Curso Equinicultura de Santarém vai terminar?
Moderador: Filipe Graciosa
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Curso Equinicultura de Santarém vai terminar?
Será que o Curso de Equinicultura da Escola Superior Agrária de Santarém vai acabar, ficando só o da Escola Superior Agrária de Elvas?
Segundo informações recebidas por uma aluna de Santarém o Curso foi aprovado como Licenciatura, por causa do tratado de Bolonha, mas também foi aprovada uma lei, que refere que, para o próximo Ano Lectivo, os cursos que possuam menos de 20 vagas, não serão financiados pelo Estado.
O Curso de Santarém nunca preencheu a totalidade de vagas nos anos anteriores (15vagas), nem possui um número considerável de alunos, portanto, a ESAS decidiu fechar o curso este ano. Parece que nem por parte do Estado nem por parte da ESAS há apoio para que o Curso continue em funcionamento, mesmo que sejam poucos alunos.
Cumprimentos
Segundo informações recebidas por uma aluna de Santarém o Curso foi aprovado como Licenciatura, por causa do tratado de Bolonha, mas também foi aprovada uma lei, que refere que, para o próximo Ano Lectivo, os cursos que possuam menos de 20 vagas, não serão financiados pelo Estado.
O Curso de Santarém nunca preencheu a totalidade de vagas nos anos anteriores (15vagas), nem possui um número considerável de alunos, portanto, a ESAS decidiu fechar o curso este ano. Parece que nem por parte do Estado nem por parte da ESAS há apoio para que o Curso continue em funcionamento, mesmo que sejam poucos alunos.
Cumprimentos
Filipe Graciosa Jr
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- Mestre de Equitação
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Como principio de conversa um professor não é rentabilizado no caso de ter menos de 15 alunos, o que segundo diz tem acontecido.
Como baixar o ordenado não é medida a tomar,só há essa solução.
Por outro lado se estão a acabar com a agricultura em Portugal.....
saudações marialvas
Como baixar o ordenado não é medida a tomar,só há essa solução.
Por outro lado se estão a acabar com a agricultura em Portugal.....
saudações marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
Correndo o risco de parecer "anti-interior" penso que a ter que optar entre Santarém e Elvas, deveria manter-se o primeiro. Santarém tem uma localização muito mais central no país, muito próxima da capital e de uma imensa oferta de infraestruturas hipicas e actividades complementares da equitação, para além de estar inserida numa das regiões mais fortes do país em termos equestres.
Quer se queira quer não, a concentração das "inteligências" de uma determinada tema gera dinâmicas fundamentais para o desenvolvimento dessa mesmo tema.
Se o número de vagas a preencher tem que ser pelo menos 20, porque não apostar numa pós graduação sobre o tema em horário pós laboral destinada a cavaleiros/proprietários.
Eu por exemplo seria uma candidata a frequentar um curso desses, uma vez que optar por uma licenciatura nesta fase da vida implicaria abandonar a minha profissão. Mas para explorar essa vertente... também me parece que a localização Santarém é fundamental pela acessibilidade e centralidade geográfica.
Quer se queira quer não, a concentração das "inteligências" de uma determinada tema gera dinâmicas fundamentais para o desenvolvimento dessa mesmo tema.
Se o número de vagas a preencher tem que ser pelo menos 20, porque não apostar numa pós graduação sobre o tema em horário pós laboral destinada a cavaleiros/proprietários.
Eu por exemplo seria uma candidata a frequentar um curso desses, uma vez que optar por uma licenciatura nesta fase da vida implicaria abandonar a minha profissão. Mas para explorar essa vertente... também me parece que a localização Santarém é fundamental pela acessibilidade e centralidade geográfica.
Pós-graduação Equinicultura
Concordo plenamente com a ideia de uma pós-graduação! Isto porque não existe nenhuma possibiliade de formação para quem já tem formação académica e vida profissional noutra área mas quer aprofundar os seus conhecimentos sobre utilização e produção de cavalos, com horário campatível e em local acessível (tem que ser Santarém, ou Lisboa se possível).
E de certeza que teria mais candidatos que uma licenciatura. Eu, por exemplo, também seria candidata.
Agora, de que forma seria possível fazer chegar uma proposta destas aos responsáveis?
E de certeza que teria mais candidatos que uma licenciatura. Eu, por exemplo, também seria candidata.
Agora, de que forma seria possível fazer chegar uma proposta destas aos responsáveis?
Olá Cavaleira, esqueceste-te de votar!!!!!
Eu estou disponível para trabalhar numa proposta para enviar para a ESAS. Espero que haja mais interessados a manifestarem aqui o interesse numa coisa dessas também para se aferir se realmente existe publico para uma coisa dessas. Era excelente... com aulas teóricas durante a semana á noite e practicas ao fim de semana!
Eu estou disponível para trabalhar numa proposta para enviar para a ESAS. Espero que haja mais interessados a manifestarem aqui o interesse numa coisa dessas também para se aferir se realmente existe publico para uma coisa dessas. Era excelente... com aulas teóricas durante a semana á noite e practicas ao fim de semana!
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- Mestre de Equitação
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Acho que ainda não se aperceberam bem da linha politica deste governo.
saudações marialvas
saudações marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
- Dr.Elina
- Sela 07 (estribo de prata)
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Se calhar não devia responder, mas acho que deviam acabar com o curso.
É muito difícil de arranjar emprego depois de um curso destes. As entidades empregadoras dão um certo valor ao conhecimento que vem de um curso destes mas não querem pagar o que deviam. Ou seja pagam o mesmo que pagam para alguém quem não tem curso destes.
Este género de cursos têm realmente valor para alguém quem quer fundar a sua própria coudelaria ou trabalhar com uma marca de rações ou algo similar e trabalho desse género é muito limitado em Portugal. Talvez daqui 10 ou 20 anos será melhor.
Acho que o dinheiro que se gasta num curso destes (e muitos outros que não têm o número suficiente de alunos) devia ser gasto em melhorar a qualidade do ensino e as condições nos restantes cursos.
Agora, quanto ao acabar com a agricultura, estes cursos pouco ou nada têm a ver directamente com a agricultura. E não é novidade nenhuma que a agricultura (e a sustentabilidade dela) é um assunto que tem muito para se falar.
É muito difícil de arranjar emprego depois de um curso destes. As entidades empregadoras dão um certo valor ao conhecimento que vem de um curso destes mas não querem pagar o que deviam. Ou seja pagam o mesmo que pagam para alguém quem não tem curso destes.
Este género de cursos têm realmente valor para alguém quem quer fundar a sua própria coudelaria ou trabalhar com uma marca de rações ou algo similar e trabalho desse género é muito limitado em Portugal. Talvez daqui 10 ou 20 anos será melhor.
Acho que o dinheiro que se gasta num curso destes (e muitos outros que não têm o número suficiente de alunos) devia ser gasto em melhorar a qualidade do ensino e as condições nos restantes cursos.
Agora, quanto ao acabar com a agricultura, estes cursos pouco ou nada têm a ver directamente com a agricultura. E não é novidade nenhuma que a agricultura (e a sustentabilidade dela) é um assunto que tem muito para se falar.
Isso é nesse curso e em muitos outros, inclusivamente o meu.É muito difícil de arranjar emprego depois de um curso destes. As entidades empregadoras dão um certo valor ao conhecimento que vem de um curso destes mas não querem pagar o que deviam. Ou seja pagam o mesmo que pagam para alguém quem não tem curso destes.
Não haver emprego depois do curso não devia em caso algum ser desculpa para se fecharem cursos, porque o conhecimento sobre uma determinada área não pode desaparecer e deixar de ser transmitido só porque não é económicamente viável. Que seria das Antropologias, História, Filosofia, Arqueologia... etc etc...
Conhecendo alguma coisa da realidade equestre em Portugal acho que estes cursos que tratam de gestão e maneio são fundamentais.
O que me parece no modelo do curso é que ele talvez devesse ser formatado para se tornar atractivo também a pessoas já activas no meio e logo com um foramto mais flexivel.
Se acabarem com ele, acontecerá como em todas as outras áreas, que tem vontade e pode ou quem tem mérito... vai para fora... e provavelmente nunca mais volta! (Cursos deste é que não faltam em França e Inglaterra)
- Dr.Elina
- Sela 07 (estribo de prata)
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AnaE Escreveu:
Conhecendo alguma coisa da realidade equestre em Portugal acho que estes cursos que tratam de gestão e maneio são fundamentais.
(Cursos deste é que não faltam em França e Inglaterra)
Pois, mas num curso superior já se tratam coisas mais aprofundadas do que gestão e maneio. Esses já se aprende em cursos de Técnico de Gestão Equina.
Pois é, não falta cursos não. E com os conhecimentos que tenho, são muito melhores do que os de cá, pelo menos os de Inglaterra são. Foi exactamente por isso que lá estudei
Concordo que deve haver uma avaliação da viabilidade dos cursos, observando também as saídas profissionais. Penso até que o actual governo já está a levar a cabo um projecto neste sentido.
Mas por isso mesmo, dado que a licenciatura não tem alunos suficientes, e também por motivos de custos e de expectativas de emprego, é que penso que uma pós-graduação seria mais adequada, pois o custo deste tipo de cursos costuma ser suportado quase na totalidade pelos alunos e quem o frequentasse não o faria, em princípio, para conseguir um emprego mas mais com o objectivo de valorização pessoal ou de criação do seu próprio negócio.
Claro que é necessário primeiro averiguar se teria candidatos suficientes.
Acho que o que não se deve deixar que aconteça é que se pare a transmissão de conhecimentos nesta área.
Mas por isso mesmo, dado que a licenciatura não tem alunos suficientes, e também por motivos de custos e de expectativas de emprego, é que penso que uma pós-graduação seria mais adequada, pois o custo deste tipo de cursos costuma ser suportado quase na totalidade pelos alunos e quem o frequentasse não o faria, em princípio, para conseguir um emprego mas mais com o objectivo de valorização pessoal ou de criação do seu próprio negócio.
Claro que é necessário primeiro averiguar se teria candidatos suficientes.
Acho que o que não se deve deixar que aconteça é que se pare a transmissão de conhecimentos nesta área.
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- Mensagens: 1
- Registado: sexta fev 13, 2004 2:23 am
- Localização: Santarém
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Cavaleira,
Concordo que vejam a viabilidade dos cursos, mas acho que também é muito importante a sua qualidade, porque quem está envolvido directamente no Curso de Santarém, sabe que na prática, este nunca poderia funcionar com 20 ou mais alunos. Porque não existe condições, nomeadamente a nível de instalações nem de funcionalidade, para tal ia-se baixar e muito a qualidade de ensino e trabalho, nomeadamente com os cavalos.
Também sei que existe em Elvas o "Curso de Produção e Utilização de Cavalos", este vai mudar o nome para "Equinicultura", possuindo ele estrutura diferente do Curso de Santarém, é por assim dizer, menos exigente, de qualidade inferior, mas vai abrir no próximo ano, com o apoio da própria Escola, não sei se o Estado irá financia-lo ou não.
Concordo que vejam a viabilidade dos cursos, mas acho que também é muito importante a sua qualidade, porque quem está envolvido directamente no Curso de Santarém, sabe que na prática, este nunca poderia funcionar com 20 ou mais alunos. Porque não existe condições, nomeadamente a nível de instalações nem de funcionalidade, para tal ia-se baixar e muito a qualidade de ensino e trabalho, nomeadamente com os cavalos.
Também sei que existe em Elvas o "Curso de Produção e Utilização de Cavalos", este vai mudar o nome para "Equinicultura", possuindo ele estrutura diferente do Curso de Santarém, é por assim dizer, menos exigente, de qualidade inferior, mas vai abrir no próximo ano, com o apoio da própria Escola, não sei se o Estado irá financia-lo ou não.
Viva Salazar
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- Mestre de Equitação
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- Registado: terça fev 15, 2005 11:49 pm
- Localização: Covilhã./.AÇORES
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Não existem condições de funcionalidade para mais de 20 alunos..??
Bem...então, e a exemplo de outros feudos que já eram,era de extrema urgencia acabar com isso.
Feudos para a classe docente ,bem entendido,porque para os alunos devia ser "do melhor". Uma especie de familia....muito chegada...digo eu.
saudações Marialvas
Bem...então, e a exemplo de outros feudos que já eram,era de extrema urgencia acabar com isso.
Feudos para a classe docente ,bem entendido,porque para os alunos devia ser "do melhor". Uma especie de familia....muito chegada...digo eu.
saudações Marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
sendo uma escola pública... parece-me dificil que o curso abra sem o apoio do estado! A não ser que haja algum "mecenas.vai abrir no próximo ano, com o apoio da própria Escola, não sei se o Estado irá financia-lo ou não
Realmente optar por manter o funcionamento do curso de "menor qualidade" e "menos acessível" é uma opção que aparenta basear-se em critérios no minimo .... "osbscuros"!
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- Mestre de Equitação
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- Registado: terça fev 15, 2005 11:49 pm
- Localização: Covilhã./.AÇORES
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Os mecenas são quase todos dessa tom.
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
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- Mestre de Equitação
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- Registado: domingo mar 19, 2006 7:16 am
Re: .
Olá João,João dee Deus Escreveu:Não existem condições de funcionalidade para mais de 20 alunos..??
Bem...então, e a exemplo de outros feudos que já eram,era de extrema urgencia acabar com isso.
Feudos para a classe docente ,bem entendido,porque para os alunos devia ser "do melhor". Uma especie de familia....muito chegada...digo eu.
saudações Marialvas
Não me parece que tenha reflectido sobre esta questão, já pensou como é que se dão aulas de ensino, obstáculos e CCE (diáriamente) a turmas de 20 cavaleiros, não é possível, só dividindo em duas turmas e mesmo assim é bastante dificil acompanhar dez cavaleiros (o nº recomendado é de 6/7).
Referi apenas as aulas de equitação por serem aquelas em que o número de alunos é uma condicionante de relevo.
Luis Pedro