É possível empregar a voz como ajuda em provas de ensino?
Moderadores: Filipe Graciosa, APD
É possível empregar a voz como ajuda em provas de ensino?
Olá a todos!
Eu estava convencida que as ajudas de voz eram só para utilizar "em casa" e que eram interditas em provas nacionais de ensino.
Ontém fui assistir a uma prova do campeonato nacional, e por diversas vezes um dos cavaleiros utilizou incentivos com a voz, embora muito disfarçadamente, mas toda a gente naquela bancada percebeu.
Só queria que me confirmassem se é ou não permitido?
Eu estava convencida que as ajudas de voz eram só para utilizar "em casa" e que eram interditas em provas nacionais de ensino.
Ontém fui assistir a uma prova do campeonato nacional, e por diversas vezes um dos cavaleiros utilizou incentivos com a voz, embora muito disfarçadamente, mas toda a gente naquela bancada percebeu.
Só queria que me confirmassem se é ou não permitido?
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voz
Pois....será.....mas as "ajudas" através do cérebro do Cavalo são as mais equilibradas,e um dos efeitos pretendidos são transições requilibradas,daí a batota.
Agora, há quem comunique "sem fios",o que faz parte e destingue por vezes sem eles saberem,os virtuosos.
saudações Marialvas
Agora, há quem comunique "sem fios",o que faz parte e destingue por vezes sem eles saberem,os virtuosos.
saudações Marialvas
Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
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A voz
Utilizar a voz não é proibido, é considerado uma falta grave e como tal é penalizado. Caso fosse proibido seria penalizado com a desclassificação.
Como a Ana saberá, existem cavaleiros, são bastantes, que tem o "vício" de empurrar com a língua (como se diz na gíria) quando em prova e sempre que o cavalo perde impulsão lá se ouve a ajuda da voz.
A arte equestre é acima de tudo TACTO e este transmite-se e recebe-se por contacto físico, o resto são meios mais ou menos expeditos que se podem situar na arte de amestrar - uma arte tão admirável e porventura mais espectacular que a arte equestre.
Cumprimentos,
Luis Pedro
Como a Ana saberá, existem cavaleiros, são bastantes, que tem o "vício" de empurrar com a língua (como se diz na gíria) quando em prova e sempre que o cavalo perde impulsão lá se ouve a ajuda da voz.
A arte equestre é acima de tudo TACTO e este transmite-se e recebe-se por contacto físico, o resto são meios mais ou menos expeditos que se podem situar na arte de amestrar - uma arte tão admirável e porventura mais espectacular que a arte equestre.
Cumprimentos,
Luis Pedro
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eninp
Pois Luis,o tacto é o visivel e sentido,mas há mais do que isso.
Os sem fios aque eu me referia,é quando por exemplo o meu Cavalo entra a galope só porque pensei fazê-lo mais à frente.
Há muitos mais exemplos que poderia citar,como estar a olhar para ele e pensar em ir buscar uma mãozada de ração,e quando lhe viro as costas para a ir buscar,ele começa logo a tocar "trombone".
Nunca me dediquei á Dressage,até porque nunca tive um picadeiro coberto à minha disposição,o que para mim é indispensável,mas estou certo que poderia usar a minha comunicação sem fios para optimizar os exercícios.
E não me considero nenhum encantador de Cavalos.
Isto é a propósito das ajudas sensoriais que podem usar a voz como "frequencia condutora".
saudações Marialvas
Os sem fios aque eu me referia,é quando por exemplo o meu Cavalo entra a galope só porque pensei fazê-lo mais à frente.
Há muitos mais exemplos que poderia citar,como estar a olhar para ele e pensar em ir buscar uma mãozada de ração,e quando lhe viro as costas para a ir buscar,ele começa logo a tocar "trombone".
Nunca me dediquei á Dressage,até porque nunca tive um picadeiro coberto à minha disposição,o que para mim é indispensável,mas estou certo que poderia usar a minha comunicação sem fios para optimizar os exercícios.
E não me considero nenhum encantador de Cavalos.
Isto é a propósito das ajudas sensoriais que podem usar a voz como "frequencia condutora".
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Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
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contacto
Luis
Enquanto estive em Lisboa,em que só contactava com eles nas boxes,as pessoas diziam que eu tinha muito geito para lidar com os Cavalos.Comigo ficavam sempre calmos.
Depois de estar aqui,e já lá vão 13 anos,como estou só com eles,não tenho empregados,a focagem é mutua,donde se começa a "falar" com eles.
Cheguei agora de Lisboa e eles ficaram sós desde sábado de manhã.
De propósito,porque eu aproveito todas,entrei pelo portão das trazeiras,o que não é costume,e eles,que estão a campo, foram surpreendidos com a minha aparição e tiveram várias reacções,cada um a sua.
Mas a principal foi a do Luso,que agora devido à maior atenção de que é alvo da minha parte por causa do TREC,criou uma posição dominante em relação aos outros que não a tinha e deu um "chega para lá" a todos para ser o primeiro a chegar até mim.
Mas quando chegou junto a mim ralhou comigo fazendo soar o "trombone", e duma maneira nítida.
Desculpei-me pela ausência,exatamente como faria a um humano.Com as mesmas palavras, entoação e duração.
Ele mudou de atitude e fiz-lhe uma simples e curta festa,virando-lhe as costas,terminando o nosso contacto que a porlongar-se derivaria para oputras coisas que desvirtuariam a inter acção já conseguida.
Esta actitude é importante e até se aplica no picadeiro com os exercícios.
Continuam a ser as tais "transições" que como já disse são a chave para se lidar com eles e também de qualquer evolução em qualquer ramo,porque delimitam e isolam o que é,ou foi, realmente importante.
saudações Marialvas
Claro que se tivesse chegado acompanhado por outra pessoa,nada disto teria acontecido.É isso que quero dizer,e não o eu ser especial.
saudações Marialvas
Enquanto estive em Lisboa,em que só contactava com eles nas boxes,as pessoas diziam que eu tinha muito geito para lidar com os Cavalos.Comigo ficavam sempre calmos.
Depois de estar aqui,e já lá vão 13 anos,como estou só com eles,não tenho empregados,a focagem é mutua,donde se começa a "falar" com eles.
Cheguei agora de Lisboa e eles ficaram sós desde sábado de manhã.
De propósito,porque eu aproveito todas,entrei pelo portão das trazeiras,o que não é costume,e eles,que estão a campo, foram surpreendidos com a minha aparição e tiveram várias reacções,cada um a sua.
Mas a principal foi a do Luso,que agora devido à maior atenção de que é alvo da minha parte por causa do TREC,criou uma posição dominante em relação aos outros que não a tinha e deu um "chega para lá" a todos para ser o primeiro a chegar até mim.
Mas quando chegou junto a mim ralhou comigo fazendo soar o "trombone", e duma maneira nítida.
Desculpei-me pela ausência,exatamente como faria a um humano.Com as mesmas palavras, entoação e duração.
Ele mudou de atitude e fiz-lhe uma simples e curta festa,virando-lhe as costas,terminando o nosso contacto que a porlongar-se derivaria para oputras coisas que desvirtuariam a inter acção já conseguida.
Esta actitude é importante e até se aplica no picadeiro com os exercícios.
Continuam a ser as tais "transições" que como já disse são a chave para se lidar com eles e também de qualquer evolução em qualquer ramo,porque delimitam e isolam o que é,ou foi, realmente importante.
saudações Marialvas
Claro que se tivesse chegado acompanhado por outra pessoa,nada disto teria acontecido.É isso que quero dizer,e não o eu ser especial.
saudações Marialvas
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Enquanto foi o tmepo em que concursava e mm durante os 3 anos que estive na escola agrícola sempre me chamaram de louca por falar c os cavalos como se falasse com um humano mas o certo está é que enquanto treinava, ou após um bom salto...ou mm quando ia apenas nas boxes tratar deles...sempre "covnersei" com eles e sempre os senti mais calmos...durante as provas o sentia mt calmos e mostrando que o facto de manter conversa c eles os serenava e ajudavam a ter um melhor desempenho:)
Uma coisa pensa o cavalo...outra quem tá a montá-lo:)
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livros
Luis
Claro que vai muito para além disso,mas com isso irá ainda mais longe.
Sem isso ficará pragmática.
saudações Marialvas
Claro que vai muito para além disso,mas com isso irá ainda mais longe.
Sem isso ficará pragmática.
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Continuo neste Fórum, agora com a intenção de ver se aprendo alguma coisa, mas com o teclado avariado... LOL...
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Olá Mimi,Mimi Pinto Escreveu:Enquanto foi o tmepo em que concursava e mm durante os 3 anos que estive na escola agrícola sempre me chamaram de louca por falar c os cavalos como se falasse com um humano mas o certo está é que enquanto treinava, ou após um bom salto...ou mm quando ia apenas nas boxes tratar deles...sempre "covnersei" com eles e sempre os senti mais calmos...durante as provas o sentia mt calmos e mostrando que o facto de manter conversa c eles os serenava e ajudavam a ter um melhor desempenho:)
Uma coisa pensa o cavalo...outra quem tá a montá-lo. A frase não é minha.
Cumprimentos,
Luís Pedro
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Bomdia!
Bem sei que a frase não é sua...e concordo em plenitude com a frase...mas o facto de nao pensarmos a mesma coisa nao implica que os nossos pensamentos nao se cruzem...de uma forma ou d outra quando temos amior contacto c uns qts cavalos d k c outras gera-se ali uma relaçao cavalo-cavaleiro e, na minha opiniao, de cumplicidade, companheirismo, mm sendo com um cavalo...e as vezes o facto de os vangloriarmos com a voz após uma saida de um duplo ou outra coisa do género, o conversarmos c eles antes d salto...ajuda muito mesmo quando ja sabemos de antemao que nao estamos os 2 na mm coisa...Enquanto eu, quando vou a caminho de um triplo ou de um oxxer so penso que preciso de entrar bem com o cavalo para ele nao se assustar, fazer um salto perfeito, nao me derrubar no chao e de preferencia nao se machucar...o cavalo à entrada de um oxxer so pensar que quer passar rápido, sem se machucar, acabar logo aquilo, pasear pomposo pelo percurso mostrando a todos como é bonito...sao pensamentos diferentes, mas ha uns cruzamentos...e é nesses poucos cruzamentos que os nossos pensamentos tem c os deles que eu aproveito e mantenho, ou tento manter, um dialogo
Bem sei que a frase não é sua...e concordo em plenitude com a frase...mas o facto de nao pensarmos a mesma coisa nao implica que os nossos pensamentos nao se cruzem...de uma forma ou d outra quando temos amior contacto c uns qts cavalos d k c outras gera-se ali uma relaçao cavalo-cavaleiro e, na minha opiniao, de cumplicidade, companheirismo, mm sendo com um cavalo...e as vezes o facto de os vangloriarmos com a voz após uma saida de um duplo ou outra coisa do género, o conversarmos c eles antes d salto...ajuda muito mesmo quando ja sabemos de antemao que nao estamos os 2 na mm coisa...Enquanto eu, quando vou a caminho de um triplo ou de um oxxer so penso que preciso de entrar bem com o cavalo para ele nao se assustar, fazer um salto perfeito, nao me derrubar no chao e de preferencia nao se machucar...o cavalo à entrada de um oxxer so pensar que quer passar rápido, sem se machucar, acabar logo aquilo, pasear pomposo pelo percurso mostrando a todos como é bonito...sao pensamentos diferentes, mas ha uns cruzamentos...e é nesses poucos cruzamentos que os nossos pensamentos tem c os deles que eu aproveito e mantenho, ou tento manter, um dialogo

Uma coisa pensa o cavalo...outra quem tá a montá-lo:)