Ensino de Piafe e Passage?

[Oscar Simoes]

So quero dizer 3 coisas que eu penso acerca dos piloes:

1º- nao se ensina um cavalo a fazer piaffe nos piloes. "Os Mestres antigos usavam os pilões para reforçar a concentração dos seus cavalos ".
Acho que os piloes servem para melhorar o piaffe, nao para ensinar.


2º- nunca vi um cavalo trabalhar nos piloes montado, nem ao vivo nem em qualquer livro de equitaçao.. se alguem tiver imagens eu gostava de ver

3º- nao tenho duvidas que o trabalho nos piloes pode ser muito util, ma para isso é preciso que o cavaleiro saiba trabalhar o cavalo nos piloes.
(eu nao sei, mas gostava de saber)


Termino com uma sitaçao do Mestre Nuno de Oliveira: "O cavalo que sem sela nem cabeçada pode fazer o Piaffer nos pilões, em calma, sem se enervar, está-se a arredondar mais, desenvolvendo os seus músculos no bom sentido”.

cumprimentos a todos

[João dee Deus]

Caro Luis

Sem querer negá-lo naquilo que disse,acho que o seu discurso é intimidatório.
Também acho que não é isso que interessa neste ambiente do forum.
Noutro lugar teria todo o cabimento.Se ler o que as pessoas que aqui escrevem,pode notar que só pecam por tímidas com os Cavalos,e se ouvirem a já antiga e celebre frase,também intimidatória, "esmagar a linha de cima",podem para a proxima vez que montarem terem ainda mais receio da abordagem ao cavalo com exercícios novos.
O saber é o principal,mas o expor é altamente responsável.
Prefiro que um ou dois cavalos tenham de pontualmente sofrer com uma má experiência, do que saber que uma dúzia de aficionados desstiram.
No entanto,como pode observar se ler atentamente,a hipótese de alguém aqui do forum se "meter" com os pilares é remota.
Acerca da minha pouca experiência,já venho dizendo isto hà 50 nanos.

Saudações Marialvas

[Oscar Simoes]

Se o meu discurso é intimidatorio, peço desculpa a todos, nao era essa a minha inteçao.
So queria "denfender" de algum modo o trabalho nos piloes, e que nao se pense que este trabalho é so prejudicial.

"A "pressão" que os pilares exercem sobre o Cavalo é semelhante ao que no outro dia me aconteceu ao fazer entrar na carrinha o Luso.
O nervoso era tanto de estar ali dentro que começou a fazer Piaffe."

no gosto muito da comparaçao,no entanto compreendo o que voce queria dizer com isto.

So por curiosidade, tenho uma cassete em que o mestre Luis Valença, ensina a trabalhar nos piloes, e que por exemplo diz que trabalha todos os cavalos 1 vez por semana nos piloes, e que esse trabalho ate beneficia alguns cavalos que nao galopavam tao bem.

abraço a todos

[João dee Deus]

Oscar

Quando eu falei de pressão,e entre aspas,dei bem a entender as consequencias que podem advir duma experiência com nervosismo.

Por isso salvaguardei a comparação.Também quis reforçar,que nós não ensinamos nada aos cavalos porque tudo o que se vê eles fazerem nas provas,eles fazem.no em liberdade inclusivé ares elevados.
Ainda com o melhoramento de sinais de cauda que nós ainda não cionseguimos arrancar.
O meu Luso nunca foi "ensinado"no Piaffe,e fê-lo dentro da carrinha.

Acho que não nos devemos deixar "deslumbrar" com o adestramento que damos aos nossos Cavalos.

Os Mestres e os Idolos jà eram....agora essa "carga" está destribuida pelos comuns mortais devido á divulgação de conhecimentos adquiridos sobre os quais todos podem raciocinar e chegar a conclusões que antes eram exclusivas só de alguns.São os tempos.

Eles terão sempre o meu respeito e agradecimento,a começar pelo nosso grande e maior equitador,o Marquês de Marialva.
~
saudações Marialvas

[luis pedro]

Sobre o trabalho nos pilões não é realmente fácil descobrir literatura, embora haja alguma, já com alguns anos. É um trabalho que exige muita atenção e capacidade de observação, é relativamente fácil que o cavalo (pelo facto de estar preso) tenha reacções tão extremas como debater-se violentamente contra as prisões (completamente em "autogestão") e depois acabar por ficar literalmente "especado".

Em equitação, como de resto em outras actividades, não é invulgar verem-se aprendizes, ainda com dificuldade em manter os pés nos estribos quando o cavalo saí a chôto, mas assim que veêm alguem supostamente com menos prática, logo se prontificam a dar conselhos e sugestões sobre o modo como agir. É principalmente esta a razão porque não sou partidário da equitação experimental.

A prática orientada tem a enorme vantagem de evitar perdas de tempo a cometer erros que outros já cometeram e evita, também, o adquirir vícios que mais tarde são de dificil correcção.

Cumprimentos
Luis Pedro

[luis pedro]

Olá, João
Como escreveu, e bem, os cavalos em liberdade fazem tudo ou práticamente tudo aquilo que levamos anos a ensinar-lhes. Bem, isto não é completamente verdade porque se prestar atenção, certamente "tem na retina" a passage de um cavalo em liberdade: cauda no ar, dorso contraido e virado ao contrário cabeça no ar, por vezes com o chanfro quase na horizontal, curvilhões completamente atrasados ou seja muito dificilmente alguem se conseguiria manter sentado no arreio. Podia dar mais exemplos.

Efectivamente a equitação pretende inicialmente tornar o cavalo utilizável, depois melhorar os andamentos que lhe são naturais, numa fase mais adiantada e quando a flexibilidade lateral já permite "mexer" na flexibilidade longitudinal, os andamentos ganham cadencia tornando-se mais lentos e mais elevados, mais arredondados, o conforto do cavaleiro aumenta mesmo nos andamentos mais amplos. Esta progressão vai permitir a estilização dos tais andamentos naturais: o piaffe, a passage, as passagens de mão (aproximadas), as piruetas, etc. e finalmente os ares de fantasia, estes, já fora do ambito da competição.
Cumprimentos
Luis Pedro

[João dee Deus]

Caro Luis

Claro que o exemplo que citou de um cavalo "descontrolado"(o que quer que isto signifique)eexiste e é mais visível porque costuma durar muito tempo.
Os outros duram segundos ou mesmo facções,por isso são difíceis de observar.Mas fazem-nos todos.

O Homem com a sua versão de adestramento,que inclui equilibrio e concentração, limita-se a pôr o Cavalo a fazer o que ele já sabe,quando ele (homem) quer,e durante o tempo de uma prova.

saudações Marialvas

[luis pedro]

Caro Luis

Claro que o exemplo que citou de um cavalo "descontrolado"(o que quer que isto signifique)eexiste e é mais visível porque costuma durar muito tempo.
Os outros duram segundos ou mesmo facções,por isso são difíceis de observar.Mas fazem-nos todos.

O Homem com a sua versão de adestramento,que inclui equilibrio e concentração, limita-se a pôr o Cavalo a fazer o que ele já sabe,quando ele (homem) quer,e durante o tempo de uma prova.

saudações Marialvas

Olá João,
O cavalo a que me referi não estaria descontrolado, apenas a exibir-se.
Não vou repisar nas diferenças entre os ares em liberdade e os ensinados, são evidentes as diferenças e também as semelhanças. Existe algo que não referiu (para além do equilibrio e da concentração) que faz toda a diferença, que dá brilhantismo aos movimentos e magestade ao cavalo - a impulção.

[luis pedro]

So quero dizer 3 coisas que eu penso acerca dos piloes:

1º- nao se ensina um cavalo a fazer piaffe nos piloes. "Os Mestres antigos usavam os pilões para reforçar a concentração dos seus cavalos ".
Acho que os piloes servem para melhorar o piaffe, nao para ensinar.


2º- nunca vi um cavalo trabalhar nos piloes montado, nem ao vivo nem em qualquer livro de equitaçao.. se alguem tiver imagens eu gostava de ver

3º- nao tenho duvidas que o trabalho nos piloes pode ser muito util, ma para isso é preciso que o cavaleiro saiba trabalhar o cavalo nos piloes.
(eu nao sei, mas gostava de saber)


Termino com uma sitaçao do Mestre Nuno de Oliveira: "O cavalo que sem sela nem cabeçada pode fazer o Piaffer nos pilões, em calma, sem se enervar, está-se a arredondar mais, desenvolvendo os seus músculos no bom sentido”.

cumprimentos a todos

Olá Oscar,
Os mestres antigos ensinavam até o galope em torno do pilão, inicialmente usou-se prender o cavalo á muralha (parede ou teia) depois passou a usar-se apenas um poste, que permitia sujeitar os cavalos nos trabalhos em duas pistas e só depois se começaram a usar os dois postes (pilões). Nestes ultimos ensinavam-se os cavalos a fazer todos os ares desde o piaffe passando pelo terra-a-terra até aos saltos de escola.

Cumprimentos
Luis Pedro

[João dee Deus]

Luis


Faltava a impulsão.Mas o centro da questão que era a comparação tornou-a periférica.

Na generalidade estamos de acordo,só diferindo talvês os sitios onde passámos e aprendemos as mesmas coisas ao longo da vida.

saudações Marialvas

[luis pedro]

Luis


Faltava a impulsão.Mas o centro da questão que era a comparação tornou-a periférica.

Na generalidade estamos de acordo,só diferindo talvês os sitios onde passámos e aprendemos as mesmas coisas ao longo da vida.

saudações Marialvas

Olá João,
Por onde passámos e por onde andamos.
Temos também, provávelmente, alguma divergencia na terminologia e com os conceitos mas com mais algum tempo vamos acertando.

Cumprimentos
Luis Pedro

[João dee Deus]

Luis


Vamos andando,vamos comendo e bebendo, e vamos vendo.

Com respeito a por onde andamos,agora ando nas teias do TREC.
É uma nova prespectiva desportiva de utilização do Cavalo.
Talvês a mais chegada à inter-acção com ele.
Não será para todos porque ocupa muito tempo de maneio e treino.

saudações Marialvas

[luis pedro]

Luis


Vamos andando,vamos comendo e bebendo, e vamos vendo.

Com respeito a por onde andamos,agora ando nas teias do TREC.
É uma nova prespectiva desportiva de utilização do Cavalo.
Talvês a mais chegada à inter-acção com ele.
Não será para todos porque ocupa muito tempo de maneio e treino.

saudações Marialvas

Olá João,
Essa nova (por cá) modalidade poderá ser interessante em especial para quem acha os passeios a cavalo muito monótonos e tem o bichinho da competição. Espero que venha a corresponder ás expectativas do enorme nº de cavaleiros (são realmente muitos) em portugal que gostaria de competir mas que por várias razões (até por não ter um cavalo com qualidade para obstáculos, ensino, concurso completo, etc.) nunca se sentiu encorajado para o fazer. Boas provas.
Cumprimentos
Luis Pedro

[João dee Deus]

Luis

Realmente são muitos cavaleiros em Portugal.
Só depois de aqui estar me apercebi disso,e também pude analizar que o cavaleiro rural,tem a prespectiva Marialva antiga,na abordagem ao cavalo.
Os tempos são outros e até os Marialvas têm de fazer uma adaptação.
Temo que ainda haja uma certa dificuldade na entrada no TREC.
Teria de haver talvês uma situação intermédia,digo eu.
É uma das características dos Lusitanos.
Este ano penso tentar uma introdução do TREC numa das festas anuais aqui da zona. Vamos ver.

Saudações Marialvas

[luis pedro]

Luis

Realmente são muitos cavaleiros em Portugal.
Só depois de aqui estar me apercebi disso,e também pude analizar que o cavaleiro rural,tem a prespectiva Marialva antiga,na abordagem ao cavalo.
Os tempos são outros e até os Marialvas têm de fazer uma adaptação.
Temo que ainda haja uma certa dificuldade na entrada no TREC.
Teria de haver talvês uma situação intermédia,digo eu.
É uma das características dos Lusitanos.
Este ano penso tentar uma introdução do TREC numa das festas anuais aqui da zona. Vamos ver.

Saudações Marialvas

Olá joão,
Julgo que a zona em que se encontra, a Covilhã, será um local muito bonito para realizar provas de TREC.
Não sei se já se realizaram provas a essa altitude, é capaz de por alguns problemas aos cavalos, se for uma prova longa e mt provávelmente em terreno acidentado. Por outro lado, é concerteza uma vertente interessante para o turismo equestre.
Desejo que seja um sucesso.
Cumprimentos
Luis Pedro