Cavalo que se empina
Moderador: Filipe Graciosa
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Cavalo que se empina
Boa noite,
Gostaria de pedir conselho sobre como tratar um cavalo que quando não quer trabalhar se empina.
É um anglo-luso, de 6 anos, cheio de força nos posteriores, pois quando se "eleva" fica a "ver a paisagem".
Se apertarmos com ele, a coisa piora.
Já sei que não devemos "perder tempo" com cavalos coiros, mas a este eu gostaria de poder dar uma "oportunidade".
Se alguém me puder das algumas dicas...são todas bem vindas.
Saudações Equestres
Gostaria de pedir conselho sobre como tratar um cavalo que quando não quer trabalhar se empina.
É um anglo-luso, de 6 anos, cheio de força nos posteriores, pois quando se "eleva" fica a "ver a paisagem".
Se apertarmos com ele, a coisa piora.
Já sei que não devemos "perder tempo" com cavalos coiros, mas a este eu gostaria de poder dar uma "oportunidade".
Se alguém me puder das algumas dicas...são todas bem vindas.
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Tudo é possível até se provar que é impossível e mesmo o impossível pode ser só por agora.
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Olá horses_s,
De forma rápida e um tanto simplista, deves tentar ultrapassar dois problemas:
- Ensinar a correcta resposta à acção impulsiva das pernas (apertar e/ou pequenos toques) que devem determinar o movimento para diante. Utilizar preferencialmente a vara e não usar esporas ou esporins, se necessário pedir a alguém (com um mínimo de conhecimentos e bom censo) que "ajude" do chão com o chicote.
- Mobilizar (ensinar a deslocar lateralmente) a garupa para evitar que o cavalo a utilize, fixando-a, condição indispensável ao empinar.
É necessário ter cuidado com cavalos que se empinam por defesa, é o penúltimo grau do "acuamento", a seguir atiram-se para trás com todos os perigos que se pode imaginar.
luis pedro
De forma rápida e um tanto simplista, deves tentar ultrapassar dois problemas:
- Ensinar a correcta resposta à acção impulsiva das pernas (apertar e/ou pequenos toques) que devem determinar o movimento para diante. Utilizar preferencialmente a vara e não usar esporas ou esporins, se necessário pedir a alguém (com um mínimo de conhecimentos e bom censo) que "ajude" do chão com o chicote.
- Mobilizar (ensinar a deslocar lateralmente) a garupa para evitar que o cavalo a utilize, fixando-a, condição indispensável ao empinar.
É necessário ter cuidado com cavalos que se empinam por defesa, é o penúltimo grau do "acuamento", a seguir atiram-se para trás com todos os perigos que se pode imaginar.
luis pedro
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Luis Pedro,
Quando monto o cavalo com alguém no meio do picadeiro (apenas a marcar presença), o cavalo por vezes hesita, mas anda, não se empinando. Será que devo montar assim durante algum tempo de forma a tentar que ele se "esqueça"?
Como tenho usado esporas, vou agora tentar sem elas. Normalmente este cavalo não se "emociona" com a vara. É daqueles cavalos em que se "bate" na pedra!!!
As tentativas de mobilizar a garupa, já as tenho feito, mas a dificuldade deste cavalo é realmente a flexibilidade. Foi sempre e tem sido bastante dificil de ultrapassar, apesar de já se encontrar um pouco melhor. Tudo neste cavalo tem que ser feito "devagar, devagarinho, parado".
O meu maior receio é, quando ele ameaça com empinadelas, que se vire mesmo!!!
Estou a tentar "preservar" o animal, não querendo aceitar de "animo leve" o "talho".
Todos me aconselham a desistir do cavalo, porque é coiro (como me dizem), mas gostava de tentar todas as possibilidades.
Não haverá qualquer tipo de giringonça que o impeça de se empinar??? Ou pelo menos que o dificulte muito???
Saudações Equestres
Quando monto o cavalo com alguém no meio do picadeiro (apenas a marcar presença), o cavalo por vezes hesita, mas anda, não se empinando. Será que devo montar assim durante algum tempo de forma a tentar que ele se "esqueça"?
Como tenho usado esporas, vou agora tentar sem elas. Normalmente este cavalo não se "emociona" com a vara. É daqueles cavalos em que se "bate" na pedra!!!
As tentativas de mobilizar a garupa, já as tenho feito, mas a dificuldade deste cavalo é realmente a flexibilidade. Foi sempre e tem sido bastante dificil de ultrapassar, apesar de já se encontrar um pouco melhor. Tudo neste cavalo tem que ser feito "devagar, devagarinho, parado".
O meu maior receio é, quando ele ameaça com empinadelas, que se vire mesmo!!!
Estou a tentar "preservar" o animal, não querendo aceitar de "animo leve" o "talho".
Todos me aconselham a desistir do cavalo, porque é coiro (como me dizem), mas gostava de tentar todas as possibilidades.
Não haverá qualquer tipo de giringonça que o impeça de se empinar??? Ou pelo menos que o dificulte muito???
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Tou a ver... eu nao conheço o cavalo nem a situaçao por isso e dificil estar para aqui a adivinhar, mas já tentaram redeas de abertura?
Em alternativa ha um aparelho que se conhece por diversos nomes, nomeadamente por redea thiedman e que é uma especie de redea alema mas que se fixa às redeas do bridão... pode dar resultado. Manda me uma mensagem se quiseres que eu te explique melhor ou por onde e que se pode comprar...
Em alternativa ha um aparelho que se conhece por diversos nomes, nomeadamente por redea thiedman e que é uma especie de redea alema mas que se fixa às redeas do bridão... pode dar resultado. Manda me uma mensagem se quiseres que eu te explique melhor ou por onde e que se pode comprar...
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Michael,
Até agora foram usadas as maneiras mais softs, mas não têm sido vistos resultados.
Estou a ver que tenho mesmo que passar para uma fase "mais avançada".
Por isso pedi aqui conselho. Poderia haver quem conhecesse uma ou outra maneira "menos avançada" e que se mostrasse eficiente.
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Até agora foram usadas as maneiras mais softs, mas não têm sido vistos resultados.
Estou a ver que tenho mesmo que passar para uma fase "mais avançada".
Por isso pedi aqui conselho. Poderia haver quem conhecesse uma ou outra maneira "menos avançada" e que se mostrasse eficiente.
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Tudo é possível até se provar que é impossível e mesmo o impossível pode ser só por agora.
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Este e o melhor maneira
http://youtube.com/watch?v=VKkl8jbe0Ks&feature=related
uma maneira a quando o cavalo empina partir um saco com agua morna entre as orelhas o que da a impressao a cavalo que e sangue. Eu tentei este forma em 2 cavalos e um cavalo parrou o outro continuava na mesma. Portanto nao sei se trabalha.
Outra forma e quando o cavalo empina puxa o para tras e quando ele cai sente te na cabeca dele por 10 minutos. Isso e o que fazem ca muitas vezes.
O que resultou sempre melhor para mim e manter o cavalo a andar pra frente se nao a bem entao a mal e star preparado de saltar para chao no caso do cavalo cair para tras.[/url]
http://youtube.com/watch?v=VKkl8jbe0Ks&feature=related
uma maneira a quando o cavalo empina partir um saco com agua morna entre as orelhas o que da a impressao a cavalo que e sangue. Eu tentei este forma em 2 cavalos e um cavalo parrou o outro continuava na mesma. Portanto nao sei se trabalha.
Outra forma e quando o cavalo empina puxa o para tras e quando ele cai sente te na cabeca dele por 10 minutos. Isso e o que fazem ca muitas vezes.
O que resultou sempre melhor para mim e manter o cavalo a andar pra frente se nao a bem entao a mal e star preparado de saltar para chao no caso do cavalo cair para tras.[/url]
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Olá horse's,
A hipótese de trabalhar durante algum tempo com ajuda do chão é sempre de tentar.
Não existe cavalo insensível à vara, pode é ter de ser "educado" e escolher a vara - é claro.
Pede a alguém com prática a "trabalhar à vara" que dê uma ajuda (primeiro sem cavaleiro e depois contigo a cavalo) para mobilizar a garupa.
Se te sentires com coragem para tentar o processo mostrado no clip do Michael, tenta. Tem grandes possibilidades de sucesso (talvez não tão rápido).
Boa sorte.
luis pedro
A hipótese de trabalhar durante algum tempo com ajuda do chão é sempre de tentar.
Não existe cavalo insensível à vara, pode é ter de ser "educado" e escolher a vara - é claro.
Pede a alguém com prática a "trabalhar à vara" que dê uma ajuda (primeiro sem cavaleiro e depois contigo a cavalo) para mobilizar a garupa.
Se te sentires com coragem para tentar o processo mostrado no clip do Michael, tenta. Tem grandes possibilidades de sucesso (talvez não tão rápido).
Boa sorte.
luis pedro
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Bom dia,
O processo do videoclip já eu o "usei" no verão passado. Há dias em que o cavalo trabalha bem, até nos chega a enganar quando o faz por 6 ou 7 dias seguidos, mas depois, sem qualquer motivo, volta a parvalheira.
Houve um dia em Agosto passado, que depois de um trabalho razoavel no picadeiro exterior, decidi ir fazer o passeio de 1400 metros (ida e volta) pela quinta a passo, para descontrair. A ida foi toda assim, a cada meia duzia de passos lá se empinava...na volta decidiu pregar-me uma cavadela finalizada com mais um par de empinadelas. Enfim...quando tudo parece bem encaminhado, eis que ele estraga "o caldo" todo.
Agora temos usado o "método" do vulto no meio do picadeiro, e este tem resultado. Mas quando o vulto desaparece, por vezes volta a parvalheira. Mas não é sempre, é às vezes...
Agora um amigo propos-me o "metodo" do saco da agua pela cabeça abaixo (eu não sabia é que deveria ser de água morna), e se este "metodo" não resultar então o da varada no meio das orelhas (gostava de não ter que chegar a este).
Michael,
O método do "deixa o cavalo virar" já o fiz sem querer com uma égua inglesa, mas não estava montada e parece que resultou (já lá vão 2 anos e a égua não voltou a repetir a proeza). Esta égua tinha o habito de se empinar quando era aparelhada fora do picadeiro. E o tratador segurava-a sempre com a corda, evitando que se virasse. Certo dia, tinha ela sido acabadinha de aparelhar com um arreio que o meu marido me tinha oferecido na véspera (novinho em folha), quando se empinou e o meu marido furioso por ela continuar a fazer aquilo não segurou a corda. Ela sentindo-se desamparada caiu como um toro de costas. Ficou estancada durante uns minutos deitada no chão de patas para o ar(devia estar a pensar no que lhe tinha acontecido). Ficamos perplexos a pensar que ela se tinha realmente magoado, quando por fim se levantou meia tonta. Lá a montei e fomos trabalhar como normalmente. Apesar de tudo o arreio não partiu, apenas sofreu uns rasgões...
Durante mais algum tempo, acho que vou continuar a usar o vulto no meio do picadeiro, e se se mostrar com resultados a muito muito longo prazo, penso que o saco de água surgirá de seguida. Para já vou continuar a evitar os "metodos" mais dolorosos (mas se tiver que ser...).
E acima de tudo treinar muito a mobilização da garupa!!!
Obrigada pelos conselhos.
Saudações Equestres
Susana
O processo do videoclip já eu o "usei" no verão passado. Há dias em que o cavalo trabalha bem, até nos chega a enganar quando o faz por 6 ou 7 dias seguidos, mas depois, sem qualquer motivo, volta a parvalheira.
Houve um dia em Agosto passado, que depois de um trabalho razoavel no picadeiro exterior, decidi ir fazer o passeio de 1400 metros (ida e volta) pela quinta a passo, para descontrair. A ida foi toda assim, a cada meia duzia de passos lá se empinava...na volta decidiu pregar-me uma cavadela finalizada com mais um par de empinadelas. Enfim...quando tudo parece bem encaminhado, eis que ele estraga "o caldo" todo.
Agora temos usado o "método" do vulto no meio do picadeiro, e este tem resultado. Mas quando o vulto desaparece, por vezes volta a parvalheira. Mas não é sempre, é às vezes...
Agora um amigo propos-me o "metodo" do saco da agua pela cabeça abaixo (eu não sabia é que deveria ser de água morna), e se este "metodo" não resultar então o da varada no meio das orelhas (gostava de não ter que chegar a este).
Michael,
O método do "deixa o cavalo virar" já o fiz sem querer com uma égua inglesa, mas não estava montada e parece que resultou (já lá vão 2 anos e a égua não voltou a repetir a proeza). Esta égua tinha o habito de se empinar quando era aparelhada fora do picadeiro. E o tratador segurava-a sempre com a corda, evitando que se virasse. Certo dia, tinha ela sido acabadinha de aparelhar com um arreio que o meu marido me tinha oferecido na véspera (novinho em folha), quando se empinou e o meu marido furioso por ela continuar a fazer aquilo não segurou a corda. Ela sentindo-se desamparada caiu como um toro de costas. Ficou estancada durante uns minutos deitada no chão de patas para o ar(devia estar a pensar no que lhe tinha acontecido). Ficamos perplexos a pensar que ela se tinha realmente magoado, quando por fim se levantou meia tonta. Lá a montei e fomos trabalhar como normalmente. Apesar de tudo o arreio não partiu, apenas sofreu uns rasgões...
Durante mais algum tempo, acho que vou continuar a usar o vulto no meio do picadeiro, e se se mostrar com resultados a muito muito longo prazo, penso que o saco de água surgirá de seguida. Para já vou continuar a evitar os "metodos" mais dolorosos (mas se tiver que ser...).
E acima de tudo treinar muito a mobilização da garupa!!!
Obrigada pelos conselhos.
Saudações Equestres
Susana
Tudo é possível até se provar que é impossível e mesmo o impossível pode ser só por agora.
Olá!!
Em relação à gamarra discordo pq nao é suficiente....os cavalos, pelo que eu sei usam a cabeça e o pescoço para "ganhar balanço" para movimentos tal como empinar, cangoxas etc..uma forma de contornar isso é arranjar alguma maneira que mantenha a cabeça do animal em baixo, assim ele não terá hipotese....tipo uma redea alema...
A tecnico do virar é um acto de coragem, e sei de alguem que o fez, e o o cavalo realmente nunca mais voltou a fazer a proeza... mas eu confesso que nao gostava de ficar la de baixo....
Em relação à gamarra discordo pq nao é suficiente....os cavalos, pelo que eu sei usam a cabeça e o pescoço para "ganhar balanço" para movimentos tal como empinar, cangoxas etc..uma forma de contornar isso é arranjar alguma maneira que mantenha a cabeça do animal em baixo, assim ele não terá hipotese....tipo uma redea alema...
A tecnico do virar é um acto de coragem, e sei de alguem que o fez, e o o cavalo realmente nunca mais voltou a fazer a proeza... mas eu confesso que nao gostava de ficar la de baixo....
"Não ha bons nem maus cavalos, ha bons e maus cavaleiros"
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- Mestre de Equitação
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Olá horses_s,
É boa ideia usares o "vulto" mas tens de explorar bem o trabalho, ou seja aos poucos ir aumentando a exigência, em especial a franqueza da resposta a acção das tuas pernas quando solicitam o movimento para diante.
Deves ter presente que é nos pedidos frequentes para aumentar e reduzir o andamento, incluindo transições à paragem e desta ao passo e ao trote (franca e prontamente) bem como as transições do trote ao galope e deste ao trote (é importante variar), que se vai criando, no cavalo, o imperativo de reagir, à pressão das pernas, andando para diante.
Não esqueças dos períodos de repouso, imprescindíveis para o cavalo não se esgotar (causa de muitas defesas) e do trabalho de mobilização das ancas.
luis pedro
É boa ideia usares o "vulto" mas tens de explorar bem o trabalho, ou seja aos poucos ir aumentando a exigência, em especial a franqueza da resposta a acção das tuas pernas quando solicitam o movimento para diante.
Deves ter presente que é nos pedidos frequentes para aumentar e reduzir o andamento, incluindo transições à paragem e desta ao passo e ao trote (franca e prontamente) bem como as transições do trote ao galope e deste ao trote (é importante variar), que se vai criando, no cavalo, o imperativo de reagir, à pressão das pernas, andando para diante.
Não esqueças dos períodos de repouso, imprescindíveis para o cavalo não se esgotar (causa de muitas defesas) e do trabalho de mobilização das ancas.
luis pedro