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Aqui debateremos o jantares, encontros e opiniões sobre o que acham da Comunidade de Users Cavalonet

Moderador: Filipe Graciosa

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balza
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#16 Mensagem por balza » terça nov 15, 2005 7:05 pm

E eu confirmo...

Já tive um Cavalo assim mas quando o comprei já sabia do que se tratava porque quem o vendeu informou :) Mas era apenas fisicamente, pois era um cavalo muito estável e manso :)
Foi o meu primeiro cavalo, era o Ulisses.:)
Margarida Machado

Rita F
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#17 Mensagem por Rita F » quinta nov 17, 2005 7:22 am

Olá novamente,

Inteiro... já foi. Eu resisti tanto quanto foi possível, mas por fim, lá me resignei ao facto de que inteiro ele era um grande problema... Teve uma fase insuportável (no trabalho) e teve de ser feito. Talvez tarde demais.

Eu sei que alguns veterinários deixam o trabalho... incompleto. Mas neste caso, acho que não advém daí. O seu comportamento alterou-se bastante junto de outros cavalos e das éguas após a castração. Está bem mais calmo no maneio, mas não tanto como eu gostaria no trabalho. Se bem que há pouco tempo eu o soltei no pasto e ele reagiu fisicamente ao cheirar o focinho de uma égua...

Deixou-me a pensar, para ser sincera.

Mas o maior problema da Lagareiro não está na relação com outros cavalos, mas sim que ele tanto pode ser o cavalo mais confiante do mundo, como embirrar com uma folha no chão do picadeiro, ou mesmo espuma da baba de outro cavalo, e recusar-se a sequer aproximar-se dela.

Já suspeitei de falta de visão porque este problema começou a surgir por volta dos 8 anos do cavalo e é pior quando ele anda para o lado esquerdo. O vet viu-o mas não suspeitou de nada. E como disse, são fases. Tanto está tudo bem, como no mês seguinte embirra com a própria sombra (isto é verídico), e desde os 8 anos não tem piorado. É um pouco exasperante, pois a reacção dele é de tal forma exacerbada, que me obriga a voltar ao início do trabalho e pô-lo na mão e relaxado. Ele tem mesmo medo, pois fica tenso e tem todas as reacções fisiológicas inerentes ao stress: contracção muscular, respiração acelerada, batimento cardíaco acelerado e suor.

Há lições em que isto nunca acontece... há outras em que ele está relaxadíssimo a saltar nas diagonais e lá vê qualquer coisa e tenho de recomeçar.

Há pessoas que simplesmente não o conseguem montar...

Gostava que algúem que sabe mesmo de cavalos me pudesse dizer o que se passa. Não consigo lembrar-me de nada na história do cavalo (que eu acompanho desde que ele tem 3 anos) possa ter contribuido para este comportamento.

Bem, tenho de ir.
Até uma próxima!

MMateus
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#18 Mensagem por MMateus » quinta nov 17, 2005 8:39 am

Boas

Não vou fazer copmentários à resposta do cavalo da Rita, pela razão que não tenho experiência suficiente com cavalos para sequer fazer um diagnóstico.

Mas no outro dia passou-se algo, de alguma forma semelhante comigo. Um cavalo que tinha montado dois dias seguidos e se tinha comportado bastante bem, assistiu a um outro cavalo ser passado por água dentro do picadeiro, e começou logo a uns 15m a ter receio, e eu (maçarico) não tive mão, nem pernas (essencialmente fiquei sem saber o que fazer) para resolver o problema com ele e deixei-o refugiar-se no meio de outros cavalos que estavam no picadeiro. Fui logo chamado à atenção pelo meu instrutor, e como viu que eu não era capaz de resolver o problema sózinho, pediu a um rapaz que trabalha muito com os cavalos que o montasse, e depois foi preciso vencer aquele medo do cavalo. E foi necessário quase 20m e três pessoas a ajudar para que o cavalo perdesse o medo a uma mangueira que está sempre no mesmo sítio, mas naquele dia não. Só depois deste trabalho, e garanto que não foi fácil, foi possível que eu montasse, e passasse naquele mesmo sítio, com a mangueira em várias posições, por vezes com recurso a uma madrinha, para que o cavalo pode-se ultrapassar este obstáculo com a confuança mínima, pois manteve sempre um ar desconfiado nesse dia.

Depois em conversa com o instrutor voltámos a falar da situação, que para mim foi muito importante do ponto de vista da aprendizagem da psicologia do cavalo, e ele realçou que suspeitava que o cavalo podería ter alguns problemas de visão, e por isso assustava-se mais fácilmente por não reconhecer os objectos, principalmente à noite. Também por vezes se assusta com as sombras.

Segundo li, a visão não é o melhor dos sentidos dos cavalos, e no caso desta ser diminuída os problemas são certamente aumentados uma vez que necessitam de confiar muito mais no cavaleiro que o monta.

Um abraço

MMateus

MC
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#19 Mensagem por MC » quinta nov 17, 2005 8:51 am

Olá Rita,
Há cavalos que mesmo castrados, continuam a reagir às eguas (não da mesma maneira, mas reagem), o problema não deve vir dai.

O Lagareiro está num centro hipico ou em sua casa? Ele sempre foi assim desde poldro ou é um problema que se tem vindo a agravar?

Só a Rita é que o monta?

Aguardo as suas respostas para poder aqui emitir algumas opiniões e considerações.

cumprimentos,
MC
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MARIA ANTÓNIA SERRA
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#20 Mensagem por MARIA ANTÓNIA SERRA » quinta nov 17, 2005 8:52 am

Bom dia,

Só gostaria de dizer o seguinte relativamente ao cavalo da Rita.

Também tenho um cavalo (Lusitano) que tem medo da própria sombra embora já tenha sido pior. Independentemente questão da equitação à outras questões físicas que contribuem para acentuar as situações de tensão nos cavalos e uma delas são os problemas nos dentes. Tenho de limar os dentes ao meu cavalo de 6 em 6 meses, e quando não o faço ele piora logo, fica mais tenso.

Talvez o cavalo da Rita também precise de limar os dentes e remover dentes de lobo se os tiver. Claro que isso não tira os medos mas pode melhorar a descontração do cavalo.
Antónia Serra

Rita F
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#21 Mensagem por Rita F » quinta nov 17, 2005 2:11 pm

Olá a todos,

Desde já queria agradecer por todas as respostas.

MMateus Quando ganham medo a alguma coisa, os cavalos têm de ser "des-sensibilizados". O facto de deixar que o cavalo se refugie de um objecto do qual tem medo, e muitas vezes, de dar-lhe festas nessas ocasiões (ou seja, recompensa) faz com que o comportamento seja reforçado. Daí que um medo que levou 3 segundos a adquirir, tenha demorado 20 minutos a corrigir. :)

João (posso tratá-lo por João?) O Lagareiro está neste momento na quinta de um amigo. Acho que cai na categoria de centro hípico (já que foi mudado para lá à coisa de 4 meses e tem companhia de outros cavalos, e practicamente sempre esteve num centro hípico). 98% da vezes sou eu que o monto. Já o dei a trabalhar a outras pessoas durante períodos de mais ou menos tempo (mas no máximo, penso que terão sido 4 meses). Ele revelava ter os mesmos problemas com cavaleiros mais experientes.

Medos ele sempre teve desde poldro - nomeadamente da água. Penso que será algo que vem da sua vida de poldro. Para por-lhe as caneleiras foi um cabo dos trabalhos (ao ponto de só eu o conseguir fazer), e o mesmo para ferrar, mas eu consegui que ele acalmasse e hoje não há problemas. Dos outros cavalos nunca teve medo, na rua posso confiar nele (excepto com poças de água) e como disse, o problema surgiu por volta dos 7/8 anos (altura em que o tive de mandar castrar). Desde aí, o problema nem piorou nem melhorou - manteve-se.

A diferença do comportamento dele para o do cavalo que o MMateus referiu, é que nunca se trata de um objecto em particular. Pode ser qualquer coisa (pegada, risco, baba, espuma, folha, sombra...) daí a instabilidade que referi. Tanto reage como não reage.

Maria Antónia, já mandei limar os dentes ao meu cavalo. Teve alturas em que estava muito rijo de boca, e mesmo com tendência a passar a língua (que vazia sem problema mesmo com um extensor) e então mandei limar os dentes. Melhorou de boca, mas quanto ao problema de se assustar... o limar dos dentes não teve qualquer efeito.

Já dei voltas e voltas... Comecei por autoanalizar o meu trabalho com ele, as minhas falhas, se era demasiado rotineira ao ponto de ele adivinhar e perder a atenção o suficiente para se focar noutros objectos; mas ele mesmo sem ser montado se assusta por vezes.

É um quebra cabeças que não consigo deslindar sozinha...

MC
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#22 Mensagem por MC » quinta nov 17, 2005 2:20 pm

Rita,
Se estiver interessada posso dar-lhe em PM o contacto de um equitador muito bom para trabalhar com cavalos assim.

Eu tive no inicio de 2000 um cavalo cruzado (Lusitano com hanoveriano) que tinha um "ar" fabuloso e nunca passou disso, no picadeiro anda que era uma maravilha, no campo era uma carga de trabalhos, se alguma coisa se mexia era um problema, chegando ao ponto de se empinar e "enfiar" comigo no chão e desatar a galope...

A solução que encontrei depois de vários sustos, foi uma venda estratégica a quem tinha tempo e paciência para o trabalhar, no entanto ainda hoje faz feios...é de um momento para o outro.

O conselho fica subentendido.

Boa sorte!
MC
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Rita F
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#23 Mensagem por Rita F » quinta nov 17, 2005 2:38 pm

:roll: Pois... mais uma vez o que se subentende é o que sempre me disseram.

O problema aqui é que eu tenho consciência de que, mais provavelmente do que não, ninguém vai ter paciência para o cavalo. O destino é mesmo o talho. É que ele não é fabuloso. Fisicamente nunca me deu problemas, é de facto bem feito e os andamentos apesar de não serem brilhantes, são seguros e bonitos qb.

E vai-se lá perceber - não é que o animal tem um "jeito para a vaca". Pasmou muita gente - eu inclusivé - que pensava que ia disparatar, e afinal, anda calminho, e até parece gostar! O mesmo nos passeios, e até com saltos, cancelas, etc. Já ouvi comentários de que ele era o mais calmo de um grupo de 15 na rua - o que me fez rir porque era na realidade o mais doido.

Digo-vos... os meus neurónios estão nas últimas a tentar perceber o que se passa. :shock:

João dee Deus
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C|avalo difícil

#24 Mensagem por João dee Deus » quinta nov 17, 2005 5:02 pm

Rita

Depois do que já foi dito e respondido,acerca do teu lagarteiro :lol: ,tens realmente aí um problema de difícil solução,ou atenuamento.

Os Cavalos quando são castrados com anestesia,só se apercebem disso no próximo encontro com um égua,em que ele inicialmente reage como antes,mas depois resume-se à sua nova situação.

Se não há nenhum problema de visão,e isso vê-se ao escuro e com uma vela acesa,se também não é pelo peso do cavaleiro,deve ser um problema da "cabêça".

Diz-se que um Cavalo com problemas desse tipo,pode ter problemas genéticos,como a consanguinuidade.
Nesta zona,era costume haver um Cavalo "do Estado",como era chamado,para cobrir as éguas daqui da região.Embora mudassem de Cavalo todos os anos,não havia registos, e o que aconteceu foi começarem a aparecer Cavalos difíceis,filhos do cruzamento do Pai com filhas e netas,dele,além de filhos de irmãos,tudo em nome do "apuramento ".

Para saber se o Lagareiro se enquadra nisto,tens de saber as origens dele.
Também pode ser um problema de "pulso".Desculpa mas acontece.Há Cavalos oportunistas,que tiram partido do "amor pelos Cavalos sem firmeza".
Os "técnicos " de tirar manias aos Cavalos estão a safar-se com essas pessoas.
Não podemos confundir as coisas.Ninguém gosta mais destes animais do que eu,mas quando penso que é necessário,tenho de ser firme,seja lá isso o que for.
Por vezes,ao terem um problema fisico,e estarem contrariados,inventam tudo o que podem para fazer feios,e como sabem que o resultado é o cavaleiro intimidar-se e desistir,pronto,vão por aí.
Seria preciso um estudo porlongado,especialmente em liberdade,para saber que lugar hierárquico,é que ele iria conseguir na manada.É aqui que eles se "desmascaram", e nos dizem qunato manhosos podem ser.

Podia continuar com possíveis razões,que são muitas,e mais aquelas que eunão sei :)

Continuo a dizer que se só podes ter um Cavalo,é melhor que seja o que te convém mais.

Saudações Marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...

Rita F
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#25 Mensagem por Rita F » sexta nov 18, 2005 8:08 am

Mais uma vez, obrigada João.

De facto, já me acusaram de ser "branda" com o cavalo. Não considero que seja. Não sou muito de "falinhas mansas". No fim do trabalho costumo recompensar o cavalo, mas nunca fui responsável por ele adquirir vícios. Tenho cuidado em como o trabalho, mas gosto de o fazer na base da descontracção e não do "pica pica".

Em manada, posso dizer pelo que sei dos passeios, que ele tenta sempre ir à frente. Quanda ainda era inteiro não era agressivo para outros cavalos, mas acho que ele sempre teve um pouco tendência para tentar dominar. Entre mim e ele já nos entendemos sobre "quem manda". Consigo trabalhá-lo muito bem solto. Se eu não o mandar andar, ele fica absolutamente quieto. Posso sair do picadeiro que ele espera. Vem quando o chamo, nem que esteja a 50 à hora, e nunca me tenta passar à frente: mesmo na ida para o picadeiro, segue-me. Por vezes lá se distrai e tenta pastar, mas por muito fresco que esteja, não tenta fugir.

Eu já usei de todas as estratégias: desde o castigo (que pode passar por uma pernada, ou um momento de trabalho em que o recolho e faço maior uso da pernas), voz, etc; ou pelo contrário, reduzir o andamento e levá-lo para trabalhar noutro local do picadeiro que ele não embirre para descontrair novamente. Quando ele se esquece, lá volto ao mesmo sítio, e na maioria das vezes já não repara em nada.

De qualquer forma, vou tentar essa técnica da vela. O que eu fiz foi tapar-lhe o olho durante algum tempo e depois destapar, para ver se a retina se contraía bem na presença repentina da luz. Penso que o veterinário terá feito o mesmo. Não houve problema. E para mais, só se assuta com coisas no chão.

Vai ser-me muito difícil separar-me dele. Sou responsável por uma vida, que bem ou mal, ele me dedicou pois quase que o modelei. Foram muitas a vitórias para conseguir algo tão simples como aparelhá-lo, ou fazer com que uma simples palavra ele me obedeça. Trair-lhe-ia a confiança se o vendesse para um triste destino.

Para além disto, quem sustenta o Lagareiro ainda são os meus pais (os sapatos ficam por minha conta, mas de resto, são eles que cobrem as despesas). Vendendo este cavalo, não voltaria a ter outro tão cedo, até porque estou no penúltimo ano de faculdade e depois vem a guerra de encontrar um emprego. O que, para os engenheiros Zootécnicos, não está nada fácil.

Mais uma vez, um muito obrigada a todos pelo apoio. :-) Acho que após tudo isto, só resta mesmo a sorte.

Rita F
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#26 Mensagem por Rita F » sexta nov 18, 2005 8:18 am

Bolas, este forúm não permite editar os posts... :shock:

Queria apenas acrescentar que conheço o pedigree to Lagareiro. Ele é neto do Zagalo. Não sei qual a consanguinidade dos avós, mas a consanguinidade não é passada ao descendentes, e ambos os pais têm linhas distintas. Eu conheço as consequências na psique e no físico dos animais que pode advir da consanguinidade (não fosse melhoramento genético uma cadeira do meu curso) e nos lusitanos, o valor médio é de 20%. No caso do Lagareiro, não penso que seja daí que vem este problema, pois a linha materna e paterna não tem animais em comum.

Talvez mau maneio em poldro, ou algo que advenha desse tempo, seja a causa responsável. Acho que nunca se saberá ao certo... a não ser que alguém conheça um bom "medium" que saiba ler a mente dos bichos. LOL!

Fiquem bem!

Joaquim Eduardo
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#27 Mensagem por Joaquim Eduardo » sábado nov 19, 2005 6:22 pm

Cara Rita

Medium não conheço, mas sei que existem pessoas que sabem enterpretar o comportamento dos cavalos.
Eu leio muito sobre equitação natural, e acredito que não existem cavalos sem solução.
se a puder ajudar leia o site

http://www.stephanebigo.com/sb_apprivoi ... index.html

Só é pena ser em Françês, mas não conheço nenhum site em Potuguês.

Amicalmente

João dee Deus
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#28 Mensagem por João dee Deus » sábado nov 19, 2005 7:49 pm

Rita

Surpreedeste-me.Terás de agradecer a esse cavalo para o resto da tua vida a experi~encia e os neurónios que ele te fêz desenvolver.
Como as opiniões podem mudar.
Mais ainda pelo curso que estás a tirar.

Agora se ele quer ir á frente quando vais com os outros,podes crer que tens aí um malandro espertalhão.

É só pulso,que como dizes é o que tens feito.Mas agora pode ser mais convincente porque essa é a minha opinião, se ela vale alguma coisa.

Mais ,tens de fazer um refresco de memória de vês em quando porque ele tenta sempre pensando que já baixaste a guarda ou mudaste de idéias.Um Cavalo é um miudo de 4 anos.Acho que é o secreto motivo porque atrai tanto as mulheres.

O olhar é o argumento mais eficaz para esse tipo de Cavalos.
Quando ralhares com ele ,pára o que estás a fazer, fica imóvel,olha fixamente nos olhos dele,e podes ralhar como se ele fosse um miúdo.
pequeno.
E a seguir não há festas para ninguém.

Nos monmentos que se seguem,tens de manter uma atitude séria e sem olhar para ele,porque é o que ele espera.Ele tem de perceber que ficaste zangada.E abandona-o se isso for num lugar que o possas fazer.Pelo menos ausenta-te da vista dele.Agora tens de ter convicção no que fazes.

Eu não como com eles à mesa mas trato-os como se fossem pessoas.

Já chega de palestra

Saudações Marialvas
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Rita F
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#29 Mensagem por Rita F » domingo nov 20, 2005 8:13 am

Olá,

Mais uma vez agradeço as respostas.

Joaquim, curiosamente estive actualmente numa palestra sobre desvios de comportamento de cavalos (tendo eu esta bela "peça" em casa, não falho uma oportunidade de o tentar perceber ;) ). O nome do Sr era Miller: um americano com sotaque do texas que muito me surpreendeu na maneira como fazia o imprinting e o que ele chamou de "imprint training" aos seus cavalos. Tive o prazer de conversar com uma senhora que o acompanhava sobre o meu cavalo. Desanimadoramente, ela não acrescentou muito ao que eu já "sabia". Mas devo dizer que a palestra trouxe-me muita compreensão sobre o comportamento evasivo dos cavalos, e a sua psique. Sei que o Dr.Miller (psicólogo de cavalos) esteve na Golegã na 5ª feira a fazer uma palestra soubre imprinting. Pergunto-me se alguém o viu...

Muito obrigada pelo link... o meu conhecimento da língua francesa é um pouco passivo, mas vou certamente pesquisar. :)

João, queria agradecer-lhe as suas palavras. Eu trato o meu cavalo - e os meus animais - com o respeito devido a uma pessoa. Tento não humanizá-los; por vezes, é mais uma questão de me tornar eu um cavalo em vez de torná-lo a ele humano. Soa estranho, mas acho que se mais pessoas se dessem ao trabalho de perceber que é mais fácil falarem com o cavalo na linguagem dele, do que vice versa, o mundo da equitação seria muito mais "alegre".

O olhar é tudo. Já esperimentei. Digamos que o Dr. Miller me tornou ciente de coisas que já fazia na prática, mas agora, apercebo-mo que o timming tb é crucial. Tenho tido bons resultados. Por exemplo, tirar-lhe o medo de panos, quando lhe quero limpar a cabeça. É tudo um jogo de avanços, recuos e olhares. A diferença é que agora faço-o com o cavalo solto, portanto, se conseguir por o pano em cima da cabeça dele, é porque ele aceita que não quero fazer-lhe mal e submete-te (o que se vê pelo movimento de mastigação do maxilar). Quando consigo a descontracção, páro.

Infelizmente, lá de cima, não há contacto visual que me safe. Enfim.

Depois de tudo isto, acho que já espalhei a fama de "terrorista" do Lagareiro a nível... internacional. LOL! Foi, é e será sempre um bom professor. Nem que seja por ter-me mantido humilde.

Obrigada a todos. E vou dando notícias de como ele se vai portando. :)

Joaquim Eduardo
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#30 Mensagem por Joaquim Eduardo » domingo nov 20, 2005 12:00 pm

Rita

Se a lingua Inglesa te é mais familiar visita o site

http://www.wayofthehorse.org/HelpCenter/index.html

tem inumeras perguntas e respostas sobre cavalos dificeis

Coragem

amicalmente

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