"Confirmado um caso de AIE em França
(2005-04-08)
Um cavalo de 10 anos alojado num centro hípico em Eure-et-Loire, França, testou positivo no início deste mês a Anemia Infecciosa Equina (AIE), uma doença altamente contagiosa.
Esta doença é produzida por um vírus presente no sangue, saliva e urina. É mais frequente em terrenos baixos e mal drenados ou em zonas húmidas.
TRANSMISSÃO
É feita principalmente por insectos (moscas e mosquitos). As mucosas nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus.
O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se um portador permanente.
SINTOMAS
Há uma forma aguda e outra crónica. Contudo o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma.
A forma aguda é assim caracterizada:
• a) Febre que chega a 40,6c;
• b) Respiração rápida;
• c) Abatimento e cabeça baixa;
• d) Debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro;
• e) Deslocamento dos pés posteriores para diante;
• f) Inapetência e perde de peso.
Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crónica.
Na forma crónica observa-se ataques com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de algumas semanas.
Com ataques há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia.
A doença pode acometer equídeos (burros, zebra, etc.), de qualquer raça, sexo e idade.
PROFILAXIA
Combate aos insectos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem nos pastos alagados e fiscalização das aguas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada;
TRATAMENTO
Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins (analise ao sangue) positivo deve ser sacrificado.
CONTROLE
• Isolar os animais com sintomas suspeitos (analises ao sangue);
• Retestar periodicamente todos os animais;
• Evitar a entrada na fazenda de animais vindos de zonas enzoóticas sem os testes negativos recentes de imuno difusão;
• Drenar as zonas pantanosas e controlar os insectos transmissores;
• Todo material usado nos animais (para cirurgia, injecções, abre-bocas etc) deve ser esterilizado por fervura durante 30 minutos;
• A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios."
in EQUISPORT ON LINE
Anemia Infecciosa Equina (AIE)
Moderadores: Filipe Graciosa, Catarina Graciosa
Anemia Infecciosa Equina (AIE)
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