Rédeas Fixas
Moderadores: Filipe Graciosa, APD
- martassreis
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Rédeas Fixas
Bom dia,
Será que me podiam esclarecer quais as grandes vantagens das rédeas fixas, assim como se usam. Tenho visto cavalos a serem trabalhados à guias com rédeas fixas, mas quais os objectivos de as usar?
Obrigada
Será que me podiam esclarecer quais as grandes vantagens das rédeas fixas, assim como se usam. Tenho visto cavalos a serem trabalhados à guias com rédeas fixas, mas quais os objectivos de as usar?
Obrigada
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- Mestre de Equitação
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Olá Marta...
As rédeas fixas, bem como a maioria dos "aparelhos" usados, servem para colocar o cavalo numa atitude mais favorável para trabalhar desenvolvendo os vários músculos no "bom sentido" ou seja favorecendo o cavalo "redondo"
Devem ser usadas no trabalho à guia, com o cavalo aparelhado com cabeçada de bridão sem focinheira, a guia fixa ao cabeção devidamente ajustado por forma a que a faceira exterior não se desloque para cima do olho.
As rédeas devem ser ajustadas sensívelmente a meia altura do tronco do cavalo (podendo a exterior estar um pouco mais baixa do que a interior e esta ligeiramente mais curta, até 5 cm, atenção que baixar a rédea alonga o comprimento) e com um comprimento que permita ao cavalo manter o pescoço, naturalmente, estendido e o chanfro ligeiramente adiante da vertical.
O equitador deve (obrigatóriamente) usar o chicote para manter o cavalo "encostado" à guia e "para diante", não confundir com fugir.
O trabalho deve ser a trote e a galope evitando o passo por as rédeas fixas impedirem o "bascular" do pescoço imprescindível na mecânica deste andamento e sob pena de destruir a regularidade dos 4 tempos.
luis pedro
As rédeas fixas, bem como a maioria dos "aparelhos" usados, servem para colocar o cavalo numa atitude mais favorável para trabalhar desenvolvendo os vários músculos no "bom sentido" ou seja favorecendo o cavalo "redondo"
Devem ser usadas no trabalho à guia, com o cavalo aparelhado com cabeçada de bridão sem focinheira, a guia fixa ao cabeção devidamente ajustado por forma a que a faceira exterior não se desloque para cima do olho.
As rédeas devem ser ajustadas sensívelmente a meia altura do tronco do cavalo (podendo a exterior estar um pouco mais baixa do que a interior e esta ligeiramente mais curta, até 5 cm, atenção que baixar a rédea alonga o comprimento) e com um comprimento que permita ao cavalo manter o pescoço, naturalmente, estendido e o chanfro ligeiramente adiante da vertical.
O equitador deve (obrigatóriamente) usar o chicote para manter o cavalo "encostado" à guia e "para diante", não confundir com fugir.
O trabalho deve ser a trote e a galope evitando o passo por as rédeas fixas impedirem o "bascular" do pescoço imprescindível na mecânica deste andamento e sob pena de destruir a regularidade dos 4 tempos.
luis pedro
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- martassreis
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Olá Marta,
Prefiro as sem elásticos, tem uma acção mais semelhante com o pretendido ou seja: À resistência, elas resistem (com elásticos cedem) e à cedência elas cedem imediatamente (com elásticos ainda mantem alguma tensão).
Olá Sofia,
A focinheira não serve para nada, só prejudica o correcto ajustamento do cabeção.
Como sabes, a focinheira destina-se a limitar ou impedir o cavalo de abrir a boca, o cabeção provoca o mesmo efeito apesar de se destinar a outro fim.
luis pedro
Prefiro as sem elásticos, tem uma acção mais semelhante com o pretendido ou seja: À resistência, elas resistem (com elásticos cedem) e à cedência elas cedem imediatamente (com elásticos ainda mantem alguma tensão).
Olá Sofia,
A focinheira não serve para nada, só prejudica o correcto ajustamento do cabeção.
Como sabes, a focinheira destina-se a limitar ou impedir o cavalo de abrir a boca, o cabeção provoca o mesmo efeito apesar de se destinar a outro fim.
luis pedro
- martassreis
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Ola a todos!
Luis...na minha opiniao devem-se usar as redeas fixas com elasticos pois os elasticos das redeas fixas que sao comercializadas ainda sao um bucado rigos e desta forma o cavalo nao tem a redea totalmente fixa de modo que se houver alggum movimento brusco por parte do cavalo a redea cede um bucado, mas nao muito. Alem disso com as redeas fixas de elastico tambem se pode trabalhar o passo.
sao estas as vantagens das redeas fixas com elastico
Luis...na minha opiniao devem-se usar as redeas fixas com elasticos pois os elasticos das redeas fixas que sao comercializadas ainda sao um bucado rigos e desta forma o cavalo nao tem a redea totalmente fixa de modo que se houver alggum movimento brusco por parte do cavalo a redea cede um bucado, mas nao muito. Alem disso com as redeas fixas de elastico tambem se pode trabalhar o passo.
sao estas as vantagens das redeas fixas com elastico

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- Mestre de Equitação
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Olá Miguel,
São opiniões, há defensores de umas e de outras.
No entanto quero chamar à atenção para um ponto que me parece essencial e é frequentemente esquecido (é aqui que falham as rédeas com elásticos) a mão resiste para obter a cedência e deve ceder imediatamente ao menor sinal de cedência por parte do cavalo (corresponde ao amolecer dos dedos), o que acontece com as rédeas c/ elásticos é que mantem a tensão na cedência e cedem na resistência, ou seja exactamente o contrário do pretendido.
luis pedro
São opiniões, há defensores de umas e de outras.
No entanto quero chamar à atenção para um ponto que me parece essencial e é frequentemente esquecido (é aqui que falham as rédeas com elásticos) a mão resiste para obter a cedência e deve ceder imediatamente ao menor sinal de cedência por parte do cavalo (corresponde ao amolecer dos dedos), o que acontece com as rédeas c/ elásticos é que mantem a tensão na cedência e cedem na resistência, ou seja exactamente o contrário do pretendido.
luis pedro
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- Sela 07 (estribo de prata)
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Rédias Fixas
Olá a todos.
Em relação às redeas fixas concordo em usar sem elastico mas numa fase inicial de desbaste, ate que o animal ceda. Posteriormente costumo usar uma redea inteira com 2 mosquetoes nas pontas que passam pelo selim, por entre a espadua, isto é....entre as mãos e vão ao bridao.
Não sei se me fiz entender.
Essas que nem sei o nome vao obrigar o cavalo a descer e alongar, pois todos sobem, para alem de fazer boca. porque não está fixo. Para alem disso, as redeas fixas, na minha opiniao fixam demasiado o pescoço o que faz com que o cavalo depois vá virar em bloco.
Esta aqui o meu ponto de vista, segunda a minha pequena experiencia.
Cumprimentos a todos
Em relação às redeas fixas concordo em usar sem elastico mas numa fase inicial de desbaste, ate que o animal ceda. Posteriormente costumo usar uma redea inteira com 2 mosquetoes nas pontas que passam pelo selim, por entre a espadua, isto é....entre as mãos e vão ao bridao.
Não sei se me fiz entender.
Essas que nem sei o nome vao obrigar o cavalo a descer e alongar, pois todos sobem, para alem de fazer boca. porque não está fixo. Para alem disso, as redeas fixas, na minha opiniao fixam demasiado o pescoço o que faz com que o cavalo depois vá virar em bloco.
Esta aqui o meu ponto de vista, segunda a minha pequena experiencia.
Cumprimentos a todos
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- Mestre de Equitação
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- Registado: domingo mar 19, 2006 7:16 am
Olá Guida,
Não me parece muito correcto ensinar o cavalo, para mais poldro, a ceder utilizando as rédeas fixas, esta é a razão porque ainda existe quem as conheça como "rédeas de vencer".
O cavalo deve aprender a ceder (trata-se de uma flexão longitudinal) através da obtenção e controlo da encurvação por forma a conseguir a descontracção e alongamento dos extensores da cabeça.
O recurso às rédeas fixas como meio de ensinar o cavalo a ceder leva a que o cavalo arqueie o pescoço, não cedendo na ganacha (como se diz na gíria) porque não é a nuca que avança para cima da mão mas sim o "bico" que recua para trás. O resultado mais visível é a tendência para afundar o garrote e a progressiva incapacidade de avançar os posteriores para debaixo da massa.
luis pedro
Não me parece muito correcto ensinar o cavalo, para mais poldro, a ceder utilizando as rédeas fixas, esta é a razão porque ainda existe quem as conheça como "rédeas de vencer".
O cavalo deve aprender a ceder (trata-se de uma flexão longitudinal) através da obtenção e controlo da encurvação por forma a conseguir a descontracção e alongamento dos extensores da cabeça.
O recurso às rédeas fixas como meio de ensinar o cavalo a ceder leva a que o cavalo arqueie o pescoço, não cedendo na ganacha (como se diz na gíria) porque não é a nuca que avança para cima da mão mas sim o "bico" que recua para trás. O resultado mais visível é a tendência para afundar o garrote e a progressiva incapacidade de avançar os posteriores para debaixo da massa.
luis pedro
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- Mestre de Equitação
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- Registado: domingo mar 19, 2006 7:16 am
Olá Guida,
Começamos por obter o contacto elástico e permanente (da mão com a boca do cavalo), desenvolvendo a calma e o movimento para diante por acção das pernas e do assento, depois vamos conquistando o controle da encurvação, no circulo, na passagem dos cantos do picadeiro, nas mudanças de mão, na linha direita (por esta ordem).
Primeiro para dentro - o lado natural - "inscrevendo" o cavalo sobre a pista que vai a percorrer (curva ou recta), depois também para o lado de fora (contra encurvação).
A encurvação deve ser pedida com a rédea, que se afasta lateralmente um pouco da sua posição normal, e pela perna do mesmo lado que avança, mantendo ou aumentando a pressão, mais perto da cilha convidando à encurvação e à manutenção do movimento.
É, basicamente a partir daqui, em especial nas mudanças de direcção, à medida que o contacto se torna mais franco e a boca mais "permiável" que o cavalo começa a "dar" os primeiras cedências, primeiro muito breves e incertas (o cavaleiro deve prestar muita atenção para perceber que acção fez e que resultou numa cedência), depois mais nítidas e prolongadas.
luis pedro
Começamos por obter o contacto elástico e permanente (da mão com a boca do cavalo), desenvolvendo a calma e o movimento para diante por acção das pernas e do assento, depois vamos conquistando o controle da encurvação, no circulo, na passagem dos cantos do picadeiro, nas mudanças de mão, na linha direita (por esta ordem).
Primeiro para dentro - o lado natural - "inscrevendo" o cavalo sobre a pista que vai a percorrer (curva ou recta), depois também para o lado de fora (contra encurvação).
A encurvação deve ser pedida com a rédea, que se afasta lateralmente um pouco da sua posição normal, e pela perna do mesmo lado que avança, mantendo ou aumentando a pressão, mais perto da cilha convidando à encurvação e à manutenção do movimento.
É, basicamente a partir daqui, em especial nas mudanças de direcção, à medida que o contacto se torna mais franco e a boca mais "permiável" que o cavalo começa a "dar" os primeiras cedências, primeiro muito breves e incertas (o cavaleiro deve prestar muita atenção para perceber que acção fez e que resultou numa cedência), depois mais nítidas e prolongadas.
luis pedro
Olá Luis Pedro.
Tem toda a razão e não estava a percebe-lo...
a tecnica que descrevi nunca seria já a cavalo, alias, raramente uso redeas fixas a montar, salvo raras excepçoes.
Normalmente à guia trabalho ou com redeas fixas ou as outras que expliquei anteriormente (para trabalhar os musculos superiores do pescoço, mas depois retiro-lhe o "armamento" todo e tento que se coloque há mao.
Cumprimentos
Tem toda a razão e não estava a percebe-lo...
a tecnica que descrevi nunca seria já a cavalo, alias, raramente uso redeas fixas a montar, salvo raras excepçoes.
Normalmente à guia trabalho ou com redeas fixas ou as outras que expliquei anteriormente (para trabalhar os musculos superiores do pescoço, mas depois retiro-lhe o "armamento" todo e tento que se coloque há mao.
Cumprimentos
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- Mestre de Equitação
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- Registado: domingo mar 19, 2006 7:16 am
Olá Guida,
As rédeas que descreveste anteriormente trabalham fundamentalmente o dorso do cavalo.
Para trabalhar o pescoço é necessário que o cavalo possa subir a base do pescoço, a nuca seja o ponto mais alto (do cavalo) e mais ou menos colocado, tudo isto animado por umas ancas francamente activas avançando francamente para debaixo da massa do cavalo.
luis pedro
As rédeas que descreveste anteriormente trabalham fundamentalmente o dorso do cavalo.
Para trabalhar o pescoço é necessário que o cavalo possa subir a base do pescoço, a nuca seja o ponto mais alto (do cavalo) e mais ou menos colocado, tudo isto animado por umas ancas francamente activas avançando francamente para debaixo da massa do cavalo.
luis pedro