho estava um trabalhador e do outro estava uma Betoneira(onde se mistura o cimento)e os cavalos iam todos bem,até que o homem se lembrou,talvês com a melhor das intensões,passar para o outro lado e ficar atráz da betoneira,e para ver os cavalos ,espreitou.
PRONTO ! foi o suficiente para os cavalos pararem todos,e não arrancaram até o homem fazer o que eu lhe pedi,que era voltar para onde estava.
Os cavalos interpretaram a necessidade do homem de se proteger,(mêdo)(invertendo o sinal),como se fosse uma embuscada para os atacar(comer)

O cavalo mantém a Herança Genética dos tempos em que era alvo dos predadores,e pode avaliar-se o que eles sofreram pois ao fim de mais de 4000 anos ainda reagem deste modo.

Esta inter-acção de que falei (a positiva) é a menos falada,porque as outras,(contactos e voz),são mais vulgares.

No entanto não se esqueçam de falar com os vossos cavalos,se possível arrangem uma "imagem"(o que muita gente faz,levando cenouras no bolso).

Por vezes fazia este exercício de inter-acção:No picadeiro, depois do trabalho,desmontava,fazia uma festa no focinho,virava-lhes as costas e começava a andar.O cavalo seguia-me,e ao fim de uns metros,voltava a montar.Mais uns metros,descia ,outra festa e outra caminhada,voltava a montar.Fazia isto três ou quatro vezes.

Há muitos mais exercícios que aumentam a "cumplicidade" de que eu falo na minha web.

Depois de se conseguir estas inter-acções,as outras,Acção de Perna,Mão,Assento,a Meia-paragem,até a Vontade de andar,têem a porta aberta.

Por agora parece-me que é tudo

Saudações
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