Registo / proprietário - como saber?

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Moderador: Filipe Graciosa

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Cavaleira16
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Registo / proprietário - como saber?

#1 Mensagem por Cavaleira16 » quarta set 03, 2008 5:28 pm

Amigos, tenho uma duvida sobre registos de cavalos, mudanças de donos e isso...



É assim...os cavalos devem estar registados, e caso tenham livro azul, estam-no com certeza. Ao registar-se o cavalo, tem quer o nome do criador, muitas outras coisas e também o nome do proprietário, certo?

As dúvidas entram aqui:

1º - caso o animal seja vendido a outra pessoa, o nome do proprietário tem de mudar no registo, não é?

2º - Há algum acesso possivel ao registo do cavalo em questão sabendo o seu ferro, e identificação disponivel no Stud Book?

3º - e como saber qual o actual proprietário do cavalo em questão?



Desde já muito obrigada a todos
"O que os olhos nao veem, as maos sentem..."

Homenagem ao animal mais Nobre de todos... o Cavalo...

J.Paralta
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#2 Mensagem por J.Paralta » quarta set 03, 2008 5:53 pm

Boa noite
Tentando esclarecer e ajudá-la:

1- No caso de venda do animal o nome do novo proprietario deverá constar na nova via de registo.
Quando se compra um cavalo, o vendedor passa uma declaração de mudança de proprietário, que é enviada à associação detentora do respectivo stud-book, sendo então, mediante pagamento, passada uma 2ª via, já em nome do novo proprietário.

2- O registo de um animal lusitano poderá ser consultado no sitio da Fundação, sabendo o nome, nº, ferro etc. Já não é mau.

3- Não sei se a APSL dará essa informação. Se for por motivos justificados, creio que o farão.

Espero ter ajudado, pois acho que é das questões mais pertinentes, a transparencia e informação na legelização dos nossos cavalos para evitar muitos problemas principalmente aos compradores.

Cumprimentos

JParalta
Elas escolhem o dia, eles escolhem a hora.

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Cavaleira16
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#3 Mensagem por Cavaleira16 » quarta set 03, 2008 6:33 pm

Muito obrigado pela informação... :D
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Homenagem ao animal mais Nobre de todos... o Cavalo...

PSL
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#4 Mensagem por PSL » quarta set 03, 2008 9:48 pm

Acerca do titular da propriedade do animal, a APSL disponibiliza essa informação.

Contudo há uma questão muito pertinente que deverá ser cuidada, isto é, há muitos animais cujo proprietário actual é desconhecido pelo APSL. Ou seja não existe um mecanismo expedito que permita uma actualização permanente da informação referente ao paradeiro do animal e respectivo proprietário, quando as declarações de transferência de propriedade não são entregues à APSL (no decurso das sucessivas transferências de propriedade não declaradas).

Isto levanta gravíssimos problemas a quem pretenda transferir a propriedade de um animal cujo último proprietário declarado ele desconhece (pessoalmente). Imagine-se os problemas que um proprietário de um animal muito valioso teria para registar esse animal em seu nome, havendo má fé por parte de algum dos anteriores proprietários. Imagine-se igualmente a quantidade de animais que um criador tem registados como sendo de sua propriedade mas cujo proprietário actual ele desconhece uma vez que as declarações de transferência não foram entregues pelo comprador.

O que deve ser feito? Colocar a pergunta à APSL uma vez que estamos perante um problema real que afecta a raça.

A meu ver deverá ser dada baixa do animal no efectivo (caso dos criadores) e deveria ser implementado o procedimento de declaração de venda sem custos adicionais para o vendedor. Ambos os procedimentos deveriam ser obrigatórios com penalização para o seu incumprimento. Desta forma o vendedor cumpre o seu dever.

Quanto ao comprador há que trabalhar em termos de divulgação pública da necessidade de uma actuação que vá ao encontro da obrigatoriedade do esclarecimento da APSL, no que respeita à actualização de informação de titularidade (por parte de quem compra animais PSL).

Sei que existia ou existe um procedimento que geralmente não é utilizado que se refere à permanente actualização de propriedade no Livro Azul. Este procedimento não está a resultar!!!

Podemos pensar em conjunto e tentar aproveitar sinergias.

Indiia
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#5 Mensagem por Indiia » quinta set 04, 2008 8:09 am

Boas

A necessidade de colocar estas dúvidas surgiu duma conversa entre mim e a Cavaleira16, na qual discutíamos o facto de se conseguir encontrar um cavalo cujo dono não fosse o criador, nem mesmo o primeiro proprietário...uma situação em que o cavalo andasse já pelo segundo ou terceiro dono.
No decorrer da mesma, elaborei essas questões, que coloquei em alguns locais e a Cavaleira, noutros.

Desde já agradeço a celeridade e prontidão nas respostas obtidas, uma vez que foram bastante proveitosas e esclarecem algumas questões...e colocam outras!

Como o PSL disse, penso que estas questões e todos os temas adjacentes a estas, bem como a problemática em questão, possa ser discutida aqui, e que se procure, de algum modo, colmatar falhas, ou buracos que possa haver nesta situação de registos de animais e proprietários, que parece (e é) ainda um bicho de sete cabeças, no nosso país, quando deveria ser algo fluente e acessível, para quem fosse possível uma organização do efectivo equino nacional

Muito obrigada a todos, mais uma vez,
Filipa
Filipa Fernandes

Sofia e Sabre
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#6 Mensagem por Sofia e Sabre » segunda set 22, 2008 4:49 pm

Olá a todos,

Só a titulo de curiosidade vou vos contar o que se passou comigo:

Comprei o meu cavalo a 3 anos, e comecei nesta demanda pelo registo de propriedade. Tal como referiram, os anteriores donos não tinham tratado disso, até porque há custos adjacentes.

Para resumir, demorei um ano a descobrir onde é que o registo do cavalo andava, e estive os últimos dois anos à espera que a APSL me desse o registo de propriedade...

Vergonhoso, também desencoraja não acham?

Phynx
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#7 Mensagem por Phynx » terça set 23, 2008 6:07 pm

Comigo também demoraram imenso a darem-me o registo de propriedade. Tive 3 meses à espera e acabei por só o ter quando pedi a uma amiga em Lisboa que mo fosse lá buscar e a desculpa deles é que já tinham enviado o registo 3 vezes, o que não era verdade, no entanto, o pagamento foi levantado num instante.

ABC
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#8 Mensagem por ABC » terça set 23, 2008 9:31 pm

Boa noite a todos,

É interessante verificar a quantidade de pessoas que tem vindo a manifestar o seu descontentamento por uma organização (APSL), à qual cada vez que é solicitado um serviço evidencia sinais de ineficiência aliada a uma declarada arrogância (por parte do atendimento ao público) a quem se lhes dirige para solicitar um serviço que é da sua inteira competência.

Que saudades do tempo do Sr. José da Silva, da Associação de Criadores de Raças Selectas, onde eram tratados os assuntos relativos ao PSL, onde as pessoas eram atendidas com simpatia e os preço dos serviços eram bem mais baixos.

Experimentem a pedir para falar ao telefone com o Secretário Geral da APSL (Eng.º João Ralão) e verifiquem o leque de “desculpas de secretária“…

Phynx
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#9 Mensagem por Phynx » quinta set 25, 2008 6:15 am

Sim, é verdade que tive uma experiência muito pouco agradável com a APSL, mas também é verdade que quando pedi para me fazerem o livro azul na FAR, fui atendida com cordialidade e eficiência e o serviço foi feito numa semana.

ABC
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#10 Mensagem por ABC » quinta set 25, 2008 11:21 am

Olá,

Também a FAR tem os seus problemas, e estes quando existem tem de ser denunciados é a única atitude a tomar no intuito de que estas instituições tomem consciência que tem de mudar. Em Portugal a denúncia é mal vista, contudo nos países do norte da Europa ela faz parte do exercício de cidadania.

Problemas da FAR:

1. Porque será que no pagamento do controlo do hemótipo o criador tem de pagar antecipadamente por um serviço que ainda não foi feito? Seguramente que esta foi a forma de FAR se salvaguardar contra os inúmeros maus pagadores que proliferam na criação nacional, os que inclusivamente não pagam as quotas da APSL, contudo não é justo que quem paga regularmente as suas contas seja apanhado numa “rede” cuja malha não lhe serve.

2. Porque será que desapareceu do site da FAR o item que dava acesso aos criadores de verificarem o resultado e andamento do processo de verificação da paternidade dos seus animais? Era um excelente serviço - muito transparente.

3. Não entendo o motivo pelo qual um animal que é determinado como incompatível no resultado da verificação do seu hemótipo e que o criador tem a certeza dessa paternidade, tem de pagar pela nova recolha ao Técnico e nova análise à FAR, quando evidentemente o erro não foi dele mas sim do Técnico que fez a recolha ou da própria FAR (troca de tubos). Não é justo!!!


Estes não são ataques infundados às instituições, são denúncias que tem de passar a fazer parte da nossa cultura, por forma a que algo mude e deixemos pouco a pouco de ser intitulados de povo de brandos costumes. Vejam a diferença na atitude dos Espanhóis, quando sentiram que o leite português estava a entrar a um preço mais baixo no seu mercado - derramaram o “nosso” leite (25 000 litros). Durante quantos anos andaram a entrar produtos espanhóis a um preço inferior ao produzido pelos nossos produtores!? Não estou a defender a atitude dos espanhóis, contudo a nossa postura tem de ser mais aguerrida.

Só assim as instituições tomarão consciência que elas só existem porque nós (cidadãos) existimos e que deve existir reciprocidade em relação aos direitos e deveres de cada um.

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