Feira da Golegã - Vão separaram os bares do arneiro...

[Filipe Graciosa]

Viva, espero que a feira esteja a 200% como sempre. Este ano andam a correr rumores de que a maioria dos bares foram afastados do largo do arneiro, é sempre chato ter de andar um bocadito mais para beber uns copitos e dar um pé de dança, mas compreende-se. Já fartava aquela enchente em que ninguem se consegui mexer, depois sempre pessoas bebadas a fazerem parvoeiras aos cavalos e a andarem a pancada. Assim dá mais espaço aos que vão para os cavalos e que vai para os copos continua a divertir-se sem chatear os outros.

[Anita]

Não concordo com o total afastamento dos bares do largo do arneiro, pois julgo que o fundamental é fazer-se uma melhor gestão de todo o espaço da feira, muitas das vezes caótico e subdimensionado para as exigências que o evento acarreta.

[Jorge Gomes da Cruz]

Lamento imenso, Pão Pão Queijo Queijo!!!(xiça que já me xeira a queijo) os cavalos não bebem e não têm culpa que uns animais quaisquer de 2 patas motrizes precisem beber em demasia para se divertir, concordo plenamente e acho que cada vez mais se deve diferenciar ou "separar" quem vai a golegã porque é aficionado e os que vão lá para beber e fazer estragos.

[Mimi Pinto]

eu concordo plenamente com essa separaçao...assim os k bebem e vao para a golega so para beber nao incomodam akeles que vao para a golega pela tradiçao dos cavalos mas tambem para se divertirem.[/b][/b]

[scarlett]

Acho óptimo que se separe uma coisa da outra!
Já basta a confusão que há com os cavalos (e algumas anedotas que andam em cima deles... ), os bares ainda pioram as coisas!
Tenho ido à feira sempre durante a semana, mas em 2003 só pude ir no fim de semana... ia morrendo!!! Jurei para nunca mais!!!
Realmente, aquele espaço havia de ter o dobro do tamanho para poder albergar tanta gente. Atropelam-se charretes, cavalos, póneis, pessoas, etc... é um filme de terror!!!

[João Pedro de Almeida]

É verdade, é verdade...
E em grande parte dos casos, "pela boca morre o peixe", se é que alguém entende o que estou a tentar dizer... mas parece que na última Feira do S. Martinho alguém "malhou" do cavalo (em plena manga apinhada de gente e cavalos) com a respectiva companhia à garupa e tudo... Convenhamos que apesar de tudo foi um momento divertido, tendo em conta que ninguém se magoou.
A quem entender o que estou a dizer; não se zanguem, é só uma bricadeira sem maldade... também temos de ter sentido de humor, certo?

Agora mais a sério; já votei e expresso desta forma a minha opinião em relação aos bares no Largo do Arneiro. Cada macaco no seu galho.

[Sugar-Daddy Supafly]

Oix
Bem a minha opinião é também, "cada macaco no sei galho". Inicialmente era as quiquilharias que se amontuavam ali, entupiam estradas etc... aquilo era um inferno. Mais tarde as quinquilharias mudaram-se pa um local mais afastado da feira o que foi uma solução bastante boa. Agora estamos com outro entupimento, os BARES, que se têm mantido junto ao Largo do Arneiro e que concentram ali muita gente, gente até demais para o espaço que tem. Com esta dispersão que houve dos BARES penso que a Feira da Golegã se realizou melhor, uma vez que as pessoas nao se concentravam num sitio só, e se queriam ter a boca molhada tinham que se movimentar. Mesmo assim uma visão minha é que a Feira da Golegã está a atrair cada ano mais pessoas o que torna dificil a uma pessoa andar descansada sem ser atropelada por outras. Outra coisa já falava é dos Cavalos e as Pessoas juntas....... , uma pessoa se vai para a Feira da Golegã tem de ter atenção aos cavalos, visto ser a feira do Cavalo e não do Humano.


Desculpem mas tinha de falar sobre isto...
As Pessoas que lá vão muitas vezes sao "ignorantes" (desculpem o termo) e por isso acontece ás vezes acidentes, tipo as pessoas põem-se ao pé da manga com "vardáscas" a assustar os cavalos que passam ou mesmo a tentarem dar uma festinha na garupa de um cavalo enquanto ele passa. São erros que são cometidos lá muita vez...... enfim que se pode fazer? ........

Hasta [[]] / ***

[Marianex]

ola a todos!! Concordo com essa separação....pois tenho a certeza que se evitam muitos acidentes causados nao so pelos "bebados" mas tambem pelos ignorantes afinal a festa é do cavalo !!!!

[Cavalière]

.... "cada macaco no seu galho". Para mim não é bem assim!

Separar os bares do arneiro não muda grande coisa... o que aconteceu este ano, como sempre nos anos anteriores, é que continuei a ver cavaleiros a passearem-se calmamente no arneiro com abafadinhos ou copos de cerveja na mão... Sem que ninguém lhes dissesse nada!

É uma questão de sensibilidade e bom senso! Se os bares forem afastados do arneiro, está certo que irá haver menos confusão, mas também se perde grande parte da tradição e do espírito da festa... E os pobres dos cavalos continuam a ser os mártires na mesma. Vão até aos bares e voltam ao arneiro já com o cavaleiro bêbado. Depois de voltar da noite, uma vez às 3 da manhã, passei pelo arneiro (quinta-feira) e estava lá um respeitável senhor completamente bêbado a dar vergastadas no cavalo sem o deixar sair do sítio... Continuamente... O pobre do animal já não sabia para onde se havia de meter...

... se as pessoas não têm bom senso, a polícia, que este ano não fez grande coisa, devia começar a passar multas como se faz com os carros Pode ser que assim, ao ter de pagar na hora e não no dia seguinte ao veterinário, as pessoas abram os olhos...

[João Pedro de Almeida]

Já sei... já sei...
A seguir vais dizer que tem que haver legislação...
Qualquer dia temos de tirar a carta de Cavaleiro... e porque não? Olha que a idéia nem é má de todo. Haveria muito boa gente que nessas ocasiões bem que precisava dela (desde que não fosse dade de igual forma como as cartas de condução de automóveis... ).

Já vi uma cena igual à que descreves a essa hora, mas nessas alturas nem convem dizer nada ou chamar a atenção do tal "respeitável senhor". Ainda me candidatava a umas vergastadas eu próprio... xiça...!

De qualquer forma, que viva o espírito da Golegã que é o mais importante; os cavalos, os copos e a festa!!!

[Cavalière]

Claro que tem de haver legislação!!!!
... estava a BRINCAR!!!

Mas não vejo porque é que os polícias que estavam lá não poderiam ser "instruídos" (se bem que qualquer marciano que nunca viu um cavalo na vida sabe distinguir as situações normais das "podres"...) para começar a prestar atenção a essas coisas e "assustar" as pessoas que o fazem! Ora vamos lá a ver se uma noitezinha de cana não fazia bem a esses senhores... Isso, e um aviso da associação protectora dos animais à terceira infracção!

Acho que mudava muita coisa

[Marco Antonio Tagarra]

ola pessoal....
bom, eu concordo plenamente com o afastamento dos bares da manga, pelo menos parcialmente, porque o xeque-mate é poderoso, pois quando chega ao fds, a confusao e geral, para quem monta a cavalo, a palavras predominantes são: desculpe-me, por favor deixe passar, perdao, atençao.
Quem não se lembra do cascos, quando ainda era no mercado da vila...... colossal.... não acham?
eu adorava a feira, quando tinhamos de percorrer km's, onde se viam tascas, quase porta sim, porta nao, era lindo.
tenho esperanças nesse retorno....
se bem que o batalha este ano, teve soberbo.... viram como estava longe, mas quase sempre cheio... foi um dos melhores

Boas Montadas, Portem-se bem!!!!!!!

Marco Antonio

[poldrinha]

Boa tarde pessoal!
Axo mto bem k afastem os bares da manga. é klaro k kuase todos gostamos de ir beber uns kopitos mas antes disso ponham os cavalinhos nas boxes e ñ misturem alcool e cavalos pk o resultado nunka foi mto bom. é klaro k a kulpa ñ é sempre nossa poix anda la mto boa gente k pensa k kavalos sao apenas akelas koisinhas giras kom 4 patinhas e k sao seres k ñ fazem mal a uma moska. por mais kalmos k sejam os nossos kavalos experimentem fazerem-lhe koisas do tipo assusta-los ao msm tempo k estao atraz deles...
Deviamos era de exigir mais kontrole nesse tipo de feiras para evitar acidentes e tb o mau esta dos nossos tão keridos amigos kavalos.....

[João dee Deus]

Companheiros

Este tópico já tem algum tempo,e só vou dizer que recordo com uma certa saudade,o tempo em que para levar os Cavalos à Golegâ,pelo menos de Lisboa,tinha-mos de ir "despachá-los" à estação ferroviária do Rego,e lá iam os desgraçados Cavalos,nos vagons,muito apertados.
Um dia depois lá chegavam,com algumas mazelas,mas o gozo de se andar a Cavalo na Golegã,era proporcional ao esforço.
Quando passáva-mos a Cavalo uns pelos outros,havia nos sorrisos,uma "cumplicidade"nos esforço que tinhamos tido para estar ali.
Á noite também havia brigas, bêbados,e galopadas pelas ruas,só que só andava na "noite",quem participava nestas coisas,potanto não havia espectadores para fazer criticas à posteriori.
Já aqui citei os Alentejanos,quando dizem que "Hà bailes para todos"portanto é preciso é que estejamos no nosso baile e não nos metermos em bailes alheios,e dos quais descordamos.
Talvêz uma discoteca,tomar chá com as amigas,ou mesmo ir para a cama.
Não me estou a armar em Marialva nem tão pouco tenho idade para esses bailes,mas já tive,já lá andei,já me diverti,e desejo muita saúde a quem o viver com as letras todas.Quando chegarem à minha idade,podem crer que o que fica na nossa memória, são os "acidentes".
Não estou a dizer para andarem a "fabricá-las",mas não fujam delas.
Hoje "vive-se" muito virtualmente,nos computadores,embora não tivesse ainda visto nenhum jogo de Pegas de Caras.

A vida é para se Pegar de Caras,e quem não for capaz,que fique a ver,mas sem faltas de coragem encapotadas.

Acho que já abri o curro,agora fico à espera da fera.

Saudações

[Félix Cerieiro]

Amigo João,
Mais uma vez concordo consigo...

No entanto e para os mais novos que podem não saber, a Feira da Golegã tem a sua origem nas seculares feiras de gado, onde a malta sempre bebeu uns valentes copos e "jogou à porrada" sempre que a conversa azedava. Isto é que é a tradição. A Golegã transpira de tradição Marialva.

Com isto lembrei-me de um texto do Professor Luís Campos que tenho aqui e que passo a transcrever...

"Sendo o marialva não uma estirpe mas o depositário de um estado de graça, e o marialvismo, no seu sentido mais amplo, um estado de espírito privilegiadamente lusitano, há desde já a observar que apenas caberá aqui referir o marialva restrito e actualizado, isto é o subproduto em quarta geração - que embora não passe de um negativo desbotado tem o seu lugar assegurado por direito de transmissão na sociedade portuguesa. Esse tipo, aqui designado por "marialva-playboy", apresenta algumas características evidentes que são:

- É sempre "filho-do-pai", podendo o pai ser: a) grande proprietário de terras; b) grande proprietário de fábricas; c) ambas as coisas.

- Para ser genuíno é originário da terra ribatejana, norte alentejana ou estremanha confrontante.

- O animal que prefere, antes da mulher, é o cavalo.

- O bicho que mais o interessa, depois da mulher, é o touro.

- A mulher que o atrai é o apuramento sofisticado da fêmea leiteira andaluza com a égua árabe em período de cio.

- Os seus desportos preferidos são: 1º - a tourada; 2º - a farra depois da tourada.

- Ama nostalgicamente a guitarra mas não se confunde no fado alfacinha.

- Assume nos fins- de-semana a indispensável prática equestre mas habitualmente cavalga um fórmula-dois artilhado.

- Por imposição familiar procura munir-se de um diploma de estudos - liceais ou mais ou menos agrícolas.

- Não desperdiça uma oportunidade, fora da quadra carnavalesca, para disfarçar-se com as vestes tradicionais da função.

- Considera que portugueses de raça - autênticos - são só ele e alguns confrades com pedigree .

E , porque acha que tem raízes na terra, o "marialva" exibe habitualmente um potencial telúrico apreciável, o qual evidencia em todas as circunstâncias e em particular na troca pessoal de opiniões - enfrentando normalmente o opositar á chapada, sobretudo se na ocasião do diálogo já transitou pelos copos.

Temos, pois, que o exemplar em análise é herdeiro de meia costela nobre de velho guerreiro lusíada, esclerosada embora pelos tropeções que uma história descuidada lhe deu mas parafinada por sublime instinto de sobrevivência.

Enfim, o marialva poderá não ter subsídio do Fundo Social Europeu - mas é português e é nosso! Cumpre-nos, por isso, preservá-lo para que não se extinga.