Ferração a quente
Moderador: Filipe Graciosa
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Olá luis28,
Ao que já referi acresce o facto de se as ferraduras agora se "trabalham" melhor a frio devido à qualidade do aço, então é porque o aço é macio e se é macio desgasta-se com mais facilidade e está mais sujeito a empenar.
Como alguns saberão, a velocidade a que o aço, em brasa, é arrefecido determina em grande medida a sua dureza final. Os resultados obtidos com a forja de carvão ou com a mufla a gaz não são exactamente iguais devido ao teor de carbono fornecida pela primeira.
luis pedro
Ao que já referi acresce o facto de se as ferraduras agora se "trabalham" melhor a frio devido à qualidade do aço, então é porque o aço é macio e se é macio desgasta-se com mais facilidade e está mais sujeito a empenar.
Como alguns saberão, a velocidade a que o aço, em brasa, é arrefecido determina em grande medida a sua dureza final. Os resultados obtidos com a forja de carvão ou com a mufla a gaz não são exactamente iguais devido ao teor de carbono fornecida pela primeira.
luis pedro
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Essa velocidade de arrefecimento,é a chamada têmpera, que antigamente para as mulas da Câmera,(isto dizem) eram arrefecidas em óleo queimado para ficarem extremamente duras,e aguentar o desgaste nas calçadas de Lisboa.
Isto dizem,mas já vi e em Cavalos,dar têmperas diferentes em cada metade da terradura para compensar desgastes por deficiencias de aprumo.
Só nestes termos é que entendo cursos tão porlongados como o Luis 28 disse.
Não estou a ver que sejam precisos tantos anos,se em 3 ou 4 meses se vê quem tem realmente competencioa para o frequentar.
Estas coisas não se obrigam,e é como o outro...ou sem tem..ou não se tem...agora formar imcompetentes à força de cursos porlongados não será a melhor saída.
Mas temos a salvaguarda das dores de costas que seleccionam...LOLOL
saudações Marialvas
Isto dizem,mas já vi e em Cavalos,dar têmperas diferentes em cada metade da terradura para compensar desgastes por deficiencias de aprumo.
Só nestes termos é que entendo cursos tão porlongados como o Luis 28 disse.
Não estou a ver que sejam precisos tantos anos,se em 3 ou 4 meses se vê quem tem realmente competencioa para o frequentar.
Estas coisas não se obrigam,e é como o outro...ou sem tem..ou não se tem...agora formar imcompetentes à força de cursos porlongados não será a melhor saída.
Mas temos a salvaguarda das dores de costas que seleccionam...LOLOL
saudações Marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
Re: ferraçao a quente
... vai de encontro ao que os ferradores com que trabalhei me disseram... e era bons ferradores.luis28 Escreveu:ola caros amigos queria um pouco ajudra quanto a ferraçao a quente... tou numa formaçao de ferrador de cavalos em frança... a funçao da ferraçao a quente é unicamente p trb a ferradura... hoje em dia nao é pressiso aquecer a ferradura para a trabalhar, devido a qualidade do ferro... mas a na mesma ferradores que ferram a quente é uma questao de habito de trabalho.
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Mas vai ao encontro de encontrão,ou de junção?
saudações Marialvas

saudações Marialvas
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Olá AnaE,
Não leu o meu post anterior.
João,
2 ou 3 anos de curso pode parecer um enorme exagero mas ,talvez, não seja assim.
A aprendizagem do ferrador não se reduz a pregar as ferradura aos cascos, as correcções de aprumos, se se deve ou não corrigir, o que se pode (ou deve) corrigir a cada ferração, as correcções com vista a contribuir para a regularidade e amplitude dos andamentos. O tratamento de formigueiros, de quartos abertos, ferrações ortopédicas no tratamento de laminites (águamentos), etc,etc.
Como se poderá imaginar, é necessário bastante tempo para adquirir os conhecimento teóricos indispensáveis (e são muitos) para levar à prática os exemplos acima referidos. A estes conhecimentos acresce a prática de trabalhar o ferro, de preparar/cortar os cascos.
Alguns dos tratamentos (por ex. os formigueiros) e algumas correcções de aprumos, só por si, exigem vários meses para se poderem fazer e acompanhar a evolução.
Na minha opinião, 2 anos deviam ser obrigatórios.
luis pedro
Não leu o meu post anterior.
João,
2 ou 3 anos de curso pode parecer um enorme exagero mas ,talvez, não seja assim.
A aprendizagem do ferrador não se reduz a pregar as ferradura aos cascos, as correcções de aprumos, se se deve ou não corrigir, o que se pode (ou deve) corrigir a cada ferração, as correcções com vista a contribuir para a regularidade e amplitude dos andamentos. O tratamento de formigueiros, de quartos abertos, ferrações ortopédicas no tratamento de laminites (águamentos), etc,etc.
Como se poderá imaginar, é necessário bastante tempo para adquirir os conhecimento teóricos indispensáveis (e são muitos) para levar à prática os exemplos acima referidos. A estes conhecimentos acresce a prática de trabalhar o ferro, de preparar/cortar os cascos.
Alguns dos tratamentos (por ex. os formigueiros) e algumas correcções de aprumos, só por si, exigem vários meses para se poderem fazer e acompanhar a evolução.
Na minha opinião, 2 anos deviam ser obrigatórios.
luis pedro
Video bem interessante sobre ferrageamento a quente
http://www.horsebrasil.com.br/subpages/ ... o=MC&id=70
Abraços
http://www.horsebrasil.com.br/subpages/ ... o=MC&id=70
Abraços
“Nunca se desespere por causa de um dia ruim”
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Luis
Aceito a recomendação...LOLOL
É natural que a figura que sai dos meus escritos nestas questões que no meu ver ainda são consideradas como quase miticas,eu as queira desmistificar.
Ferrar um Cavalo não tem nada de extraordinario.
Tambem fui metalurgico,e no meu Curso Industrial,(Afonso Domingues e Machado Castro)aprendi como todos os outros alunos a trabalhar o ferro tanto em ajustes como na forja,e todos passaram de ano e acabaram o curso.
Possivelmente, e para nós num estado mais avançado uma vez que lidamos com Cavalos ,ainda impressiona a algumas pessoas o facto de se estar a trabalhar num ser vivo mas que que já tem os cascos "mortos".
Paralelamente a isto,há profissionais que tiram partido destas impressões e fazem parecer que estão a "deitar fumo pelos cabelos"para resolver a situação com que se deparam.
Mas isto existe em todo o lado...inclusivè nos Equitadores.
Há até quem considere legitimo e chamam "zelar pela sua profissão"... usando o principio de Peter com a "importancia pela dificuldade".
saudações Marialvas
Aceito a recomendação...LOLOL
É natural que a figura que sai dos meus escritos nestas questões que no meu ver ainda são consideradas como quase miticas,eu as queira desmistificar.
Ferrar um Cavalo não tem nada de extraordinario.
Tambem fui metalurgico,e no meu Curso Industrial,(Afonso Domingues e Machado Castro)aprendi como todos os outros alunos a trabalhar o ferro tanto em ajustes como na forja,e todos passaram de ano e acabaram o curso.
Possivelmente, e para nós num estado mais avançado uma vez que lidamos com Cavalos ,ainda impressiona a algumas pessoas o facto de se estar a trabalhar num ser vivo mas que que já tem os cascos "mortos".
Paralelamente a isto,há profissionais que tiram partido destas impressões e fazem parecer que estão a "deitar fumo pelos cabelos"para resolver a situação com que se deparam.
Mas isto existe em todo o lado...inclusivè nos Equitadores.
Há até quem considere legitimo e chamam "zelar pela sua profissão"... usando o principio de Peter com a "importancia pela dificuldade".
saudações Marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
ferraçao a quente
olhe caro amigo isto aqui em frança fazem-se formaçoes a serio, tou numa formaçao de 3 anos e nao de 3 dias nem de 9 meses... se tiver interresado em saber a historia da ferraçao a quente eu posso-lhe dizer...
a eliminaçao de fungos e coisas a assim n é feito a quente...
os melhores comprimentos
luis santos
a eliminaçao de fungos e coisas a assim n é feito a quente...
os melhores comprimentos
luis santos
ferraçao a quente
eu nao sou contra a ferraçao a quente porque as vezes tambem ferro a quente, n é k nenhum cavalo que presisse de uma ferraçao a quente, mas sim o contrario... eu sei que a ferraçao a quente ajuda a corrigir uma ma aparagem... mas cada um se acenta nas suas ideias e como aprendeu... penso eu... comprimentosluis santos
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ola luis pedro
mt obrigado... sim quando acabar a formaçao vou para portugal trb.. é xato ter de sair do pais para aprender alg como deve ser... mas prontos... tem de ser...
com os melhores comprimentos
com os melhores comprimentos
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Luis28
Espero bem que tires o melhor proveito desse curso que nunca eu pus em causa.
Referi-me no meu post a outros pormenores e atributos da ferração e do metiê.(tambem dou erros em francês,toca a todos)
Luis Pedro
Não pode inferir do que disse que não atribuo importancia à ferração.
Que mais não seja para não andarem descalços até ficarem "apalpados".
Tambem se sabe que há cavalos que por os usarem pouco ou terem os cascos extremamente rijos,não precisam de ser ferrados.(de mulo ou de castelo)
Daí até ao pormenor dos aprumos vai grande distancia.
Mas não esquecer acerca dos aprumos,que sem duvida devem ser feitos,que o casco é uma estrutura movel tambem no aspecto do crescimento.
As articulações ao longo de milhares de anos,desenvolveram uma adaptação aos pisos irregulares donde permitem uma tolerãncia bastante grande à irregularidade dos pisos,com base e "ponto de partida" no aprumo inicial,que é feito no dia da ferração.
É inicial,porque como sabe,3 semanas depois já a pinça tem cerca de 5 ou 6 milimetros a mais e a parede interna mais 3 ou 4,e a externa mais 2 ou 3,porque tambem como sabe a parede interna cresce mais rapidamente que a interna ,donde ao fim dessas 3 semanas lá se foi o aprumo e o cvavalo continua a responder e a funcionar perfeitamente.
Daí a excepcional adaptação.
Aliás,o unico dia em que o Cavalo está apoiado nas 4 patas num piso plano é na altura da ferração, para conseguir o aprumo de referencia porque acabando,nunca mais essa situaçãom se volta a repetir nem na box, em que pisa a cama de palha, nem no picadeiro onde a areia é irregular.
Claro que é preiso uma referencia e essa é o aprumo conseguido na altura da ferração.
Saudações Marialvas
Espero bem que tires o melhor proveito desse curso que nunca eu pus em causa.
Referi-me no meu post a outros pormenores e atributos da ferração e do metiê.(tambem dou erros em francês,toca a todos)
Luis Pedro
Não pode inferir do que disse que não atribuo importancia à ferração.
Que mais não seja para não andarem descalços até ficarem "apalpados".
Tambem se sabe que há cavalos que por os usarem pouco ou terem os cascos extremamente rijos,não precisam de ser ferrados.(de mulo ou de castelo)
Daí até ao pormenor dos aprumos vai grande distancia.
Mas não esquecer acerca dos aprumos,que sem duvida devem ser feitos,que o casco é uma estrutura movel tambem no aspecto do crescimento.
As articulações ao longo de milhares de anos,desenvolveram uma adaptação aos pisos irregulares donde permitem uma tolerãncia bastante grande à irregularidade dos pisos,com base e "ponto de partida" no aprumo inicial,que é feito no dia da ferração.
É inicial,porque como sabe,3 semanas depois já a pinça tem cerca de 5 ou 6 milimetros a mais e a parede interna mais 3 ou 4,e a externa mais 2 ou 3,porque tambem como sabe a parede interna cresce mais rapidamente que a interna ,donde ao fim dessas 3 semanas lá se foi o aprumo e o cvavalo continua a responder e a funcionar perfeitamente.
Daí a excepcional adaptação.
Aliás,o unico dia em que o Cavalo está apoiado nas 4 patas num piso plano é na altura da ferração, para conseguir o aprumo de referencia porque acabando,nunca mais essa situaçãom se volta a repetir nem na box, em que pisa a cama de palha, nem no picadeiro onde a areia é irregular.
Claro que é preiso uma referencia e essa é o aprumo conseguido na altura da ferração.
Saudações Marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
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Olá João,
A "coisa" não será tão matemática assim, mas é uma referência genérica.
Para além dos cavalos que cabem dentro desses parâmetros existem muitos outros com deficiências de aprumos (cravanhos, esquerdos, etc) ou más formações do casco, que só uma ferração correcta e cuidada pode evitar a ruína prematura.
luis pedro
A "coisa" não será tão matemática assim, mas é uma referência genérica.
Para além dos cavalos que cabem dentro desses parâmetros existem muitos outros com deficiências de aprumos (cravanhos, esquerdos, etc) ou más formações do casco, que só uma ferração correcta e cuidada pode evitar a ruína prematura.
luis pedro