Soluções possíveis para a Coudelaria de Alter

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Soluções possíveis para a Coudelaria de Alter

#1 Mensagem por Filipe Graciosa » segunda abr 16, 2012 12:59 am

Casa de Bragança pode ser parte da solução da Coudelaria de Alter
Por Isabel Tavares, publicado em 14 Abr 2012

Marcelo Rebelo de Sousa já andou a sondar produtores e poderá ajudar Assunção Cristas a resolver o imbróglio

Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta Páscoa no Alentejo, bem perto de Alter, acompanhado de gente ligada ao negócio dos cavalos. O presidente da Fundação Casa de Bragança quis inteirar--se junto de criadores sobre a situação da Fundação Alter Real, antiga Coudelaria Nacional, e saber até que ponto a Casa de Bragança pode fazer parte da solução.

A Fundação Alter Real, que pertence maioritariamente ao Estado, debate-se com dificuldades financeiras: um passivo de mais de 2 milhões de euros e resultados negativos de perto de 250 mil euros.

O modelo de parceria público--privada definido pelo ex-ministro da Agricultura Jaime Silva não está a funcionar. De acordo com o administrador Bernardo Alegria, nomeado pelos privados que há cinco anos entraram na fundação, o Estado não está a cumprir a sua parte. “O apoio dos privados à Fundação Alter Real depende da visão que o governo tenha para o futuro”, disse ao jornal i.

Apesar de desconhecer o interesse da Fundação Casa de Bragança, Bernardo Alegria vê com bons olhos esta iniciativa. “A Fundação Alter Real representa um património nacional com mais de 250 anos e, mais importantes que os 250 anos passados são os 250 anos futuros”, disse.

O administrador acrescentou ainda que “todos os contributos são bem-vindos”, lembrando o prestígio da Casa de Bragança, a quem pertencia historicamente a coudelaria de Alter.

Bernardo Alegria, advogado na Abreu & Associados, explicou que, apesar de os estatutos da Fundação Alter Real preverem uma relação especial entre a fundação e a empresa de capitais públicos Companhia das Lezírias, nomeadamente um presidente e parte da administração comuns, também apontam a possibilidade de alterar o modelo actual.

Desde 2007 a Companhia das Lezírias apoiou diversas vezes a Fundação Alter Real, garantiu o administrador, “até substituindo-se ao Estado. Não podemos esquecer que mais de um milhão de euros são custos com funcionários públicos”, diz Bernardo Alegria.

Para o administrador dos privados, a questão está em que “o Estado, como fundador, queira promover uma dimensão [para a coudelaria] que o país possa suportar. E essa decisão é política”.

A realidade é que a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, continua à procura de uma solução para a antiga Coudelaria Nacional de Alter, que se torna mais incómoda na actual situação de crise económica.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, usou a agricultura como bandeira ao longo da campanha eleitoral do CDS. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, visitou a Fundação Alter Real e disse que o interior do país precisava de mais fundações assim. Afinal poderá ser Marcelo Rebelo de Sousa a ter a chave do problema.

Na altura em que foram conhecidos os membros do governo PSD-CDS, Marcelo Rebelo de Sousa disse sobre Assunção Cristas, no seu comentário habitual na TVI, que era “uma das maiores promessas políticas que há naquela geração em Portugal, mas que está numa pasta completamente errada. É de facto uma mulher muito talentosa, uma boa jurista, uma boa política, cheia de futuro, está na pasta mais improvável. Ela dava para a Justiça, dava para Assuntos Políticos, Assuntos Parlamentares, até Solidariedade Social, agora apanhar aquilo que é Agricultura, Mar, Ordenamento do Território e Ambiente... Quatro domínios dos quais está afastada, de todos. Acho que ela se vai aguentar se tiver uma boa equipa de secretários de Estado, como é muito inteligente e é muito hábil politicamente pode fazer o discurso político, mas tem de ter uma grande equipa”.

Para já, no âmbito da Fundação Alter Real, está prevista uma uma reunião do conselho geral e do conselho de fundadores, que deverá realizar-se nos próximos dias.

O grupo de privados já tinha manifestado interesse em manter-se no projecto, mas numa lógica de valorização. Dito de outra forma: “Se o Estado não tem condições para tomar conta deste património extraordinário, tem de delegar nos privados e tem de pedir-lhes ajuda para redimensionar em função das suas possibilidades.”
http://www.ionline.pt/portugal/casa-bra ... aria-alter
Filipe Graciosa Jr

cervantes
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Re: Soluções possíveis para a Coudelaria de Alter

#2 Mensagem por cervantes » domingo jun 16, 2013 6:58 pm

Infelizmente a solução encontrada pelo actual governo para a CN foi a mesma utilizada para tantos outros "problemas" nacionais. MATAR PELA RAIZ.

O actual governo acaba ferir de morte a Coudelaria mais antiga do mundo.

Paz a sua alma.
Correio da Manhã Escreveu:Extinção da Fundação Alter Real
Governo põe fim à Coudelaria mais antiga do Mundo

O autarca de Alter do Chão, Joviano Vitorino "considera lamentável que este processo tenha sido todo feito à margem da autarquia" e aponta críticas ao ex-ministro da Agricultura, Jaime Silva, como "o causador da destruição da Coudelaria".

Há cerca de quinze dias, o autarca demitiu-se do Conselho de Administração da Fundação "por não aceitar fazer parte de um órgão que não reunia".

Também o ex-autarca do município, António Hemetério, revela-se preocupado com a decisão do Governo, que pode pôr os mais de cem funcionários, afectos à Coudelaria, em regime de mobilidade especial.

Fundada em 1748, por D. João V, a Coudelaria de Alter do Chão possui cerca de 800 ha de reserva agrícola, e desde a sua fundação que se dedica ao estudo e melhoramento da raça Puro Sangue Lusitano.

O arqueólogo Jorge de Oliveira, da Universidade de Évora, liderou o projecto de recuperação do património arqueológico da Fundação e afirmou "estar preocupado com o futuro do mesmo; uma reserva arqueológica, única no mundo, um testemunho intacto que remonta ao V milénio a.C.".

14 de Junho, 01h43
Por:Ana Botto
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... a-do-mundo

Saudações Equestres,

Virgilio Cervantes

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